30 julho 2012

FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA DE 23/jul a 29/jul/12

Divulgadas 13 operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa na semana de 23 jul a 29/jul/12.

ANÁLISE DA SEMANA 
Principais constatações

Nove setores realizaram 13 operações nesta semana. Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO e LOJAS DE VAREJO foram os que mais se destacaram, representando 54% do total das transações. 



O NEGÓCIO DA SEMANA 

Negócio da semana - Brasil. 

Grupo Rubaiyat é comprado por 46 milhões de euros. O fundo espanhol Mercapital anunciou, nesta sexta-feira (27), que comprou 70% do grupo Rubaiyat por 46 milhões de euros. Com a venda, o plano é abrir 10 restaurantes em 4 anos tanto no Brasil como no exterior. Até final do ano, devem ser inauguradas unidades em Brasilia e Rio de Janeiro. Fundado em 1951, pelo espanhol Belarmino Fernández Iglesias, o grupo tem atualmente três restaurantes em São Paulo e um em Madrid e atende cerca de 60 mil clientes por ano. 27/07/2012  

Negócio da semana - Exterior 

 Chinesa Cnooc adquire canadense Nexen por US$ 15,1 bilhões. A gigante chinesa de gás e petróleo Cnooc vai adquirir a canadense Nexen por 15,1 bilhões de dólares, anunciaram as empresas em um comunicado conjunto. Esta é uma grande oportunidade para trabalhar em nossa existente joint venture com a Nexen no Canadá, e ao mesmo tempo adquirir uma plataforma internacional líder. 23/07/2012 
VMware compra empresa de software de virtualização de redes por US$ 1,26 bi. A fabricante de software de virtualização VMware anunciou a compra, por US$ 1,26 bilhão, da Nicira, startup desenvolvedora de um software de virtualização de redes fundada em 2007 por pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Berkeley, ambas na Califórnia. A empresa, que levantou cerca de US$ 50 milhões em financiamento desde sua criação, só recentemente começou a vender seus produtos no mercado. Ao que tudo indica, os investidores também foram satisfeitos com o negócio. O maior deles é a Andreessen Horowitz, empresa que investiu US$ 17 milhões na Nicira. Mas a empresa já teria gerado um retorno de duas vezes os US$ 300 milhões que o primeiro fundo aplicou nela, em pouco menos de três anos, disse uma pessoa próxima ao assunto ao jornal americano. 23/07/2012 

RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES 

 01 - LOJAS DE VAREJO - Profarma negocia compra da ArpMed. De olho no nicho de medicamentos especiais - com alto nível de tecnologia e comercializados fora das grandes redes de farmácias -, a distribuidora Profarma adquiriu o controle da Arp Med S.A (Arpmed), distribuidora de medicamentos de alto valor agregado, com sede em São Paulo. O valor da aquisição de 80% da empresa totalizou R$ 14,3 milhões, por meio de aporte primário de R$ 7,2 milhões e aquisição secundária de R$ 7,1 milhões, representando um múltiplo de EV/Ebitda de 5,3 vezes. Os 20% restantes serão valorizados a um múltiplo EV/Ebitda de 4,0 vezes. 23/07/2012 

02 - TELECOMUNICAÇÕES E MÍDIA - Pepper compra participação na Flap. Pepper, agência de ativação do grupo Invest­Promo, expande sua atuação para o mercado do Centro-Oeste com a aquisição de 39% das ações da agência de marketing promocional Flap, que tem sede em Brasília e passa a se chamar FlapPepper, mas se mantém sob o comando dos sócios fundadores Bruno Barra (presidente) e Ivan Hauer (vice-presidente de operações). O principal objetivo é aumentar a atuação de ambas na região Central, Norte e Nordeste, principalmente nos segmentos de eventos esportivos e agronegócio. A FlapPepper crescerá 40%, atingindo faturamento de R$ 14 milhões. A meta é fechar 2014 com R$ 25 milhões. 23/07/2012  
03 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) - Finnet e Tasaméricas firmam joint venture para rede swift na América Latina. A Finnet, empresa 100% brasileira que viabiliza a transmissão de dados em transações financeiras (EDI – Electronic Data Interchanging) e a Tasaméricas, especializado no desenvolvimento de softwares para o sistema financeiro, acabam de se unir e fundar a TasFinnet – bureau de serviços swift (Society for Wordwide Interbank Financial Telecomunication) para a transmissão de mensagens financeiras. A TasFinnet passa a operar simultaneamente em seis países: Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai e Paraguai. 23/07/2012 
04 - ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO - Fabricante do suco Camp anuncia fusão com dona de indústria de polpa. A General Brands, fabricante dos refrescos em pó Camp, anunciou fusão com a Nutrimarcas, dona da indústria de polpa de frutas ICP Fazenda Maísa, de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As duas empresas vão investir cerca de R$ 30 milhões para a instalação de uma fábrica de sucos no local. Com a operação, a General Brands vai entrar no mercado de água de coco. Além de atender o mercado interno, a empresa pretende exportar os produtos para Japão, Estados Unidos e África. 7/23/2012  
05 - MEIO AMBIENTE - Empresa da área ambiental anuncia parcerias e incorporação no Grupo Suzano. Maior empresa brasileira de Levantamento de Dados Offshore (Survey) e no fornecimento de soluções em meio ambiente (antiga Cepemar) foi totalmente comprada pelo Grupo Suzano, que detinha 55% da empresa desde 2011. O presidente da empresa anunciou, ainda, parcerias com empresas americanas para atingir as metas de crescimento e se posicionar como um dos principais players do segmento offshore.Fizemos grandes investimentos para a aquisição de dois navios, o Seward Johnson e o Ocean Stalwart, o primeiro navio brasileiro dedicado à prospecção de recursos minerais. 23/07/2012 
06 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) - Brasil atrai consultoria de TI. A estratégia da Lodestone no Brasil está focada na aquisição de empresas. Acabou de comprar a marca brasileira Xtet Systems e a ferramenta desenvolvida pela empresa, o Code Control. Com a aquisição, os criadores da solução, dois jovens empreendedores passam a fazer parte do time da Lodestone no Brasil. Trata-se de um sistema de análise de riscos para ambientes customizados SAP, que permite verificar a segurança dos programas específicos desenvolvidos em ABAP (Advanced Business Application Programming). O software Code Control atua apenas nas customizações em linguagem ABAP, ou seja, na parte de integração do software. A solução é essencial para área de Governança, Risco e Compliance (GRC). A Lodestone Brasil espera faturar aproximadamente R$ 20 milhões esse ano. A meta para 2013 é de um faturamento de R$ 50 milhões. 23/07/2012  
07 - SERVIÇOS PORTUÁRIOS E AEROPORTUÁRIOS - Francesa Egis amplia a presença no Brasil. Depois de comprar Vega, do setor ferroviário, em setembro de 2011, e após integrar neste ano o consórcio vencedor da concessão do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o grupo francês Egis deu novo passo no Brasil em infraestrutura ao adquirir a Aeroservice, especializada em consultoria e engenharia de projetos, com foco na área aeroportuária. Sem revelar valores a aquisição será gradual. Neste momento, envolve apenas 12,5% da Aeroservice. A Egis Avia, subsidiária do grupo, pretende concluir a aquisição de 100% em até três anos. A Aeroservice tem cerca de 50 funcionários e experiência em projetos internacionais. 11/07/2012 
08 - LOJAS DE VAREJO - Grupo Technos anuncia a aquisição da Touch. O Grupo Technos comunica que firmou contrato definitivo de compra e venda da Touch. A Touch foi fundada em 2009 e obteve nos três anos desde sua fundação um crescimento expressivo, atingindo ao final de junho um total de 86 pontos de venda exclusivos, entre quiosques e lojas, presentes em 23 estados do Brasil. Em 2011 a Touch comercializou em torno de 230 mil relógios e obteve receita bruta gerencial e não auditada de aproximadamente R$15,3 milhões. 24/07/2012 
09 - PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS - BNDES e sócios privados fazem aporte de R$ 35 milhões na Recepta Biopharma. BNDESPar está comprando 16% do capital da Recepta, empresa brasileira a conduzir testes clínicos em pacientes com tumor de ovário com uma droga em desenvolvimento, o anticorpo monoclonal RebmAb100. No total, a BNDESPar e dois sócios privados da Recepta vão aportar R$ 35 milhões na empresa para desenvolver a segunda fase de testes do RebmAb100. Com o aporte, os demais sócios da Recepta devem ter sua participação diluída. São eles o Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer, hoje 35%, o próprio José Fernando Perez, fundador e presidente da empresa, que tem 14%; e José Barbosa Mello, vice-presidente da Recepta. Emílio Odebrecht e Jovelino Mineiro entraram na Recepta como "investidores-anjo", pessoas-física mais dispostas a correr riscos. 25/07/2012  
10 - ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO - Fundo TreeCorp compra 45% da Suplicy Cafés Especiais, de São Paulo. A Suplicy Cafés Especiais fechou um aporte com o fundo de investimento em participações TreeCorp. A cafeteria paulistana não divulga o valor do investimento, mas informa que o fundo ficou com 45% do seu capital. Com novos recursos no caixa, a companhia, que aposta no segmento "premium", quer acelerar a sua expansão no varejo. Fundada em 2003 a Suplicy Cafés Especiais conta hoje com sete lojas São Paulo, todas próprias, uma franquia em Brasília e uma unidade licenciada em Goiânia. Com suporte dos novos sócios, o plano é abrir mais 20 lojas próprias em São Paulo e Rio de Janeiro e 50 franquias nos demais Estados. 26/07/2012 
11 - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) - Edge conclui sua primeira aquisição no Brasil. A empresa Edge Investment Partners LLC adquiriu participação majoritária na Ladder Automação Industrial, que atua nos estados de SP e RJ. A Ladder, presente no segmento de automação há mais de 20 anos, é distribuidora autorizada das maiores marcas multinacionais no segmento como RockWell Automation, Fluke, Belden, Panduit, Cognex, Prosoft, Shimpo, Tektronix, Comtrol, Eplan e Data-Linc . A Edge Investment Partners é um grupo formado por distribuídores elétricos independentes (Electrical Distribution Global Enterprise), em sua maioria localizados em toda América do Norte. O principal foco da empresa é construir uma rede de empresas de distribuição em outros mercados, principalmente na América do Sul. 26/07/2012  
12 - COMPANHIAS ENERGÉTICAS - Chilena Enersis tomará participação na Ampla e Endesa Brasil. A chilena Enersis assumirá a participação que a companhia elétrica espanhola Endesa tem em várias companhias latino-americanas, entre elas a Endesa Brasil, a Ampla e a Ampla Investimentos. Após uma recente ampliação de capital, a Endesa possui 60,62% de ativos da Enersis, que assumirá 28,5% da Endesa Brasil, 7,7% da Ampla e 7,7% da Ampla Investimentos. O valor total da ampliação na região será de US$ 8,02 bilhões. Ao todo, a Enersis assumirá ativos de 12 empresas latino-americanas. 26/07/2012  
13 - HOTÉIS E RESTAURANTES - Grupo Rubaiyat é comprado por 46 milhões de euros. O fundo espanhol Mercapital anunciou, nesta sexta-feira (27), que comprou 70% do grupo Rubaiyat por 46 milhões de euros. Com a venda, o plano é abrir 10 restaurantes em 4 anos tanto no Brasil como no exterior. Até final do ano, devem ser inauguradas unidades em Brasilia e Rio de Janeiro. Fundado em 1951, pelo espanhol Belarmino Fernández Iglesias, o grupo tem atualmente três restaurantes em São Paulo e um em Madrid e atende cerca de 60 mil clientes por ano. 27/07/2012 

