Nem o mercado de luxo escapa de um bom desconto na hora de negociar. Depois de quase desistirem do acordo de fusão, o conglomerado francês LVMH e a joalheria americana Tiffany fizeram as pazes e concordaram em fechar o negócio, mas por um valor quase meio milhão de dólares menor em relação ao preço original.
A Tiffany aceitou um preço mais baixo do que os US$ 16,2 bilhões iniciais, passando agora para US$ 15,77 bilhões, uma redução de cerca de US$ 425 milhões.
A compra da Tiffany pela dona da Louis Vuitton se transformou em batalha jurídica. O grupo do bilionário Bernard Arnault, dono também da Dior e Bulgari, marcas disputadas por celebridades e por consumidores de classe alta mundial, anunciou sua intenção de adquirir a Tiffany no fim de 2019.
A empresa francesa,porém, desistiu da proposta em setembro, após alegar uma série de decisões erradas do conselho da Tiffany desde que o negócio foi revelado. A Tiffany disse que não havia base válida para cancelar o negócio e apresentou uma reclamação em um tribunal de Delaware, enquanto a LVMH respondeu com uma reconvenção.
“LVMH, o principal grupo de bens de luxo do mundo, e Tiffany, joalheria de luxo do mundo, anunciaram nesta quinta-feira que concluíram um acordo que modifica certos termos de seu acordo inicial para refletir um preço de compra de $ 131,50 (por ação ) em dinheiro e para reduzir a condicionalidade de fechamento “, segundo o comunicado.
“Outros termos importantes do acordo de fusão permanecem inalterados”, enfatizou o grupo francês.
“Este acordo equilibrado com o conselho de diretores da Tiffany permite que a LVMH trabalhe na aquisição da Tiffany com confiança e retome as discussões com a administração da Tiffany sobre os detalhes da integração”, disse o CEO da LVMH, Bernard Arnault.
A aquisição estava prevista para ser concluída em junho deste ano, mas, em meio à pandemia, o prazo foi estendido para 24 de agosto e, posteriormente, para 24 de novembro. No início de setembro, a LVMH informou ter recebido uma carta do Ministério das Relações Exteriores da França solicitando novo atraso no negócio, por causa de ameaças do governo americano de impor taxas sobre produtos franceses, e anunciou a desistência da compra.
Mas agora, após o acordo anunciado nesta quinta-feira, o negócio deve ser fechado em janeiro. ”Estamos muito felizes por ter chegado a um acordo com a LVMH a um preço atraente e agora podermos prosseguir com a fusão. O conselho concluiu que havia interesse de todas as partes em fechar o acordo” — disse o presidente do conselho de administração. pela Tiffany, Roger Farah. (de O Globo).. Leia mais em cnf 29/10/2020
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