20 fevereiro 2012

Ganhos de sinergia da Iochpe-Maxion não estão precificados, avalia BTG

Após encontro com o CEO (Chief Executive Officer) da Iochpe-Maxion (MYPK3), Dan Ioschpe, e o diretor de relações com Investidores, Luis Abreu, o BTG Pactual afirmou que a mensagem da companhia foi positiva, apresentando potenciais ganhos tanto do lado da receita quanto de investimentos. O foco do encontro seguiu nas recentes fusões e aquisições da Hayes Lemmerz e Galaz, com discussão sobre as implicações no longo prazo para a companhia.

De acordo com o analista do banco, Renato Mimica, há importantes oportunidades de sinergia, que podem ser alcançadas nos próximos cinco anos. Já do lado dos custos, a Iochpe-Maxion vê potencial para a aquisição de aço, a divisão de melhores processos técnicos e a otimização logística para reestruturação das exportações.

Pelo lado da receita, a companhia poderia expandir a produção e venda através do aumento da produção de rodas para máquinas agrícolas, produção de partes internas estruturais na planta de Galaz, no México, além de introduzir produtos na Europa e na ásia. Além disso, aponta Mimica, a aquisição da Hayes Lemmerz também pode estreitar os relacionamentos com clientes como a Hyundai, uma das OEM (fabricante de produtos originais) que mais crescem no mundo, o que pode alavancar a empresa para o cenário global.

Fusões e aquisições não precificadas pelo mercado
Em adição ao cenário de crescimento orgânico e com as novas fontes de receita, o analista da BTG afirma que a Iochpe-Maxion ainda apresenta espaço para se consolidar nos mais diversos mercados, como a Índia, China e Rússia para os produtos, com preferência por mais fusões e aquisições no mercado. Entretanto, afirma Mimica, a companhia pretende desalavancar o seu balanço patrimonial pelos próximos dois anos, ao invés de fazer mais aquisições.

Mimica reitera a recomendação de compra para os ativos da companhia, acreditando que os investidores ainda não precificaram os potenciais ganhos para a Iochpe-Maxion, através das recentes aquisições da companhia. "Isso dito, nós notamos que o primeiro trimestre deve ser surpreendente fraco para o segmento de veículos no Brasil, o que pode levar a um risco de curto prazo para o papel", pondera o analista. 
Fonte:Infomoney20/02/2012

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