03 agosto 2011

Odontoprev pode subir em bolsa com próximo balanço, diz banco.

HSBC analisa que as ações do setor de saúde estão mais atrativas hoje do que há três meses.

São Paulo – As ações das companhias que integram o setor de saúde no Brasil estão com um desempenho superior ao do Ibovespa no ano e ainda assim mais atrativas hoje do que há três meses, avalia a equipe de pesquisa do HSBC.

Em relatório, o analista Luciano Campos incorporou em sua análise as expectativas para os resultados que serão apresentados pelas empresas do setor, referentes ao segundo trimestre, e concluiu que a Odontoprev é a única que apresenta fundamentos que podem potencializar os papéis da companhia.

A Odontoprev deverá expandir sua margem Ebitda em aproximadamente 5 pontos percentuais no segundo trimestre, especialmente por conta das baixas pressões nos custos e diluição das despesas de forma mais rápida, explica Campos.

O preço-alvo para os papéis é de 31,50 reais em 12 meses para as ações ordinárias da companhia (ODPV3), o que representa um potencial de valorização de 15,38% frente à cotação de 27,30 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação é neutra.
O analista prevê que a companhia contabilize 165 mil novos associados ao seguro saúde no segundo trimestre, mas que adicione outros 650 mil durante a segunda metade do ano. A receita líquida deve ficar em 228,9 milhões de reais, cifra 38,4% maior na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações) deve ficar em 60 milhões de reais, 67,8% maior do que o visto entre abril e junho de 2010. A Odontoprev publica seus números no dia 4 de agosto, após o fechamento dos mercados.

Amil
Para a operadora de planos de saúde Amil (AMIL3), a equipe de pesquisa do HSBC projeta um segundo trimestre “relativamente bom”, auxiliado pelas recentes aquisições da empresa, por uma melhor margem bruta e por um índice de sinistralidade melhor.
No entanto, a “sazonalidade e a consolidação de três aquisições – Samaritano, Saúde Excelsior e Pasteur – podem dificultar a interpretação dos resultados, afastando os investidores até que eles vejam dados trimestrais adicionais”, opina Campos.

O analista atribuiu um preço-alvo de 25,50 reais em 12 meses para as ações ordinárias da companhia (AMIL3), o que representa um potencial de valorização de 41,66% frente à cotação de 18,00 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação é overweight (alocação acima da média do mercado).

O HSBC projeta que a operadora deva contabilizar receita líquida de 2,24 bilhões de reais no segundo trimestre, cifra 19,7% maior em termos anuais. O Ebitda deve ficar em 120 milhões de reais. A Amil divulga seus resultados referentes ao período abril-junho deste ano no dia 9 de agosto, após o fechamento do mercado.

Dasa
Para a DASA (DASA3), a expectativa de Campos é que “os resultados devem ficar abaixo das estimativas”, dependendo principalmente do sucesso da empresa em assegurar novos contratos no setor público, cuja receita deve totalizar 39,3 milhões, representando 6,3% da receita bruta estimada para o segundo trimestre.

“A DASA espera ganhar mais contratos em 2011 e dimensionar seu pessoal adequadamente, e um atraso nesses novos contratos também pode limitar as margens de maneira momentânea”, acredita Campos.

Ele atribuiu um preço-alvo de 25,50 reais em 12 meses para as ações, o que representa um potencial de valorização de 31,78% frente à cotação de 19,35 reais vista no encerramento da última sessão. A recomendação é neutra.

A projeção é de que a companhia tenha receita líquida de 577,6 milhões de reais para o período abril-junho deste ano, cifra 53% superior frente ao visto em igual período de 2010. O Ebitda deve ficar em 160,7 milhões de reais. A DASA publica seu balanço no dia 11 de agosto, após o fechamento do mercado.

Fleury
A expectativa do HSBC é que a empresa de diagnósticos e medicina preventiva Fleury (FLRY3) adicione 1.900 metros quadrados (m2) de área de unidades de atendimento no segundo trimestre, para um total de aproximadamente 4.200 metros quadrados contabilizados no primeiro semestre do ano.

“Acreditamos que a adição orgânica de área de unidades de atendimento provavelmente diminuirá a margem Ebitda”, prevê Campos. Diante deste cenário, ele atribuiu um preço-alvo de 27,00 reais em 12 meses para as ações, o que representa um potencial de valorização de 25,29% frente à cotação de 21,55 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação é neutra.

Campos estima que a Fleury deverá contabilizar no segundo trimestre uma receita líquida de 246,8 milhões de reais, valor 13,3% maior na comparação anual. O Ebitda deve ficar em 59,6 milhões de reais, 11,6% superior frente ao visto no mesmo período de 2010. Os resultados da companhia serão apresentados no dia 4 de agosto, após o fechamento dos mercados.
Fonte:PortalExame03/08/2011

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