DESTAQUES DA SEMANA SEGUINTE 
 >>> 30 jul a 05/ago/12 >>> 
DESTAQUES DA SEMANA ANTERIOR
<<< 16 jul a 22/jul/12.<<< 

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ 

A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar sua principais tendências. Trata-se da consolidação das informações semanais coletadas pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Os dados estão limitados às informações noticiadas pela imprensa e, sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity - dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc.

29 julho 2012

AT Kearney prevê crescimento de 12% ao ano para o e-commerce brasileiro

O mercado de vendas online no Brasil não para de crescer e conquista cada vez mais adeptos. Um estudo realizado pela AT Kearney mostra que o Brasil é o segundo colocado na lista de países emergentes com melhor potencial no e-commerce. A expectativa do estudo é que, nos próximos cinco anos, esse mercado cresça 12% ao ano.

 Um bom exemplo dessa boa fase do mercado online brasileiro é a Mobly que, em apenas sete meses de atuação, já se tornou a maior loja virtual de móveis, decoração e artigos para a casa do Brasil.

 “Nos últimos três meses, comercializamos mais de 90 mil produtos. Estamos conquistando, cada vez mais adeptos, e oferecendo aos consumidores uma opção prática, rápida e segura para as compras”, afirma Victor Noda, sócio fundador da empresa.

 Com o objetivo de revolucionar o perfil do comércio de móveis e decoração no Brasil, a Mobly vem conquistando muitos adeptos. “Com poucos competidores com foco online e barreiras de entrada como a complexidade logística e a necessidade de capital significativo, observamos uma oportunidade única de sucesso”, acrescenta Marcelo Marques, também sócio da Mobly.

 Para manter-se líder no mercado, a Mobly é a única empresa que oferece um portfólio completo de produtos para a casa - desde móveis a utilidades domésticas. Atualmente, a Mobly possui o maior sortimento online, com mais de 30 mil produtos disponíveis e preços acessíveis a todos os bolsos.

 A loja online também oferece facilidades como entrega em todo o território nacional, frete grátis nas compras acima de R$ 400,00 (para sul e sudeste), devoluções em até 30 dias e parcelamento em até 12 x sem juros.

 Entre as 300 marcas disponíveis na Mobly estão: Moval, Politorno, Kappesberg, Santos Andirá, Tramontina, Brinox, Black&Decker, Bosch, Tabacow, Casa Ambiente e praticamente todas as marcas de produtos para casa presentes no Brasil.

 Em apenas sete meses de atuação, a Mobly é a maior loja online do segmento no Brasil. Hoje a empresa conta com mais de 6 milhões de visitas/mês.

 Victor Noda -Empreendedor nato, Victor Noda, fundador da Mobly, é formado em engenharia mecânica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), com MBA em Marketing e Empreendedorismo, pela Kellogg School of Management. Trabalhou na consultoria norte-americana Booz & Company e fundou as empresas Looki, voltada aos leilões online; e GlossyBox, consultoria e assinatura de beleza. Em novembro de 2011, lançou a Mobly, hoje a maior loja online de venda de móveis, decoração e acessórios para a casa. Marcelo Marques -Formado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e MBA na Kellogg School of Management, uma das mais famosas escolas de negócios da Universidade Northwestern, em Evanston (Ilinois, EUA). Em sua trajetória, Marques trabalhou na A.T.Kearney e participou de grandes projetos relacionados a vendas e marketing no Brasil, Argentina, África do Sul, Europa e EUA, além de montar e vender uma start-up de internet nos EUA. Fundou a empresa de artigos esportivos Kanui (www.kanui.com.br) em julho do ano passado e, recentemente, foi convidado a fazer parte da equipe Mobly.
Fonte:revistafator 28/07/2012

28 julho 2012

Fusão de planos de saúde na mira do Cade

Mesmo com o recente cerco da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) às operadoras de planos de saúde, o setor continua preocupando. Dados da autarquia mostram que, desde 2003, o número de companhias em atividade caiu 29,3%, de 2.273 para as atuais 1.607. Esse processo de concentração acendeu o alerta do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que dará prioridade ao tema nas sessões de julgamento deste ano. O órgão antitruste tem pelo menos 30 atos em análise sobre fusões e aquisições relacionados a planos de saúde e outros 70 sobre condutas anticompetitivas, como formação de cartéis e contratos de exclusividade com médicos.

 Um olhar apurado sobre o banco de dados da ANS mostra que as 35 maiores operadoras de planos de saúde e odontológicos do país atendem a 25 milhões de beneficiários - o que equivale a 52,2% do total de 47,8 milhões de clientes nas carteiras das empresas. As 10 maiores respondem por 15,5 milhões de pessoas ou 32,3% do total. A campeã em número de clientes é a Bradesco Saúde, com 3,1 milhões. Depois dela, destacam-se Intermédica Sistema de Saúde e Amil Assistência Médica Internacional, cada uma com cerca de dois milhões de beneficiários, segundo a agência.

- Nem todo movimento de concentração é ruim em si. Mas há limites. E, nesse caso, precisamos acompanhar de perto - disse o novo presidente do órgão antitruste, Vinícius Carvalho.

2 milhões podem ficar desassistidos 
Não bastasse o ritmo de concentração dos últimos anos, as previsões para o setor são pouco alentadoras. Ruy Coutinho, presidente da Latinlink Consultoria e ex-presidente do Cade, projeta que, nos próximos quatro anos, as dez maiores operadoras vão atender a 60% dos consumidores. 

A seu ver, esse processo será cada vez mais acelerado por causa da crise econômica. Além disso, a própria regulação mais rigorosa da ANS deverá fazer com que um conjunto de empresas do universo atual não consiga seguir as regras da reguladora, sobretudo no que diz respeito a garantias financeiras.

Conforme o GLOBO mostrou há duas semanas, atualmente, um total de 141 empresas insolventes podem deixar quase dois milhões de brasileiros sem assistência. Nas contas da ANS, geralmente, 63% das companhias não conseguem sair do buraco.

- Nessa indústria, a liquidação de uma empresa causa uma turbulência infernal. É preciso evitar que aconteça o que está ocorrendo com a telefonia - afirmou ele.

Desgastada com a burocracia para receber autorização para procedimentos, a comerciária Heveline Guedes, de 33 anos, não vê uma saída para o problema. Para conseguir marcar consultas ambulatoriais, em especialidades como clínica médica e ginecologia, ela diz que precisa esperar entre dois e três meses.

- Só é possível ter atendimento no mesmo dia na emergência. Já liguei para clínicas e tentei marcar com o plano e havia vagas. Quando disse que era por convênio, a atendente disse que só teria espaço na agenda mais para frente.

ANS tem estimulado concorrência 
A gerente comercial Aline Angélica Lima, de 31 anos, passou por três hospitais para fazer uma radiografia na filha, Amanda. Mesmo assim, com o convênio só conseguiu atendimento na emergência:

- O ideal é saber os lugares que atendem. Para marcar consulta, o prazo tem sido de até 60 dias. Depois de sentir febre e dor de cabeça, a estudante Ana Carolina Cardoso, de 17 anos, precisou passar por dois hospitais até conseguir atendimento.

- Quando pagamos pela consulta particular, somos bem atendidos. Mas, pelo convênio, o atendimento tem piorado. O melhor mesmo é já saber que hospitais atendem pelo plano - disse.

O diretor-adjunto de habilitação de operadoras da ANS, Leandro Fonseca, disse que a agência tem procurado incentivar a concorrência, por exemplo, com a obrigatoriedade de as operadoras divulgarem os endereços dos profissionais de saúde. A seu ver, mesmo com a crise, não cresce o número de empresas em dificuldade. Considerando empresas com beneficiários, a queda foi de 1.418 para 1.371 desde 2003:

- A preocupação do Cade é válida. Procuramos monitorar o grau de concentração desse setor e fazer com que os consumidores tenham mais informação.

Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), o movimento está de acordo com um processo de consolidação de mercado, o que não pode ser confundido com concentração. Por Cristiane Bonfanti da Agência O Globo
 Fonte:yahoo 28/07/2012

Quem não consegue conquistar o talento compra a empresa

Empresas de tecnologia se destacam por procurar profissionais com veia empreendedora, capacidade de inovar e sem medo de arriscar. O problema é que essas pessoas muitas vezes já estão empreendendo, inovando e arriscando – nos seus próprios negócios. Nesses casos, uma oferta de trabalho não basta. A melhor solução para garantir os talentos é levar a empresa toda.

 Na semana passada, Google e Facebook fizeram aquisições que exemplificam uma tendência que ganha destaque nos últimos dois anos. O chamado “acqui-hiring”, junção de “acquire”, do “adquirir” em inglês, e “hire”, tradução de “contratar”, é o ato de comprar uma empresa tendo como principal objetivo absorver os profissionais dela.

