As companhias Cury (CURY3) e HBR Realty, controladas por empresas do setor de construção, tomaram medidas para processo de abertura de IPO.
Primeiramente, a construtora e incorporadora Cury, empresa controlada pela companhia Cyrela (CYRE3), se apresenta como uma incorporadora de baixa e média rendas, com foco nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo a Cyrela (CYRE3), a companhia tem atualmente 48,25% do capital da Cury e representa pouco mais de 2% do seu patrimônio líquido.
Sobre a oferta inicial de ações, ela estabeleceu faixa indicativa de preço de suas ações entre R$ 11 a R$ 14,30.
Mesmo assim, a empresa aguardará precificação dos papéis que será fechada após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais prevista para 17 de setembro.
De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o prospecto preliminar indica que IPO pode movimentar até R$ 1,755 bilhão.
Dessa maneira, a operação de distribuição primária ofertará 18.181.818 novas ações ordinárias e secundária de, inicialmente, 72.727.273 ações ordinárias de acionistas vendedores.
Ainda, a oferta pode ser acrescida de mais 20% da oferta primária e também possuirá lote suplementar de ações de 15% da oferta primária.
Nesse caso os vendedores são a Cyrela e a Cyrela RJZ, além dos acionistas Fabio Elias Cury, Paulo Sergio Beyruti Curi, Leonardo Mesquita da Cruz e Ronaldo Cury de Capua.
Vale dizer que as ações irão ser negociadas no segmento Novo Mercado da B3 e está prevista para 21 de setembro.
Além disso, a operação de ofertas primária e secundária será coordenado por BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA (ITUB4), Bank of America e Caixa Econômica Federal.
Segundo informações da Cury, os recursos líquidos da oferta primária serão destinados para aquisição de terrenos.
HBR pertence aos donos da Helbor (HBOR3)
A respeito da empresa HBR Realty, ela é controlada pelos mesmos donos da incorporadora Helbor (HBOR3). As duas empresas são consideradas “coirmãs” e atuam em complemento.
Enquanto a Helbor (HBOR3) é uma incorporadora imobiliária, a HBR Realty atua no mercado de locação de imóveis comerciais.
Quanto aos empreendimentos, eles se dividem em centros de conveniência (bandeira ComVem), lajes corporativas triple-A – segmento mais sofisticado desse mercado -, shopping centers, e consultoria para estruturação de fundos imobiliários.
Consultando seu portfólio, ele somava 30 propriedades para renda, que totalizavam 300 mil metros quadrados de área bruta locável, sendo 139 mil metros quadrados próprios.
Empresa dá primeiros passos para processo de IPO
Sobre a HRB Realty, a empresa arquivou na CVM, a minuta do prospecto preliminar de sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).
A respeito da oferta de ações, a operação envolverá oferta primária e secundária de ações ordinárias.
Também ficou definido que o IPO será aberto a investidores de varejo, mas a fatia para esse grupo se restringirá a faixa de 10% a 20% da colocação total.
Enquanto isso, os investidores não-institucionais poderão, no período de reserva, apresentar pedidos de, no mínimo, R$ 3 mil e de, no máximo, R$ 1 milhão.
Quanto a oferta secundária, os vendedores são a Hélio Borenstein S.A., controlador de ambas HBR Realty e Helbor, e a Tierra Fundo de Investimento, representada pela gestora Dynamo.
Vale dizer que antes do arquivamento da minuta, já havia a suspeita de proposta do IPO iminente por parte da Helbor (HBOR3).
Isso se deve pois, de acordo com a ata do Conselho de Administração da Helbor (HBOR3), parte dela deixava entendida essa alternativa para obtenção de mais recursos.
Ainda, a minuta menciona que a oferta primária precisa injetar, pelo menos, R$ 310,8 milhões no caixa da HBR Realty.
Por fim, o líder da operação é o Bradesco BBI e as outras instituições que participam da operação são o BTG Pactual (BPAC11), o Itaú BBA (ITUB4), Santander Brasil (SANB11) e Genial Investimentos... leia mais em guiadoinvestidor 28/08/2020
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