19 setembro 2011

Setor de serviços de segurança espera crescer de olho em cartões

Diante de um cenário de atraso na implementação de padrões de segurança para evitar fraudes nas transações (PCI), empresas de serviços de segurança esperam crescer até 30%.

Para garantir a segurança nas operações feitas com cartões, a Cielo tem investido na troca de suas maquininhas (POS), aquelas usadas principalmente por empresas de nível 3 - que fazem menos de 1 milhão de transações por ano.

Segundo Paulo Guzzo, vice-presidente executivo de tecnologia e operações da Cielo, os terminais são trocados a cada um ano e meio e já possuem as normas de segurança do PCI embutidos.

"Os POS carregam dados dos clientes que são criptografados de forma a evitar fraudes. Por ele passam mais de 125 mensagens na hora da transação", informa.
Guzzo ainda explica que muitas empresas estão fazendo uma implantação prévia do padrão PCI. "Algumas já têm o modelo de segurança implantado, mas ainda não foram testadas", avalia.

Para ele, no caso dessas empresas, "a exposição de risco não deve ser tão grande, já que elas estão em processo de implantação."

De forma a expandir sua abrangência nas transações via internet, a Cielo adquiriu em maio deste ano 100% do capital da Braspag, empresa de soluções de pagamentos e serviços financeiros do grupo Silvio Santos.

Com principais clientes como o grupo B2W, além do Ponto Frio e Marisa, a empresa atua como um gateway, que cria uma plataforma de integração entre a loja virtual, instituições financeiras e adquirentes.

Segundo Daniel Bento, presidente da Braspag, os serviços prestados pela empresa estão em acordo com o modelo 2.0 do PCI. "É uma atualização do sistema de segurança, um investimento importante para as empresas."

Disposto a crescer 30% com o PCI, Rafael Sampaio, presidente da empresa de serviços de segurança Future Security, explica que é preciso ficar atento quando assunto é proteção de dados.

"As empresas estão se preparando para o crime digital e fraudes, aquelas que não se preocupam abrem portas para os riscos", avalia.

Sampaio explica que as avaliações de segurança são feitas trimestralmente com o objetivo de fiscalizar as proteções.

"Temos que verificar se, por exemplo, um supermercado mantém as operações de caixa separada da rede corporativa de forma a evitar exposição a riscos."
Fonte:brasileconômico19/09/2011

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