A Lyft, concorrente da Uber no mercado de corridas compartilhadas, será a primeira empresa do segmento a abrir capital na bolsa de valores. A oferta pública inicial (IPO) é uma das mais aguardadas do ano e deve acontecer entre o fim de março e o começo de abril.
A empresa espera alcançar US$ 26 bilhões de mercado – montante bastante expressivo se comparado ao de uma fabricante de carros, por exemplo. Em média, o valor de uma montadora gira em torno de US$ 50 bilhões, mas estas companhias têm grande investimento em ativos fixos e um modelo de negócio viável, algo que não acontece com a Lyft.
Os documentos apresentados pela startup para realizar a abertura de capital mostram que a plataforma ainda não comprovou ser financeiramente factível. Em 2018 a empresa teve prejuízo líquido de US$ 911 milhões. Esse montante foi gasto na atração de usuários e motoristas, que são sempre motivados por descontos e bônus para usar o aplicativo. Assim, sempre que a startup trabalha para expandir sua base ou entrar em um novo mercado, precisa aplicar uma série de recursos.
Por outro lado, a companhia gerou US$ 2,2 bilhões em receitas com seus 30,7 milhões de usuários e 1,9 milhão de motoristas cadastrados ao longo do ano passado. Os números mostram que o negócio pode ter um ponto de equilíbrio no futuro e, portanto, justificariam o valor de mercado que a Lyft espera alcançar. Concentrada nos mercados dos Estados Unidos e Canadá, a empresa planeja expandir sua atuação no futuro com a oferta de outros meios de transporte, como patinetes e bicicletas elétricas.
Nos próximos meses é esperado que o movimento de abrir capital também seja feito pela Uber, maior empresa do segmento. O valor de mercado da plataforma de mobilidade é estimado em US$ 75 bilhões... leia mais em automotivebusiness 06/03/2019
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