 Na última sexta-feira, o Google comprou a startup francesa de aplicativos para e-mail Sparrow. De acordo com um porta-voz da empresa americana, todos os cinco funcionários da Sparrow agora fazem parte do time que desenvolve o Gmail. No comunicado oficial, o CEO da startup, Dom Leca, diz que o serviço continuará a existir, mas não receberá mais grandes mudanças. Tudo o que for produzido de novo será feito dentro e para a ferramenta de e-mail do Google. “Estamos entrando para a equipe do Gmail para alcançar uma nova visão, que achamos que podemos desenvolver melhor com o Google”, diz.

 No mesmo dia, o Facebook anunciou a aquisição da startup canadense de aplicativos Acrylic Software, que está se mudando para a sede da empresa, na cidade americana de São Francisco, para fazer parte da área de design da rede social. “Há uma oportunidade no Facebook de causar um impacto maior na vida das pessoas”, explica o fundador, Dustin MacDonald, no blog oficial da equipe.

 Para Edson Rigonatti, sócio do fundo de investimento Astella, focado em empresas inovadoras, a principal motivação para as empresas recorrerem a esse tipo de “recrutamento” é a dificuldade de encontrar profissionais com o talento específico que eles procuram – empreendedores por natureza. “Tem gente que não quer ser funcionário, que prefere correr o risco junto com você”, diz.

 Já para os profissionais, há a vantagem de ter à disposição uma plataforma maior – e a perspectiva de ser sócio, e não apenas um colaborador. Ele explica que os casos de “acqui-hiring” sempre envolvem pagamento em ações ligadas ao desempenho dentro da nova empresa, geralmente alinhado com o desenvolvimento de um produto específico. “Assim, podem ganhar muito mais com ações do que ganhariam com um salário”, explica. Pela experiência de Rigonatti na Astella, a tendência, também no Brasil, é que mais empresas apostem nesse tipo de saída quando não conseguem contratar.

 Uma situação parecida aconteceu com o site de cursos on-line Portal Educação e a startup de aulas de inglês EnglishVox. Há cerca de dois anos, o portal adquiriu a EnglishVox numa compra em que não levou o CNPJ da empresa, mas os ativos e o presidente da startup, Guilherme Dias. Na época, Ricardo Nantes, fundador do portal, precisava de alguém para liderar a área comercial, e viu em Guilherme, que já conhecia por causa de uma parceria comercial, o profissional perfeito. Junto com o novo diretor, vieram os cursos de inglês que a EnglishVox já vendia para o Portal Educação.

 Dias recebeu o pagamento pela sua parte da EnglishVox em ações do portal e virou um dos quatro sócios da empresa. Os outros 11 sócios da EnglishVox receberam pagamentos em dinheiro que terminaram em abril deste ano. Segundo Dias, dar a notícia de que ele estava partindo para outra não foi simples. “Mas eles sabiam que nós estávamos competindo com players de fora, muito fortes, e perdendo”, explica. Ao mesmo tempo, o Portal Educação adquiriu o know-how e os produtos de uma área que ainda não fazia parte do negócio deles. Por Letícia Arcoverde Leia mais em: 
Fonte:Valor Econômico27/07/2012 i

Apesar da demora, parceria do BB com OdontoPrev deve sair

Anunciada em 2010, a negociação está em andamento, mas precisa de ajustes, diz presidente da empresa de saúde

A joint venture entre OdontoPrev e Banco do Brasil, anunciada em meados de 2010, ainda não tem data para sair do papel. O negócio está em andamento, mas precisa de ajustes, segundo o presidente da Odontoprev, Randal Luiz Zanetti.

 Ele explica que não há perspectiva de tempo para a concretização do negócio. "Estamos conversando para atender às duas partes da melhor forma possível. Ainda é preciso fazer alguns ajustes no modelo, pois há lacunas a serem cobertas, nas mais diversas esferas: jurídica, societária e regulatória."

 O acordo, em linhas gerais, previa uma participação de 75% do banco e de 25% da OdontoPrev na nova empresa, batizada provisoriamente de BB Dental.

 Hoje, o cenário está mais competitivo. A desaceleração da economia brasileira em neste ano vem estimulando a concorrência no setor de planos odontológicos, segundo Zanetti.

 "O cenário macroeconômico favorece os competidores que estão praticando preços abaixo dos limites sustentáveis, mas este não é o tipo de reação que a OdontoPrev tem nesses momentos", disse ele, em teleconferência para analistas.

 O executivo explicou que não vale a pena mudar a estratégia comercial se essa agressividade na política de preços não pode se sustentar ao longo do tempo.

 "A companhia tem moderado suas condições de crescimento, mas é uma situação conjuntural que será recuperada ao longo ano", diz. Segundo Zanetti, o ambiente econômico alterou o cronograma para o aumento de novos contratos corporativos e gerou postergação da execução de projetos.

 Resultados.
A Odontoprev apresentou no segundo trimestre crescimento de 20,4% no lucro líquido, para R$ 41,9 milhões. Entre abril e junho, a receita líquida ficou em R$ 235,5 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou em R$ 57,3 milhões.
 O executivo disse que a empresa terminou o segundo trimestre com R$ 187 milhões em caixa, sem endividamento, e com a carteira de clientes 11% maior, de 5,8 milhões de beneficiários. Por GABRIELA FORLIN
 Fonte: O Estado de São Paulo 28/07/2012

27 julho 2012

Grupo Rubaiyat é comprado por 46 milhões de euros

Com a venda, o plano é abrir 10 restaurantes em 4 anos tanto no Brasil como no exterior. Até final do ano, devem ser inauguradas unidades em Brasilia e Rio de Janeiro

 O fundo espanhol Mercapital anunciou, nesta sexta-feira (27), que comprou 70% do grupo Rubaiyat por 46 milhões de euros. Com a venda, a estratégia é abrir 10 restaurantes em 4 anos tanto no Brasil como no exterior. Até final do ano, devem ser inauguradas unidades em Brasilia e Rio de Janeiro. 

“Essa transação é um bom resultado da estratégia Mercapital de apoiar as empresas espanholas que, como Rubaiyat, desejam expandir seus negócios internacionalmente, principalmente na América Latina”, disse Mercapital, em nota.

 Fundo esclarece ainda que o filho do fundador do Grupo Rubaiyat, Belarmino Iglesias Filho, continua sendo acionista com participação significativa. O empresário tornou-se presidente do grupo em 2005.

Sobre o grupo
Fundado em 1951, pelo espanhol Belarmino Fernández Iglesias, o grupo tem atualmente três restaurantes em São Paulo e um em Madrid e atende cerca de 60 mil clientes por ano. Por Karla Santana Mamona
Fonte: infomoney 27/07/2012

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COMENTÁRIO


Petrolífera da Malásia eleva oferta por empresa canadense para US$ 5,12 bilhões

Produtora de gás natural informou ter recebido uma proposta não solicitada de outro interessado, mas disse que seu conselho havia aprovado a mais recente oferta da Petronas

A Petronas, estatal de petróleo da Malásia, concordou em elevar sua oferta em 8% para comprar Progress Energy Resources, após a produtora de gás natural ter recebido uma proposta não solicitada de outro interessado, informou a empresa canadense.

 A Petronas, que em junho lançou uma oferta de 20,45 dólares canadenses por ação da Progress, agora pagará 22 dólares canadenses por papel, ou 5,17 bilhões de dólares canadenses (US$ 5,12 bilhões) no total.

 A Progress não revelou quem era o outro interessado que fez a proposta não solicitada, mas disse que seu conselho havia aprovado a mais recente oferta da Petronas. A companhia canadense, conhecida por suas reservas na região da Columbia Britânica, já possui uma joint venture com a Petronas. Reuters
Fonte: iG 27/07/2012

Apple comprará AuthenTec por US$ 356 milhões

Produtora de sensores de impressões digitais em computadores foi adquirida pela empresa de Tim Cook

A AuthenTec, produtora de sensores de impressões digitais em computadores pessoais, informou ter fechado acordo para ser comprada pela Apple por 356 milhões de dólares.

 A oferta da Apple por 8 dólares por ação representa um prêmio de 58 por cento sobre o fechamento de quinta-feira da AuthenTec, de 5,07 dólares.Supantha Mukherjee, da Reuters
Fonte: Exame 27/07/2012

26 julho 2012

Zebra Technologies adquire a LaserBand

A aquisição aprimora o portfólio de soluções da Zebra na área de segurança de pacientes e conformidade regulatória

 A Zebra Technologies anunciou a aquisição da LaserBand LLC, fornecedor de pulseiras de identificação de pacientes e produtos relacionados. Esta aquisição fortalece a posição de liderança da Zebra no atendimento ao setor de saúde. Em 2011, a LaserBand realizou vendas de U$ 24 milhões. A transação deverá gerar um acréscimo imediato nos ganhos da Zebra.

 “Com o foco crescente na melhoria da segurança do paciente e do fluxo de trabalho nos hospitais, os produtos e soluções inovadoras da Zebra permitem que as organizações de saúde monitorem mais facilmente as pessoas, os ativos e as informações,” afirmou em comunicado Anders Gustafsson, CEO da Zebra. “Como líder na identificação de pacientes, a LaserBand é uma excelente escolha estratégica para expandirmos nossos produtos focados na área de saúde. É com satisfação que a família Zebra dá boas vindas a esta equipe talentosa.”

 Essa transação fornece à Zebra uma plataforma sólida para acelerar seu crescimento na área de saúde e fortalece o portfólio da Zebra com produtos patenteados e proprietários, ligados à segurança de pacientes, incrementa o portfólio de patentes da empresa e proporciona maior acesso a hospitais e a outras organizações da área de saúde. A sólida e competente organização de vendas da LaserBand agora dispõe de uma gama de produtos mais ampla para comercialização, além disso, a presença global da Zebra proporcionará novas oportunidades de atendimento aos clientes, com os produtos da LaserBand, em regiões fora da América do Norte.

