O copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que sua única frustração após a fusão dos bancos, em 2008, foi com a economia brasileira. "Poderíamos ser mais do que somos hoje. Infelizmente, a economia brasileira não se desenvolveu como queríamos. Se a economia tivesse crescido 3%, nada de extraordinário, menos que a média do mundo, o banco estaria em patamar de tamanho e de realização. E o Brasil também", disse ele, em reunião com analistas e investidores, nesta tarde, em São Paulo.
Segundo Setubal, essa é a sua única frustração após 2008. Antes, conforme ele, o que faria diferente seria ter selado a fusão do Itaú com o Unibanco antes disso. O namoro teve início em 1998, mas começou a andar apenas nove anos depois, com a fusão em 2008.
"Conversamos algumas vezes antes. Se fosse hoje, eu voltaria e insistiria mais. Voltaria a 1998, na nossa primeira conversa. Era o final da Copa, o Brasil estava cheio de frustrações. A conversa nasceu ali", relembrou Setubal.
O também copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, admitiu que compartilha do mesmo arrependimento. Ponderou, contudo, que o contato feito em 1998 permitiu a construção de laços de confiança fundamentais para sedimentar o negócio dez anos depois.
"Estamos a dois meses de completar 11 anos da fusão do Itaú com o Unibanco... Não voltaria a 2008, voltaria antes. Me arrependo de não ter feito antes o que parecia muito óbvio", avaliou Moreira Salless... Leia mais em dci 03/09/2019
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'Maior risco para uma empresa é a complacência', diz Moreira Salles
O copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Pedro Moreira Salles afirmou que o maior risco para uma empresa é a complacência. "Não estamos com esse tipo de síndrome dentro do Itaú Unibanco. O ato de se questionar e sabermos se já fizemos o suficiente é constante", disse ele, em reunião com analistas e investidores, nesta tarde de terça-feira.
Segundo Moreira Salles, o ato de questionar e saber se já fizeram o suficiente é constante dentro do banco. "Não vejo nenhum sinal de complacência, em que pese a grande empresa ter tendência a isso", reforçou ele, acrescentando que o Itaú Unibanco procura não deixar "nenhum terreno aberto e se manter vivo a todo instante".
Questionado sobre transformações no sistema financeiro, ele disse que o banco soube se adaptar ao longo do tempo, uma vez que poucas empresas conseguem atravessar a barreira de um século de existência - o Itaú Unibanco tem 95 anos -, mas que é necessário criar capacidade para os desafios que o momento impõe. "Em que pesem aflições e angústias que todos nós incumbentes temos no mundo atual, olho com muito entusiasmo o que virá para frente", afirmou Moreira Salles.
O Itaú Unibanco tem, conforme ele, conjunto de atributos dificilmente reproduzíveis, mas que daqui a dez anos as instituições financeiras terão de adotar uma nova maneira de atendimento e de distribuição de produtos. "Saberemos encontrar respostas à medida que as perguntas aparecerem. Essa é parte essencial do trabalho, de controladores e membros do Conselho. Temos de criar capacidade para o banco aos desafios que o momento impõe", concluiu o copresidente do Conselho de Administração do Itaú.
Minoritário
O copresidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco Roberto Setubal disse que o banco soube aceitar ser minoritário em empresas menores que a própria instituição, como por exemplo a seguradora Porto Seguro e a XP Investimentos. "Isso não é simples na tradição brasileira: uma empresa maior aceitar ser minoritária de uma empresa menor. Mas tivemos muitos benefícios por termos tido a humildade de sermos minoritários mesmo sendo maiores", avaliou ele, durante reunião com analistas e investidores nesta tarde de terça-feira, ao comentar a trajetória de fusões e associações feitas pelo Itaú Unibanco.... Leia mais em dci 03/09/2019
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