Por Paula Selmi | Valor SÃO PAULO - A Eternit -- em recuperação judicial -- informou nesta sexta-feira (27) que adquiriu a totalidade da participação societária que a Colcerámica detém na Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC).
O valor não foi informado. As condições de pagamento da operação serão incluídas no plano de recuperação judicial a ser apresentado pela Eternit à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital de São Paulo... Leia mais em valoreconomico 27/04/2018
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Eternit compra participação da Compañia Colombiana de Cerámica na CSC
A Eternit (ETER3) divulgou fato relevante para informar a seus acionistas, e ao mercado, que na última sexta-feira (27) foi formalizada pelo grupo a aquisição da totalidade da participação societária da Compañia Colombiana de Cerámica na Companhia Sulamericana de Cerâmica nos termos do Share Purchase Agreement. A aquisição foi aprovada pelo Conselho de Administração.
As condições de pagamento da operação, estabelecidos no contrato, serão incluídas no Plano de Recuperação Judicial a ser apresentado pelo Grupo Eternit na Recuperação Judicial, em trâmite perante o Juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital de São Paulo.
Em fase recuperação judicial, a Eternit divulgou somente no dia 27 o resultado do quarto trimestre de 2017. No acumulado do último ano, a companhia amargou prejuízo de R$ 276,3 milhões, sete vezes superior aos R$ 37,6 milhões negativos em 2016. Os números foram publicados com um mês de atraso ao limite estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A receita líquida da companhia também foi fraca, na visão da Coinvalores, perdendo 13,4% nos três últimos meses do ano e o Ebitda e lucro líquido no negativo. Por conta disso, e do momento vivido pela Eternit com a proibição do uso do amianto, a corretora não recomenda o posicionamento no ativo, uma vez que os riscos são maiores que o potencial retorno.
Recuperação Judicial
A produtora de material para construção e suas controladas, com dívidas de cerca de 229 milhões de reais, entraram com pedido recuperação judicial em São Paulo, anunciou o grupo em fato relevante divulgado no dia 20 de março.
O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu no fim de novembro a extração, industrialização e comercialização do amianto variedade crisotila, produto largamente utilizado no país na fabricação de telhas e caixas d’água, considerado nocivo à saúde humana.
Com isso, a Eternit suspendeu temporariamente as atividades da Mineradora Associados (Sama), que produz fibras de amianto crisotila, e da fabricante de fibrocimentos em Goiás, retomadas posteriormente até que o acórdão da decisão do SFT seja publicada. Por Investing.com Leia mais em moneytimes 30/04/2018
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