 Da perspectiva do setor, as regulamentações estão em constante desenvolvimento e os hospitais estão em diversos estágios na adoção do protocolo do registro eletrônico de saúde (ERH). As tecnologias de código de barras e de pulseiras de identificação são componentes integrais do ERH. A Zebra se esforça para permanecer à frente das exigências e para garantir que hospitais e outros clientes da área de saúde tenham a mais ampla gama de escolhas tecnológicas para ajudá-los a conquistar seus objetivos de forma eficiente e com baixo custo.
Fonte: crn.itweb 26/07/2012

Chilena Enersis tomará participação na Ampla e Endesa Brasil

O valor total da ampliação na região será de US$ 8,02 bilhões. Ao todo, a Enersis assumirá ativos de 12 empresas latino-americanas

 A chilena Enersis assumirá a participação que a companhia elétrica espanhola Endesa tem em várias companhias latino-americanas, entre elas a Endesa Brasil, a Ampla e a Ampla Investimentos.

 Após uma recente ampliação de capital, a Endesa possui 60,62% de ativos da Enersis, que assumirá 28,5% da Endesa Brasil, 7,7% da Ampla e 7,7% da Ampla Investimentos.

 O valor total da ampliação na região será de US$ 8,02 bilhões. Ao todo, a Enersis assumirá ativos de 12 empresas latino-americanas.

 As operações serão efetuadas também na Colômbia, Argentina e Chile.

 Desta forma, a Enersis se transformará no único canal de investimento da Endesa na América do Sul, por meio do Chile, ao meso tempo em que aumentará sua capacidade em 985 megawatts (MW) até 2014, após a implementação de vários projetos no continente.

 A ampliação ainda precisa ser aprovada por uma junta de acionistas da Enersis em 13 de setembro.
Fonte: Exame 26/07/2012

Edge conclui sua primeira aquisição no Brasil

A empresa Edge Investment Partners LLC adquiriu participação majoritária na Ladder Automação Industrial, que atua nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Ladder, presente no segmento de automação há mais de 20 anos, é distribuidora autorizada das maiores marcas multinacionais no segmento como RockWell Automation, Fluke, Belden, Panduit, Cognex, Prosoft, Shimpo, Tektronix, Comtrol, Eplan e Data-Linc .

 A sede da Ladder está localizada em São Caetano do Sul e a empresa conta com mais três filiais localizadas em São José dos Campos, Sorocaba e Rio de Janeiro, sendo todas incluídas na aquisição. Como parte do plano de crescimento dos negócios, a Edge considera a possibilidade de novas filiais. 

"Estamos animados por ter a Ladder como a primeira empresa parceira da Edge. Juntos temos grande oportunidade de crescimento”, exulta Elaine Gerrie, membro da Edge e CEO da Gerrie Eletric.

 A Edge Investment Partners é um grupo formado por distribuídores elétricos independentes (Electrical Distribution Global Enterprise), em sua maioria localizados em toda América do Norte. O principal foco da empresa é construir uma rede de empresas de distribuição em outros mercados, principalmente na América do Sul.
Fonte: portosenavios 26/07/2012

Barclays pode comprar controle da Doux

Produtora francesa de aves avalia negócio a fim de permanecer no mercado; banco ficará com fatia de 80%

 A Doux, produtora francesa de aves e carne de frango processada, deve vender ao Barclays boa parte de suas ações, tornando o banco o maior acionista da companhia. As informações são da agência de notícias internacional AFP, da última quarta-feira.

 O negócio tem por objetivo manter a Doux operando no mercado. Segundo a reportagem, o Barclays terá 80% de participação na empresa e a Doux ficará com o restante da operação.

 No mês passado, a processadora de aves entrou em processo de recuperação judicial, depois de não ter conseguido chegar a um acordo com seus credores.

 Em maio, a JBS passou a operar as plantas da companhia francesa no Brasil. A empresa, no entanto, não assumiu nenhuma pendência, encargo, constrição, penhora e impedimentos de qualquer outra natureza da Doux.

Além das plantas, a JBS ficou com todos os funcionários da empresa francesa no Brasil. Por Daniela Barbosa
Fonte: exame 26/07/2012

Fundo TreeCorp compra 45% da Suplicy Cafés Especiais, de São Paulo

A Suplicy Cafés Especiais fechou um aporte com o fundo de investimento em participações TreeCorp. A cafeteria paulistana não divulga o valor do investimento, mas informa que o fundo ficou com 45% do seu capital. Com novos recursos no caixa, a companhia, que aposta no segmento "premium", quer acelerar a sua expansão no varejo.

 Fundada em 2003 pelo empresário Marco Suplicy, a Suplicy Cafés Especiais conta hoje com sete lojas São Paulo, todas próprias, uma franquia em Brasília e uma unidade licenciada em Goiânia. Com suporte dos novos sócios, o plano é abrir mais 20 lojas próprias em São Paulo e Rio de Janeiro e 50 franquias nos demais Estados.

 Sem informar o faturamento da companhia, Daniel McQuoid, sócio do TreeCorp, diz que o fundo investe em empresas com porte pequeno ou médio, que faturam entre R$ 15 milhões e R$ 150 milhões. O veículo de investimento reúne recursos de sete sócios, só que apenas três deles são ativos na gestão dos negócios.

 A Suplicy Cafés Especiais é a terceira empresa que recebe recursos do fundo e a única no ramo de varejo. O primeiro aporte do "private equity", realizado em 2009, foi numa companhia de soluções para mobilidade corporativa (a MobilePeople). O segundo, em 2010, foi no setor industrial, de soluções para embalagens (a Splack). "O mercado tradicional de 'private equity' geralmente não atende o nicho das empresas com esse tamanho", comenta McQuoid.

 Em geral, o TreeCorp fica entre três e seis anos nas companhias em que investe, período no qual assume a área financeira, mas nunca o controle do negócio. "Os fundadores cuidam da frente das lojas. Nós ficamos na retaguarda", comenta.

 No caso da Suplicy Cafés Especiais, McQuoid enxerga que a porta de saída para a TreeCorp será um investidor estratégico, como uma multinacional do ramo ou uma holding consolidadora.

 O café da Suplicy é moído nas lojas da marca. Para o dono Marco Suplicy, há uma demanda reprimida por café de qualidade no Brasil, que paradoxalmente é o maior produtor mundial. "O produto importado já vem industrializado e não pode ser considerado fresco", diz Suplicy, tio da renomada doceira paulistana Isabela Suplicy.

 O empresário diz que, além do varejo, há espaço para crescer no segmento "office" - ou seja, que abastece escritórios. Atualmente, esta área corresponde a apenas 5% do faturamento da companhia, mas Suplicy acredita que essa fatia pode subir para 50% em três anos, considerando também a venda de "blends" exclusivos para restaurantes.

 No segmento "office", o principal concorrente da marca é a Nespresso, da suíça Nestlé. No varejo, a maior rival é a rede americana Starbucks.

 O modelo de franquia formatado pela Suplicy são unidades com entre 20 m2 (quiosques) e 120 m 2 (lojas). O investimento para o franqueado varia entre R$ 250 mil e R$ 350 mil, com retorno previsto para ocorrer entre 24 e 36 meses. No momento, a companhia está em conversas com 15 potenciais parceiros para abertura de lojas. Por Marina Falcão
 Fonte: Valor Econômico 26/07/2012

Com ganho de eficiência, lucro da Totvs aumenta 31%

Controle de custos e uma postura conservadora em relação à dívida. Essa foi a fórmula da Totvs para impulsionar o resultado da última linha do balanço no segundo trimestre. A desenvolvedora de softwares para gestão empresarial registrou lucro de R$ 47,3 milhões no período, 30,9% maior que o registrado um ano antes.

 As receitas da companhia cresceram 11%, para R$ 350 milhões. Mais da metade desse valor foi garantida pelo pagamento de taxas de manutenção de softwares, que cresceu 12% no período, para R$ 167,3 milhões. As vendas cresceram 8,2%, com aumento de 2% no valor médio dos contratos, o que garantiu uma alta de 10,3% na taxa de licenciamento de novos programas, para R$ 81 milhões. A receita com fornecimento de serviços também aumentou, 10,2%, para R$ 101,7 milhões.

 De acordo com Alexandre Dinkelmann, vice-presidente financeiro e de estratégia da Totvs, a desaceleração da economia não é um grande fantasma para a companhia, que atende principalmente pequenas e médias empresas. "As previsões de que o PIB brasileiro devem crescer 2% ou até menos neste ano não refletem o nosso público", afirmou.

 Apesar da visão otimista, a Totvs não escapou do aumento da inadimplência. A provisão para devedores duvidosos, uma espécie de "colchão" para os pagamentos em atraso, mais que dobrou, passando de R$ 3,2 milhões no segundo trimestre de 2011 para R$ 5,4 milhões neste ano, o equivalente a 1,5% da receita líquida e a 12% no lucro do período.

 Mais que a resiliência das receitas, no entanto, o principal trunfo da Totvs foram os ganhos de eficiência. Custos e despesas operacionais somaram R$ 257,3 milhões, com alta de 6,3% - 4,7 pontos percentuais abaixo da expansão das receitas. Com isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 26,8%, para R$ 92,7 milhões e a margem Ebitda ganhou 3,3 pontos percentuais, para 26,5%.

 Boa parte do controle de custos pode ser atribuída à desoneração do setor com o plano Brasil Maior. Desde janeiro, a contribuição previdenciária, que correspondia a 20% do valor da folha de pagamentos, passou a ser cobrada por meio de um percentual de 2,5% sobre a receita bruta.

 Dinkelmann não quis estimar o impacto da desoneração sobre as despesas da companhia, constituídas principalmente por gastos com pessoal. Mas afirmou que o saldo resultante da medida será aplicado em investimentos. Segundo ele, além do incentivo do Brasil Maior, os aportes em aumento de produtividade também estão por trás dos custos controlados. "As despesas têm que crescer menos que as receitas. Esse é nome do nosso jogo."

 A postura conservadora em relação ao endividamento é outro fator por trás do lucro da Totvs. Ao fim de junho, a dívida líquida da companhia era de R$ 6 milhões, 58% menor do que em março e equivalente a apenas 2% do Ebitda. As despesas financeiras recuaram 80,1% em relação ao segundo trimestre de 2011, para R$ 1,4 milhão, dando impulso à última linha do balanço.

