A corretora Planner, baseada nas expectativas do mercado, aponta que um processo de consolidação entre as grandes empresas siderúrgicas está cada vez mais próximo de acontecer, de modo a gerar maior poder de barganha, ganhos de escala e sinergia.
A corretora ressalta a proposta de aquisições de ações da Usiminas (USIM3) pela CSN (CSNA3) como um indicativo deste movimento no setor.
Segundo dados do IaBr (Instituto Aço Brasil), as cinco maiores siderúrgicas da indústria do aço produzem apenas 19% do total mundial. Enquanto isso, as cinco maiores siderúrgicas do minério de ferro têm participação de 90% do mercado. "Este quadro mantém a fragmentada indústria do aço em posição desfavorável na negociação de preços com os produtores de minério de ferro", afirma o analista Ricardo Martins.
Outro dado negativo e que revela a falta de coordenação do setor foi o da WSA (Associação Mundial do Aço, na sigla em inglês), de que o mercado tem uma grande capacidade ociosa de 500 mil toneladas de aço por ano. "Isso tem pressionado os preços dos produtos siderúrgicos para baixo, enfraquecendo o setor, avalia o analista.
Processos de fusões
A última grande consolidação no setor ocorreu entre a Arcelor e Mittal, em 2006, quando criou-se a maior siderúrgica do mundo. A fusão entre as japonesas Nippon Steel e Sumitomo foi o evento mais recente, com os objetivos de cortar custos e acelerar a expansão no exterior.
Segundo a corretora, a negociação entre Usiminas e CSN pode ter um desfecho de consolidação, mas não descarta a entrada da Gerdau (GGBR4) na disputa. "Caso venha a acontecer, acreditamos que será um processo de fortalecimento das companhias envolvidas", afirma Martins.
Fonte:InfoMoney16/09/2011
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