As empresas de private equity estão prontas para atacar em 2020 e armadas com um nível recorde de caixa.
Empresas lideradas pela Blackstone e Carlyle acumularam quase US $ 1,5 trilhão em capital não gasto, o maior total já registrado para um fim de ano, segundo dados compilados pelo Preqin.
Enquanto no ano passado houve cerca de US$ 450 bilhões em acordos de private equity, as atividades de fusões e aquisições deste ano podem atingir a maior escala desde a crise financeira.
“Começamos 2020 com as pessoas se sentindo muito melhor em relação às perspectivas econômicas e geopolíticas do que há um ano”, disse Jason Thomas, diretor global de pesquisa do gigante de private equity Carlyle.
As baixas taxas de juros, a expansão dos fundos atrelados a índices e anos de desempenho morno dos hedge funds atraíram investidores para o segmento de private equity em busca de retornos mais altos. Muitas empresas optaram por acumular esses ativos com o aumento dos valuations e maior concorrência por acordos.
Uma razão pela qual as empresas podem ter tanto dinheiro disponível à espera do momento certo é porque as opções de investimento estão se expandindo, segundo Kewsong Lee, copresidente do Carlyle. Classes de ativos, como dívida privada e regiões, incluindo o Japão, estão se abrindo para fluxos de capital privado, disse Lee em conferência em dezembro.
“Não é apenas o private equity que continua crescendo, mas novas classes de ativos estão surgindo dentro do private equity”, disse Lee.
Embora o ritmo de acordos tenha caído um pouco em 2018, os números do ano passado ainda foram fortes, já que as empresas continuaram buscando alvos maiores.
No que poderia ser a maior compra alavancada de todos os tempos, em novembro o KKR fez uma proposta para a rede de farmácias Walgreens Boots Alliance fechar o capital. Em um dos maiores acordos do ano passado, a empresa de private equity sueca EQT AB e a Digital Colony Partners desembolsaram cerca de US$ 14 bilhões pela empresa de rede de fibra óptica Zayo Group.
O dinheiro disponível pode significar ainda mais acordos em 2020, disse Dave Tayeh, chefe de private equity na América do Norte na gestora Investcorp.
“Muitos ventos favoráveis devem conduzir a um fluxo saudável de negócios - como o aumento da certeza em torno do Brexit, continuidade dos juros baixos” e inovação tecnológica em todos os setores, disse Tayeh por e-mail.
“Mas as tensões comerciais globais e os altos valuations continuarão tendo impacto nas fusões e aquisições.” Bloomberg.. leia mais em yahoo 02/01/2020
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