 Para o restante do ano, a expectativa da Totvs é positiva. Segundo Dinkelmann, a companhia espera que as receitas cresçam gradualmente até o fim do ano, em linha com as previsões de recuperação da economia. Por Natalia Viri
Fonte: Valor Econômico 26/07/2012

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COMENTÁRIO

A TOTVS disponibilizou no seu site material da apresentação sobre o resultado da empresa no 1º sem/12. Destacamos dois slides:































Por oportuno, cabe destacar alguns slides da apresentação da empresa no TOTVS DAY, em Nova Iorque, e disponível no site da TOTVS.


















































































O renascimento da BDO

Em março de 2011, a firma de consultoria e auditoria BDO sofreu um duro golpe: a KPMG pagou R$ 150 milhões para adquirir suas operações no Brasil, levando embora clientes, 750 profissionais, entre sócios e consultores, e um faturamento da ordem de R$ 120 milhões por ano.

O movimento levou a BDO a questionar a aquisição feita pela KPMG no Cade, pedindo a impugnação da compra. Enquanto o órgão antitruste avalia o negócio, a BDO, dirigida pelo executivo Raul Correia da Silva, resolveu apostar em empresas com ações em bolsa, sobretudo de médio porte, para ajudar a retomar o crescimento.

Em um ano, segundo a firma, foram conquistadas 33 companhias, elevando para 40 o total de clientes listados na bolsa, como Marfrig, Minerva e Rede Energia.

O avanço se deve, principalmente, à retomada à retomada do rodízio obrigatório de auditorias pelas empresas, conforme a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A BDO, que hoje fatura R$ 60 milhões, espera crescer 35% nos próximos cinco anos.
Fonte: Brasil Econômico 26/07/2012

Mineradoras devem voltar a fazer aquisições

O setor de mineração e metalurgia voltará a um ciclo de alta de fusões e aquisições. A visão é de David Russel, diretor de transações da Ernst & Young para a área.

 Custos mais elevados e preços mais baixos das commodities estão forçando as mineradoras a repensar suas estratégias de investimento.

 Até agora, a instrução era crescer por meio do desenvolvimento de novos projetos. Neste segundo semestre, as empresas devem estar mais dispostas a comprar outras.

 Na primeira metade deste ano, o volume das operações de fusões e aquisições no setor caiu 19% no mundo em relação a igual período de 2011. Em valor, a retração foi mais significativa, de 38%, segundo dados da Ernst & Young.

 As incertezas sobre a economia global, principalmente em relação à China, e a volatilidade dos mercados são as principais causas para o menor volume de negócios.

 Ao mesmo tempo, as grandes mineradoras não tiveram problemas para acessar recursos para investimento, utilizando principalmente o mercado de títulos (bonds), segundo a consultoria.

 Já as fontes de financiamento mais acessíveis às empresas menores (ofertas públicas de ações) secaram com a aversão ao risco.

 Por isso, a consultoria diz que as grandes mineradoras podem se tornar uma fonte de capital para as menores, que veem na venda de participação acionária para os grandes grupos uma saída para tocar seus projetos.

 Além disso, a queda no valor de mercado da maioria das mineradoras as tornou mais atrativas para compras.

 Países emergentes, especialmente a China, devem continuar como foco. A consolidação do setor no país asiático deve aquecer o mercado de fusões e aquisições.

 Diante de uma demanda mais fraca e de margens apertadas, as mineradoras tentarão otimizar os custos de importação e a força de trabalho em busca de maior lucratividade, avalia a consultoria.
 Fonte: Folha de São Paulo 26/07/2012

Brookfield pode se unir à OHL em rodovias

O grupo espanhol Abertis está negociando com o fundo de investimento canadense Brookfield uma sociedade na OHL Brasil, empresa dona de uma série de concessões rodoviárias nas Regiões Sul e Sudeste. Segundo fontes ligadas à empresa, o negócio estava bastante avançado e deveria ter sido fechado dia 24.

 Mas, diante do escândalo de pagamento de propina para a prefeitura de São Paulo por shopping centers - que envolve uma unidade Brookfield no Brasil -, a operação teria sido adiada. Em conferência com analistas e investidores na Espanha, o diretor financeiro da Abertis, José Aljaro, disse que a entrada da Brookfield na operação "é apenas uma das possibilidades" da integração da filial da OHL no Brasil, cujas operações foram vendidas ao grupo espanhol em abril.

A ideia era o fundo canadense entrar na sociedade com uma participação minoritária. Aljaro destacou que a integração se realizaria de modo que a companhia "mantivesse a capacidade de gestão, o controle de pelo menos 51% das ações e a consolidação financeira dos ativos integrados".

 As negociações com a unidade brasileira foram feitas por meio da Partícipes en Brasil, proprietária de 60% da OHL Brasil (o restante está nas mãos de acionistas como Credit Suisse Hedging Griffo e Kendall Develops S/A). Por essa operação, a holding OHL passou a deter 10% de participação acionária na Abertis, que terá mais um sócio financeiro. A OHL Brasil detém a concessão de 3.227 quilômetros de rodovias no território nacional.

 Boa parte das estradas administradas pela empresa ainda está na fase de execução de grandes obras, que exigem desembolsos bilionários. É o caso da Régis Bittencourt, cuja duplicação do trecho da Serra do Cafezal vai custar cerca de R$ 700 milhões.

 A obra deveria ter sido entregue em fevereiro, mas por uma série de entraves quase nada saiu do papel. Até agora, apenas 4 km de duplicação, duas pontes e obras de contenção de encosta foram concluídos. 

A OHL ficou conhecida no Brasil no leilão de concessão das rodovias federais, em 2007. Na ocasião, a empresa ofereceu lances ousados e arrematou cinco lotes de estradas. Algumas delas com pedágio de apenas R$ 1. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Fonte: OEstadodeS.Paulo 26/07/2012

25 julho 2012

BNDES e sócios privados fazem aporte de R$ 35 milhões na Recepta Biopharma

Conforme Passos, do BNDESPar, e Palmeira, do BNDES, acreditam que projeto da empresa biotecnologia é inovador

 Há alguns anos o empresário José Fernando Perez cochichou ao ouvido de Pedro Palmeira, chefe do departamento da área farmacêutica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estava criando uma empresa de biotecnologia, a Recepta Biopharma. Perez fez a revelação em seminário nos quais ambos eram painelistas em Ribeirão Preto (SP). O tempo passou, as discussões evoluíram e agora o BNDES, via BNDESPar, está comprando 16% do capital da Recepta, primeira empresa brasileira a conduzir testes clínicos em pacientes com tumor de ovário com uma droga em desenvolvimento, o anticorpo monoclonal RebmAb100.

 No total, a BNDESPar e dois sócios privados da Recepta - os empresários Emílio Odebrecht e Jovelino Mineiro - vão aportar R$ 35 milhões na empresa para desenvolver a segunda fase de testes do RebmAb100 e de um segundo anticorpo monoclonal, o RebmAb200, disse Pedro dos Passos, da área de capital empreendedor da BNDESPar. Os medicamentos da Recepta podem ser testados no tratamento de vários tipos de câncer, incluindo tumores de ovário, mama, cólon e reto, pulmão e pâncreas.

 Com o aporte, os demais sócios da Recepta devem ter sua participação diluída. São eles o Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer, hoje 35%, o próprio José Fernando Perez, fundador e presidente da empresa, que tem 14%; e José Barbosa Mello, vice-presidente da Recepta. Emílio Odebrecht e Jovelino Mineiro participam por meio das empresas EAO e OPP, respectivamente, mas entraram na Recepta como "investidores-anjo", pessoas-física mais dispostas a correr riscos.

 Criada em 2006, a Recepta tem equipe de 35 pesquisadores que trabalham em instituições parceiras como o Instituto Butantan, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). O apoio do BNDES à Recepta se insere em objetivo maior que é o de ajudar a construir uma indústria de biotecnologia no Brasil. Essa indústria poderia ter uma estrutura formada por empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento (P&D), como é o caso da Recepta, que se vinculariam, via parcerias, com outras farmacêuticas nacionais focadas na produção e na distribuição.

 "Essa é uma rota possível e desejável", disse José Fernando Perez. Um caminho para a Recepta poderá ser a formação de parceria com um dos consórcios de empresas criados para desenvolver e produzir biofármacos no Brasil: a Orygem Biotecnologia e a Bionovis. "Vejo com otimismo a criação desses grupos", disse Perez. O BNDES tem uma visão estratégica: "Através dessa indústria de biotecnologia no Brasil, estaremos dando um passo significativo para a redução da vulnerabilidade do SUS [Sistema Único de Saúde], que é a dependência total das importações no abastecimento de produtos biotecnológicos", disse Pedro Palmeira, chefe do Departamento de Produtos Intermediários, Químicos e Farmacêuticos (Defarma) do BNDES.

 Segundo ele, a Recepta é emblemática pois é o primeiro caso de empresa de biofármacos no Brasil com a pretensão de desenvolver um produto inovador. A empresa aposta em produtos novos, mas uma forma dos grandes laboratórios entrarem no setor é produzir medicamentos cujas patentes de anticorpos monoclonais vão vencer em 2016-2017. É uma oportunidade para fazer cópias ou biossimilares.

 Os anticorpos monoclonais têm maior precisão e eficácia para tratar tumores e conseguem reduzir os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais, como a quimoterapia. Graças a essa característica passaram a também ser chamados como "bala de prata" porque atacam com mais precisão a causa da doença.

 É como se fosse um mecanismo de chave e fechadura. Foi o Herceptim, da Roche, aplicado ao câncer de mama, que deu visibilidade ao anticorpo monoclonal. No caso da Recepta, a expectativa é ter o RebmAb100 pronto para entrar na fase três de testes, com uma amostra maior de pacientes, em três anos, quando o produto poderia começar a ser comercializado.

 "É um produto que pode ser um novo blockbuster [sucesso] global para o tratamento de câncer de ovário no mercado mundial", disse Palmeira. Perez disse que os resultados obtidos nos testes clínicos do RebmAb100 fizeram com que o Federal Drug Administration (FDA), órgão americano que regula o setor de medicamentos, atribuísse ao medicamento da Recepta a designação de droga orfã para o tratamento de câncer de ovário. Pelos critérios americanos, o conceito se aplica a doenças que atingem menos de 20 mil pessoas. São doenças para as quais não há alternativas de tratamento. Por Francisco Góes
 Fonte: Valor Econômico 25/07/2012

Sonda planeja mais aquisições e lojas em bairros sofisticados

Com faturamento de R$ 1,8 bilhão no ano passado, rede supermercadista espera alta de 15% em 2012. 

