21 junho 2019

Ibovespa bate novo recorde e vai a 102 mil pontos com Fed e Previdência

O Ibovespa operou toda a sexta-feira (21/06) em alta firme e bateu novo recorde histórico, acima dos 102 mil pontos, mesmo em um pregão pós-feriado, fraco de notícias locais. Na semana, o principal índice de ações brasileiro acumulou ganho de 4,05%, a maior alta a última semana de dezembro de 2018.

Operadores destacam que o otimismo dos investidores, mesmo depois de o Ibovespa ter rompido a barreira dos 100 mil pontos na quarta-feira, foi embalado nesta sexta-feira por um ajuste das ações, após a B3 não operar na quinta-feira e o S&P 500 bater recorde, além da crescente possibilidade de corte de juros em breve nos Estados Unidos e do aumento da chance de votação da reforma da Previdência antes do recesso parlamentar.

O Ibovespa subiu 1,7%, aos 102.012,64 pontos. Na semana, acumulou ganho de 4,05%. O giro financeiro, mesmo na sessão espremida entre um feriado e o final de semana, somou R$ 18,7 bilhões.

O movimento na bolsa brasileira refletiu sobretudo um realinhamento de preços após, na véspera, o índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, ter tido nova máxima recorde, com impulso das expectativas de que o Federal Reserve reduzirá taxas de juros dos EUA, para compensar possíveis efeitos negativos da guerra comercial com a China.

Na quarta-feira, os comitês de política monetária dos Estados Unidos (Fomc) e do Brasil (Copom) mantiveram as taxas básicas de juros em suas jurisdições, mas os comunicados que se seguiram foram percebidos pelo mercado como abertura de caminho para cortes de taxas mais adiante, o que animou investidores.

No começo da semana, investidores já vinham mais otimistas com as chances de autoridades monetárias da Europa e do Japão também iniciarem um ciclo de flexibilização monetária.

"Assim como os BCs (Fed, ECB e BoE) não podem ignorar os fatos, o BC brasileiro precisa reconhecer que a Selic está no lugar errado", afirmou a equipe do Banco Fator chefiada por José Francisco de Lima Gonçalves.

Destaques
- B3 avançou 6,31%, liderando os ganhos do índice, diante da chance de o relator da reforma da Previdência rever trecho da proposta que prevê aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, de modo a poupar a B3.

- JBS subiu 3,86%. Na quarta-feira à noite, a maior produtora de carnes do mundo anunciou ter concluído o pagamento de R$ 2,7 bilhões como parte de dívidas com bancos, explicando que isso refletia a estratégia de reduzir dívidas e estender o prazo médio de pagamento. Além disso, o Barclays elevou a recomendação da ação para comprar.

- EMBRAER avançou 2,90%. A fabricante de aviões anunciou na véspera que a holandesa KLM assinou carta para comprar 15 jatos E-195 E2, com opção para adquirir outras 20 aeronaves do tipo, numa operação de até US$ 2,5 bilhões.

- SMILES recuou 3,15%. A administradora de programas de fidelidade afirmou ter sido notificada que sua controladora, a empresa aérea Gol, pretende reajustar preços das passagens padrão e milhas. A ação da Gol perdeu 1,89%.

- PETROBRAS cresceu 2,76%, alinhando-se à alta de seus recibos de ações em Nova York na véspera e à valorização dos preços internacionais do petróleo, diante da forte tensão entre Estados Unidos e Irã. POR REUTERS E ESTADÃO Leia mais em epocanegocios 21/06/209


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