14 setembro 2020

Com Bitz, Bradesco esquenta a disputa nas carteiras digitais

Com a fintech, o banco planeja chegar, em três anos, a uma fatia de 25% no segmento, já explorado por rivais como Itaú Unibanco e Santander. Para acelerar essa estratégia, a Bitz negocia duas aquisições e vai concentrar um investimento adicional de R$ 100 milhões em seu primeiro ano de operação

Três anos depois de lançar o banco digital Next, o Bradesco promoveu hoje a estreia de mais um pilar na agenda para transformar seu negócio tradicional e ir além do mundo físico. A novidade veio com a criação da Bitz, empresa do grupo que irá atuar no segmento de carteiras digitais.

O início da operação acontece mais de um ano depois de o Itaú Unibanco entrar nesse mercado, por meio do iti, e cerca de três semanas após o Santander lançar a sua plataforma de pagamentos instantâneos, a SX.

Na visão do Bradesco e da Bitz, no entanto, o fato de o segmento já estar sendo explorado há mais tempo por esses grandes concorrentes não prejudica a operação.

“Temos concorrentes já com carteiras expressivas, mas esse mercado ainda está em fase inicial”, afimou Curt Cortese Zimmerman, que atuará como CEO da Bitz, em teleconferência realizada agora à tarde. “Temos um plano agressivo e queremos ter uma fatia entre 20% e 25% do mercado de carteiras digitais no prazo de três anos.”

O executivo destacou que o iminente lançamento do PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, abre uma boa perspectiva para que a Bitz recupere qualquer tempo eventualmente perdido e ganhe terreno rapidamente. “A Bitz nasceu para usar o PIX. É uma oportunidade de a nossa carteira já nascer interoperando com todas as outras do mercado em um curto espaço de tempo”, afirmou.

A operação da Bitz, a princípio, vai compartilhar algumas áreas com o Bradesco, como marketing e recursos humanos. Zimmerman justificou, porém, a decisão de criar uma empresa apartada do banco para atacar esse segmento.

“Decidimos ser uma fintech e viver a flexibilidade que essas empresas têm de forma completa”, afirmou o executivo sobre a companhia, que terá como sede o InovaBra Habitat, hub de inovação do Bradesco localizado na região central de São Paulo.

Dentro do plano de escalar o negócio rapidamente, o executivo prevê um investimento de cerca de R$ 100 milhões na companhia em seu primeiro ano de atividade. O montante não inclui duas aquisições que estão sendo negociadas no momento. Um dos acordos envolve a compra de uma carteira digital já em operação.

A outra conversa refere-se a uma empresa de tecnologias de pagamento digital. Com as duas aquisições no radar e próximas de um fechamento, a projeção é de que a Bitz opere com uma estrutura de cerca de 60 pessoas.

Disponível a partir de hoje, o acesso à carteira digital da Bitz é gratuito, está aberto a qualquer usuário, seja pessoa física ou pessoa jurídica, em particular, microempreendedores. E se dará por meio do cadastramento de uma selfie e de um documento com foto. A oferta terá como base uma plataforma de tecnologias white label da Cielo.

Já o portfólio inclui cartões digital e físico, aceitos em toda a rede da bandeira Elo, com uma rede de cerca de 1,5 milhão de estabelecimentos disponíveis para pagamentos via QR Code. Entre outros recursos, o cliente terá acesso a saques na rede Banco 24Horas, cashback de transações e remuneração com 100% do CDI para saldos acima de R$ 100 na carteira... Leia mais em neofeed 14/09/2020



 



Nenhum comentário:

Postar um comentário