Há dois anos no comando da rede de supermercados Sonda, José Barral, ex-Assaí, parece ter conseguido imprimir na varejista um jeito um pouco mais agressivo de expansão.

 No final do ano passado, a companhia emitiu R$ 200 milhões em debêntures e realizou, em janeiro deste ano, a aquisição de seis pontos de venda em São Paulo.

 Agora, com as novas lojas andando no ritmo da rede Sonda, o executivo dá sinais de que deseja voltar a encher o carrinho.

 "No ano passado nós preparamos a empresa para isso (aquisições). Temos dinheiro para investir", afirmou sem entrar em detalhes sobre possíveis negociações em andamento.

 "Estamos sempre observando o mercado", resumiu. Antes das lojas negociadas por Barral, o grupo tinha feito a aquisição de apenas uma rede em seus 38 anos de existência. A Cobal, focada nas classes C e D, foi comprada pelo grupo em 2008, ainda na gestão do antigo presidente da companhia, Roberto Moreno.

 Bairros chiques

 Outro desejo de Barral é levar suas lojas a bairros mais nobres da capital paulista. Hoje, a maior parte delas está em regiões consideradas periféricas. "O preço dos imóveis está alto. Mesmo assim estamos estudando aumentar a presença em áreas mais sofisticadas", diz.

 Mas apesar da vontade de ganhar velocidade na expansão por meio de aquisições, Barral não conseguiu mudar o perfil bairrista, digamos assim, dos proprietários da varejista, os irmãos Delcir e Idi Sonda.

 Com dois centros de distribuição na região metropolitana de São Paulo, a companhia quer crescer apenas em um raio de 150 quilômetros da capital paulista. É nesta área que o grupo mantém suas 24 unidades.

 "Os sócios já pensavam assim e acho uma estratégia adequada. Para buscar outras regiões é preciso ter investimento em logística", diz. A rede deve fechar 2012 com 33 supermercados. Barral acredita que os depósitos da companhia têm capacidade para atender ao menos mais 20 pontos de venda.

 Pequeno, mas eficiente

 Com um faturamento de R$ 1,8 bilhão em 2011, o Sonda ocupa a 11ª posição no ranking de maiores supermercadistas do país, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

 A rede possui 24 lojas e apesar de estar muito distante do grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país com mais de 1,5 mil pontos de venda, consegue ser mais eficiente em vendas. Em 2011, a rede dos irmãos Sonda vendeu R$ 26,8 mil por metro quadrado. O líder do segmento, por sua vez, chegou a R$ 18,6 mil.

 Perspectivas

 Apesar de um certo pessimismo entre as empresas, por conta do baixo crescimento da economia brasileira, o Sonda deve alcançar alta de 15% no faturamento deste ano. Quanto aos planos para 2013, Barral prefere fazer mistério.

 "Só vamos bater o martelo sobre a expansão do ano que vem em dezembro", afirma. A respeito do futuro a longo prazo o executivo deixa escapar uma possibilidade. "Abrir o capital pode ser um caminho", afirma. Por Cintia Esteves
 Fonte: brasileconomico 25/07/12

Grupo Technos anuncia a aquisição da Touch

O Grupo Technos comunica que firmou através de suas controladas integrais Technos da Amazônia Indústria e Comércio S.A. e SCS Comércio de Acessórios de Moda LTDA, contrato definitivo de compra e venda da totalidade das quotas das seguintes sociedades: (i) Touch Watches Franchising do Brasil LTDA, detentora da marca Touch e franqueadora de 83 pontos de venda de relógios e óculos Touch no Brasil, (ii) Touch da Amazônia Indústria e Comércio de Relógios LTDA, operadora de linha de montagem de relógios na Zona Franca de Manaus, e (iii) Touch Búzios Relógios LTDA, You Time Relógios LTDA, e Touch Barra Comércio de Relógios e Acessórios LTDA, representando três lojas próprias no estado do Rio de Janeiro.

A Touch foi fundada em 2009 e obteve nos três anos desde sua fundação um crescimento expressivo, atingindo ao final de junho um total de 86 pontos de venda exclusivos, entre quiosques e lojas, presentes em 23 estados do Brasil. A empresa iniciou suas atividades com relógios, focando no conceito fast fashion com lançamentos constantes a preços acessíveis, e recentemente passou também a comercializar óculos de sol. A Touch oferece por meio de seu canal exclusivo uma gama ampla de estilos e modelos para consumidores masculinos e femininos, com ênfase na faixa de preço ao consumidor de R$59 a R$199. Em 2012 a empresa foi selecionada pelo Instituto Empreender Endeavor Brasil e recebeu selo de “Excelência em Franchising” da ABF – Associação Brasileira de Franchising.

Essa transação representa a união da maior empresa de relógios da América Latina com a maior franqueadora focada em relógios do Brasil. O acordo definitivo assinado entre as partes prevê um pagamento inicial aos vendedores de R$20,6 milhões e um pagamento condicional ao longo dos três próximos anos atrelado a métricas operacionais do negócio. Em 2011 a Touch comercializou em torno de 230 mil relógios e obteve receita bruta gerencial e não auditada de aproximadamente R$15,3 milhões.
 Fonte: GrupoTechnos 24/07/2012

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COMENTÁRIO

24 julho 2012

Francesa Egis amplia a presença no Brasil

Integrante da concessionária de Viracopos, em Campinas (SP), amplia atuação na área aeroportuária 

Depois de comprar Vega, do setor ferroviário, em setembro de 2011, e após integrar neste ano o consórcio vencedor da concessão do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o grupo francês Egis deu novo passo no Brasil em infraestrutura ao adquirir a Aeroservice, especializada em consultoria e engenharia de projetos, com foco na área aeroportuária.

 Sem revelar valores, o vice-presidente executivo de Estratégia e Desenvolvimento da Egis, Michel Bastick, disse que a aquisição será gradual. Neste momento, envolve apenas 12,5% da Aeroservice. A Egis Avia, subsidiária do grupo, pretende concluir a aquisição de 100% em até três anos.

 "O Brasil representa parte importante da nossa estratégia de desenvolvimento de negócios. Estamos em atividade no país em um nível muito baixo nos últimos 10 anos e há cerca de três anos decidimos que o Brasil se tornaria um país-alvo para o grupo", afirmou Bastick ao Valor. A estratégia do grupo é investir principalmente em países com maior ritmo de crescimento.

 A Aeroservice tem cerca de 50 funcionários e experiência em projetos internacionais, o que estimulou o interesse do grupo francês, segundo Mário Luiz Ferreira de Mello Santos, presidente da empresa. "Essa é uma das razões para unirmos força", disse.

 A empresa já desenvolveu projetos em aeroportos no Uruguai e no Equador e no Brasil tem entre seus clientes a Infraero, companhias aéreas e, mais recentemente, os consórcios privados envolvidos nos projetos de privatização e modernização dos aeroportos no país. Seus contratos deste ano aproximam-se de R$ 10 milhões, dos quais a metade corresponde a planos diretores dos principais aeroportos nacionais.

 "Trabalharemos próximos da Aeroservice no mercado brasileiro, mas não apenas nele. O latino-americano é muito grande", apontou o diretor-geral da Egis Avia, Cédric Barbier. As atividades da empresa estão muito focadas no exterior: a França não responde sequer pela metade delas.

Além de oportunidades nos países vizinhos, os próximos leilões do governo brasileiro para concessões de novos aeroportos também atraem a Egis. O grupo já integra a concessionária Aeroportos Brasil, na qual detém participação de 10%, numa aliança com a Triunfo (45%) e a UTC (45%). A concessionária assumiu a administração de Viracopos por 30 anos e se comprometeu a investir R$ 1,4 bilhão em um novo terminal com capacidade para 14 milhões de passageiros por ano.

 "Um dos nossos focos é participar dos próximos leilões, mas, antes disso, queremos mostrar que somos um bom parceiro ao Brasil, que o país está recebendo um bom serviço", disse Bastick.

 A capacidade de administração da francesa Egis foi alvo de recurso do segundo colocado na disputa por Viracopos, a sociedade liderada pela Odebrecht (Consórcio Novas Rotas), pois só um dos terminais do seu portfólio ultrapassava o número mínimo de movimentação exigido pelo edital, e ainda um no qual tem posição minoritária. Os executivos da Egis se defendem e garantem que terão condições de operar Viracopos sem problemas.

 "Uma coisa é conseguir gerenciar um grande aeroporto que se conhece desde sempre, o que é a força de alguns dos nossos concorrentes, e outra é conseguir vir e estar apto a transformar um aeroporto, se preocupar com as pessoas envolvidas no processo. Ter [operações] em aeroportos de diversos países com grandes diferenças e saber como fazer a privatização é a nossa força. Para Viracopos isso é mais importante do que já lidar com 30 milhões de passageiros", disse Bastick, sem mostrar preocupação com a possibilidade de a Egis ser impedida de participar dos demais leilões.

 No curto prazo, as atenções da Egis Avia estão direcionadas aos serviços para ampliar a capacidade dos aeroportos que servirão aos turistas da Copa do Mundo de 2014. E como o grupo francês atua em outras áreas, como construção e meio ambiente, há outras possibilidades para crescer no Brasil, disse. A Egis tem faturamento de € 860 milhões e o Brasil representa apenas 3% dos seus negócios. Por Beatriz Cutait, de São Paulo, para Valor Econômico
Fonte: sina 11/07/2012

Nokia compra tecnologias para equipar câmeras de celular

A Nokia anunciou hoje que completou a aquisição parcial da empresa Scalado, especializada em tecnologia de imagens para telefones. Ao todo, o processo de organização para a compra durou um mês, sendo que cerca de 50 funcionários devem migrar para o departamento de imagem da finlandesa Nokia a partir de agora. Patentes de tecnologias exclusivas também foram adquiridas.

Por razões que nenhuma das duas empresas quis comentar, a Scalado não foi vendida inteiramente. Para os usuários, porém, isso faz pouca diferença. Os programas desenvolvidos pela empresa sueca no passado estarão nos celulares da empresa em breve.

 Ainda não está claro o que os finlandeses pretendem desenvolver com sua nova equipe a partir de agora. Apenas o blog oficial Conversations by Nokia, em um post que tratou da aquisição, conseguiu dar uma ideia de quais são os planos da empresa.

"Nós também podemos mudar a maneira pela qual captamos memórias. Estamos falando de 'recapturar' momentos. Suas fotos podem conter tanta informação que você consegue voltar atrás e fazer novas fotos que são completamente diferentes."

Pelo que a declaração indica, em breve poderemos ter versões aprimoradas de programas como o Scalado Rewind, que você vê no vídeo abaixo. Ou então tecnologias semelhantes à usada pela Lytro, câmera que permite mudar o foco dos objetos mesmo depois que a foto é tirada.
A Lytro inclusive utiliza sensores PureView, patenteados pela Nokia.

Telefônica estaria perto de vender Atento a Bain Capital

Segundo a agência de notícias Bloomberg, Atento é avaliada em US$ 848 milhões

Call center da Atento: venda reforçaria o caixa da Telefônica na Espanha

A Telefônica estaria perto de fechar a venda da Atento, sua empresa de call center, para a Bain Capital. A informação foi passada por fontes a par do negócio à agência de notícias Bloomberg.

 A Atento opera em 17 países, inclusive no Brasil. O negócio teria o objetivo de ajudar a Telefônica a reduzir sua pesada dívida líquida, hoje estimada em 57 bilhões de euros. Para a venda, a Atento é avaliada em 700 milhões de euros, ou cerca de 848 milhões de dólares.

O valor é considerado baixo por parte dos analistas espanhóis. No ano passado, por exemplo, a Telefônica teria avaliado a Atento em 1 bilhão de euros, após desistir de realizar a sua abertura de capital.

 Os analistas afirmam que o preço da Atento é pressionado, sobretudo, pela baixa perspectiva de desenvolvimento da empresa e pelos riscos trabalhistas, concentrados no Brasil, onde a empresa possui a maior parcela de seus funcionários.

 Os porta-vozes da Bain Capital e da Telefônica preferiram não se pronunciar sobre o eventual acordo. Os recursos da venda da Atento se juntariam aos 1,4 bilhão de dólares levantados pela Telefônica, no mês passado, com a venda de sua fatia na China Unicom, de Hong Kong. Márcio Juliboni
Fonte: Exame 24/07/2012

Brasil atrai consultoria de TI

Aprimorar os processos, automatizar rotinas, estabelecer planos estratégicos, aumentar a competitividade, crescer em receita. Esses são alguns passos das empresas em termos de ganhos no market share. Para isso, a Tecnologia da Informação está presente do cotidiano das organizações como aliada. Porém, nem sempre a empresa está preparada para ter uma visão completa do seu ambiente de TI, o que exige a expertise de uma consultoria especializada em implementações de soluções tecnológicas.

 Na visão de Claudio Elsas, sócio da Lodestone no Brasil, o objetivo de uma consultoria de TI é elaborar junto ao cliente um plano diretor de informática em prol da visão ampla do ambiente tecnológico. Além de buscar o aperfeiçoando dos processos e retorno de investimento provendo a capacidade de comparação com cenários alternativos. Atenta a essa estratégia, a consultoria Suíça Lodestone desembarca no País com intenção de ampliar sua atuação em toda a região da América Latina.

 “O Brasil, além de estar no foco do mundo com grande potencial de crescimento e mercado rumo à internacionalização, é a porta de entrada para ampliarmos nossa atuação. A meta é abrir filiais na Argentina, Colômbia e Chile”, declara Elsas e acrescenta, ainda, que a Lodestone conta com 68 funcionários no Brasil com expectativa de chegar a 200 colaboradores até 2013.

 O foco estratégico da consultoria, com faturamento de 200 milhões de franco suíço e presença em 17 países, está pautado nas indústrias de processo (Life Sciences, Bens de Consumo e Quimica), manufatura (Automotivo e Equipamentos industriais), Serviços Financeiros (Seguros e Bancos) e Commodities (Óleo e Gas, Energias Renováveis, Agricultura e Utilities).

De olho na inovação 
De acordo com o sócio da Lodestone, a ideia é trazer ao mercado nacional as verticais trabalhadas fora do Brasil, principalmente a indústria farmacêutica e automotiva. “Mas, por enquanto, não estamos atuando por verticais. Esse trabalho será iniciado a partir de 2013”, conta.

A estratégia da companhia no Brasil está focada na aquisição de empresas. Ela acabou de comprar a marca brasileira Xtet Systems e a ferramenta desenvolvida pela empresa, o Code Control.

Com a aquisição, os criadores da solução, dois jovens empreendedores, Marcus Vinícius Teixeira (26) e Leonardo Bazani (23) passam a fazer parte do time da Lodestone no Brasil. Trata-se de um sistema de análise de riscos para ambientes customizados SAP, que permite verificar a segurança dos programas específicos desenvolvidos em ABAP (Advanced Business Application Programming).

 Marcus Vinícius Teixeira explica que com sua experiência como programador, chegou a presenciar negligencias de terceiros durante o desenvolvimento de aplicações no ambiente SAP. “Todas as informações que estão no ERP são de extrema importância para a empresa. Se aplicações criadas por parceiros não são monitoradas o vazamento de dados pode acontecer até por meio do próprio desenvolvedor. Por isso criamos essa ferramenta, para uma análise detalhada e gestão de risco”, explica o criador da solução.

 “O software Code Control atua apenas nas customizações em linguagem ABAP, ou seja, na parte de integração do software, que é feita manualmente por uma consultoria terceira, e não na parte desenvolvida pela SAP em si, que já tem alto padrão de segurança”, completa Elsas.

 O executivo informa, ainda, que a solução é essencial para área de Governança, Risco e Compliance (GRC), considerando que, em um único sistema de gestão SAP, pode existir mais de 15 mil programas específicos distribuídos, ou seja, mais de 1 milhão de linhas de códigos customizadas. Segundo o sócio, a Lodestone Brasil espera faturar aproximadamente R$ 20 milhões esse ano. A meta para 2013 é de um faturamento de R$ 50 milhões. Por Léia Machado
 Fonte: Decisionreport 23/07/2012

Empresa da área ambiental anuncia parcerias e incorporação no Grupo Suzano

Maior empresa brasileira de Levantamento de Dados Offshore (Survey) e no fornecimento de soluções em meio ambiente (antiga Cepemar) foi totalmente comprada pelo Grupo Suzano, que detinha 55% da empresa desde 2011. O anuncio foi feito nesta segunda-feira (23) pelo presidente da empresa, Ronnie Vaz Moreira. O empresário anunciou, ainda, parcerias com empresas americanas para atingir as metas de crescimento e se posicionar como um dos principais players do segmento offshore.

“Fizemos grandes investimentos para a aquisição de dois navios, o Seward Johnson e o Ocean Stalwart, o primeiro navio brasileiro dedicado à prospecção de recursos minerais”, acrescenta Moreira. A Agência Nacional do Petróleo estima que o mercado offshore deva movimentar mais de 150 bilhões de dólares nos próximos quatro anos. Até 2014 o Brasil vai triplicar seu investimento anual em mineração submarina para pesquisar sulfetos polimetálicos, diamantes e outros tesouros escondidos no fundo do oceano.

De acordo com o presidente Ronnie Vaz, a empresa em um ano saiu de 95 para 218 funcionários e espera com essa mudança aumentar ainda mais esse quadro. “Mudamos de sede, trouxemos um novo navio, o Ocean Stalwart, investimos em mais equipamentos, aumentamos participação acionaria na Brasil Supply, introduzimos SAP, abrimos escritórios no Rio de Janeiro e em Houston. Isso fez com que nosso nível de investimentos mais que triplicasse desde a nossa entrada, há um ano, excedendo 50 milhões de reais”.

A grande aposta da CP+ são as áreas de Petróleo e Gás, Mineração, Energia e Telecomunicações. “Fizemos grandes investimentos para a aquisição de dois navios, o Seward Johnson e o Ocean Stalwart, o primeiro navio brasileiro dedicado à prospecção de recursos minerais”, acrescenta Ronnie Vaz Moreira. Por Rachel Avelino
 Fonte:eshoje 23/07/2012

Telefônica inaugura incubadora de startups em São Paulo

Visando incentivar o desenvolvimento local de talentos, a Telefônica/Vivo inaugurou nesta segunda-feira, 23, em São Paulo, a Academia Wayra, nova sede de startups apoiadas pela empresa. A iniciativa, que reúne jovens empreendedores do Wayra Brasil, conta ainda com parceria com a Fundação Getúlio Vargas e procura incentivar a entrada de capital externo de outras empresas.

 O prédio, situado na Marginal Pinheiros, na capital paulista, teve um investimento de R$ 2,5 milhões, com custo mensal para aluguel e administração de "algo em torno de R$ 250 mil". "A ambição é de tentar reter no Brasil o talento que temos no País. A gente gostaria que nossos jovens empreendedores não saíssem daqui para ir ao Vale do Silício", afirma o presidente do Grupo Telefônica Brasil, Antonio Carlos Valente. Segundo Carlos Pessoa, diretor da Wayra Brasil, já há empresas que contam com pelo menos três investidores além da operadora espanhola.

 "Temos muitos talentos na América Latina e queremos dar oportunidade para eles em seus países", disse o diretor do Wayra Global, Gonçalo Martin-Villa. "O projeto está crescendo, 65% das empresas já estão em modo comercial", comemora, lembrando que a plataforma pode chegar potencialmente aos 300 milhões de clientes da Telefônica no Brasil. "Mesmo se o custo é razoável, os benefícios vêm em longo prazo. Porque se falarem bem do projeto, vão falar bem da Telefônica como parceiro", explicou o presidente da Telefónica Latinoamérica, Santiago Valbuena.

 Dentre os 518 concorrentes no Brasil, dez projetos receberam apoio de US$ 50 mil, além da infraestrutura da academia, consultoria e “mentoring” com especialistas da área de negócios da Telefônica. O prazo de permanência dos empreendedores é de até 12 meses e a Wayra será sócia minoritária de cada um dos negócios com participação de 10%.
Fonte: tiinside 23/07/2012

Private equity deve crescer 20% em 2012

Clóvis Meurer, presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), está otimista com o mercado de venture capital e conta que a associação realiza uma série de iniciativas para fomentar esses negócios. Segundo seus cálculos, os recursos para investimentos, considerando o setor como um todo, devem crescer 20% neste ano, para algo emtorno de R$ 10 bilhões. Meurer está ainda mais otimista com os fundos que investem em empresas iniciantes, os venture capital: nesses casos a taxa de crescimento pode ser ainda maior. Confira a seguir a entrevista concedida pelo executivo:

 Quais são as perspectivas para o setor de venture capital?
Hoje, menos de um terço das operações correspondem ao segmento de venture capital, mas existe o aprimoramento tanto nas técnicas de investimento e de análise, que tem permitido maior numero de operações. Portanto, o setor deve crescer nos próximos meses. Acreditamos que o mercado de private equity como um todo cresça 20% este ano, mas esse crescimento pode ser maior na área de venture capital.

 Qual a sua visão sobre o setor de venture capital?
 O segmento de venture capital está muito ativo no Brasil. Estas empresas menores estão demandando projetos e recursos. Portanto, nos organizamos este ano para fomentar negócios no Rio de Janeiro, Porto Alegre, e outros estados, em setores como tecnologia da informação e óleo e gás. Esta semana estamos realizandoumevento em Florianópolis, com o objetivo é reunir empreendedores. Existem diversos fundos com recursos disponíveis para investir no país, tanto com recursos públicos, do BNDES e da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e de gestores nacionais, como DGF e CRP. As oportunidades em venture capital são boas. O número de empreendedores e projetos é muito grande. Também vemos anúncios frequentes de gestores estrangeiros buscando oportunidades no país porque enxergam potencialidades, especialmente na área de tecnologia, como os investidores da região do Vale do Silício.

Quais são as perspectivas para o setor diante de um cenário de desaceleração da economia global?
Hoje, menos de um terço das operações correspondem ao segmento de venture capital, mas existe o aprimoramento tanto nas técnicas de investimento e de análise, que tem permitido maior numero de operações. Portanto, o setor deve crescer nos próximos meses. Acreditamos que o mercado de private equity como um todo cresça 20% este ano, mas esse crescimento pode ser maior na área de venture capital.

 No que se baseará este crescimento? O Brasil está em uma fase interessante para investimentos. Há uma queda na bolsa, e a projeção para o PIB pode não ser a que estávamos esperando, e, como consequência, postergar projetos na área governamental, mas ainda vemos um país pujante, com oportunidades no setor de óleo e gás, infraestrutura e agronegócios. Mas, por outro lado, há demanda por produtos e serviços em diversas camadas da população e crédito disponível. Existem países europeus em dificuldades, e corporações e famílias buscam boas alternativas de investimento. É natural, portanto, que fortunas venham para o Brasil.

 Quais são os entraves?
 Eles estão relacionadas ao processo de registro e saída de uma empresa do país e também a impostos, o custo Brasil. O investidor estrangeiro de venture capital é isento de Imposto de Renda, mas o investidor nacional deve pagar uma alíquota de 15%. Depois da consolidação da legislação, nós da associação pretendemos fazer estes aprimoramentos, e também acelerar processos no Cade, de acordo com o tipo de transação realizada. Quando você tem uma instrução normativa bem elaborada, operações de venture capital podem ser enquadradas em oferta pública restrita, por exemplo. Queremos acelerar processos de registros de fundos na CVM.
 Fonte: Brasil Econômico 24/07/2012

23 julho 2012

Fabricante do suco Camp anuncia fusão com dona de indústria de polpa

General Bands e Nutrimarcas vão investir R$ 30 milhões em fábrica no RN. Empresa vai entrar no mercado de água de coco com duas marcas.

 A General Brands, fabricante dos refrescos em pó Camp, anunciou hoje fusão com a Nutrimarcas, dona da indústria de polpa de frutas ICP Fazenda Maísa, de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As duas empresas vão investir cerca de R$ 30 milhões para a instalação de uma fábrica de sucos no local.

Com a operação, a General Brands vai entrar no mercado de água de coco. Segundo Isael Pinto, presidente da companhia, o plano é lançar duas marcas: a Top Coco e a Camp Coco - esta última com preços menores. O lançamento da Camp Coco está previsto para setembro, em embalagens de 1 litro e 200 ml. Além de atender o mercado interno, a empresa pretende exportar os produtos para Japão, Estados Unidos e África. Fabricante dos sucos Camp anuncia fusão com dona de indústria de água de coco (Foto: Reprodução/Camp)

Antes da fusão, 35% da polpa utilizada na produção dos sucos Camp tinha que ser comprada no Nordeste e, eventualmente, a General Brands enfrentava problemas como a falta de produto. A união permitirá à empresa aumentar suas exportações e "resolver definitivamente o problema da matéria-prima polpa de fruta para a produção de sucos", diz o comunicado. A Fazenda Maísa processa 20 toneladas de polpa de fruta por hora, resultando em 2,5 toneladas de polpa de frutas condensadas, prontas para a produção de sucos.

A unidade em Mossoró será a primeira da General Brands no Nordeste, contribuindo para a descentralização da distribuição dos produtos da empresa. A partir de agora, a Fazenda Maísa fabricará, além da polpa de fruta, produtos como néctar, refresco em pó, gelatinas e gomas de mascar para as regiões Norte e Nordeste. A companhia tem também uma fábrica no Centro-Oeste, em Campo Grande (MS), e uma planta industrial em Guarulhos (SP), que atende as regiões Sul e Sudeste.

Com a fusão, a General Brands pretende chegar a 2016 com um faturamento de R$ 600 milhões, diz Pinto. Para este ano, a expectativa é atingir a cifra de R$ 200 milhões. Valor Online
Fonte: g1.globo 23/07/2012

VMware compra empresa de software de virtualização de redes por US$ 1,26 bi

A fabricante de software de virtualização VMware anunciou nesta segunda-feira, 23, a compra, por US$ 1,26 bilhão, da Nicira, startup desenvolvedora de um software de virtualização de redes fundada em 2007 por pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Berkeley, ambas na Califórnia. A empresa, que levantou cerca de US$ 50 milhões em financiamento desde sua criação, só recentemente começou a vender seus produtos no mercado.

 A proposta da Nicira é trazer ganhos aos ambientes de informática com o que chama de software definido pela rede. Tradicionalmente, grande parte da inteligência para controlar a comunicação de dados é transmitida através de uma rede, gerenciada por um software proprietário que acompanha o hardware fornecido por empresas como a Cisco e a Juniper Networks. Na abordagem da Nicira, as funções de controle de rede são separadas para que seja gerenciada por um programa central, que pode ser executado em uma variedade de servidores, em vez de em sistemas de rede mais caros.

 Na avalaição do CEO da VMware, Paul Maritz, quase todo o hardware nos data centers atuais será substituído por software operando em servidores. "Esta mudança do data center definida pelo software está realmente começando a ser aplicada seriamente", disse ele em entrevista nesta segunda-feira ao The Wall Street Journal.

 Ao que tudo indica, os investidores também foram satisfeitos com o negócio. O maior deles é a Andreessen Horowitz, empresa que investiu US$ 17 milhões na Nicira. Mas a empresa já teria gerado um retorno de duas vezes os US$ 300 milhões que o primeiro fundo aplicou nela, em pouco menos de três anos, disse uma pessoa próxima ao assunto ao jornal americano.
Fonte: tiinside 23/07/2012

Chinesa Cnooc adquire canadense Nexen por US$ 15,1 bilhões

O montante, que representa um preço de 27,50 dólares por ação da Nexen, oferece um prêmio de 61% em relação ao preço do fechamento da ação na sexta-feira

A gigante chinesa de gás e petróleo Cnooc vai adquirir a canadense Nexen por 15,1 bilhões de dólares, anunciaram nesta segunda-feira as empresas em um comunicado conjunto.

 O montante, que representa um preço de 27,50 dólares por ação da Nexen, oferece um prêmio de 61% em relação ao preço do fechamento da ação na sexta-feira, destacaram.

 A transação deve ser finalizada no quarto trimestre de 2012.

 "A aquisição reflete nossa firme crença na rica e diversa carteira de ativos e no alto nível de administração e empregados" da Nexen, afirmou na nota Wang Yilin, presidente da Cnooc.

 "Esta é uma grande oportunidade para trabalhar em nossa existente joint venture com a Nexen no Canadá, e ao mesmo tempo adquirir uma plataforma internacional líder", acrescentou.
Fonte: exame 23/07/2012

Oracle compra Skire e chega a mais de US$ 2,5 bi em aquisições em 2012

A Skire entra para o hall das companhias já adquiridas pela Oracle em 2012, junto a Vitrue (300 milhões de dólares), Taleo (1,9 bilhão de dólares) e Collective Intelligence

A Oracle anunciou que firmou um acordo para adquirir todos os ativos da Skire, provedora de aplicativos de Capital Program Management e Facilities Management disponíveis na nuvem e onpremise.

 A Skire entra para o hall das companhias já adquiridas pela Oracle em 2012, junto a Vitrue (300 milhões de dólares), Taleo (1,9 bilhão de dólares) e Collective Intelligence. Os termos do acordo não foram revelados, tanto desta última empresa quanto da Skire. De acordo com alguns analistas, o total das aquisições neste ano já ultrapassou os 2,5 bilhões de dólares.

 O software da Skire oferece um conjunto completo de recursos de governança e gestão em todas as fases dos projetos – do planejamento até as operações – permitindo que as empresas gerenciem com eficácia seus programas de construção e capital.

 “A combinação da Skire com os recursos dos produtos Oracle Primavera tem o objetivo de criar uma plataforma que atenda todo o ciclo de vida do Enterprise Project Portfolio Management (EPPM), consistindo em uma oferta completa – do planejamento de capital até as operações e manutenção – para proprietários, operadoras, empresas terceirizadas e quarteirizadas”, informou a Oracle em comunicado. 

A iniciativa deverá ajudar as organizações a gerenciar seus projetos de modo mais previsível, com maior controle financeiro, melhorando a lucratividade e a eficiência operacional.

 Em 2011, a Oracle a RightNow Technologies por cerca de 1,5 bilhão de dólares. A caminhada para o crescimento inorgânico da Oracle, ao que tudo indica, ultrapassará o dobro em investimentos neste ano, se comparado com o último.

 A companhia de Larry Ellison, até agora, conta com receita positiva de 37,1 bilhões de dólares e mais de 115 mil funcionários.
Fonte:crn.itweb 23/07/2012