Depois de comprar Cielo Telecom empresa soma 50 mil veículos rastreados no Brasil
A Pointer, empresa israelense que fornece tecnologias de telemetria e gestão de frota, aposta alto no Brasil. A companhia está no País desde 2010, com mais de 30 mil veículos rastreados localmente. O negócio, no entanto, era focado em carros de passeio de frotas corporativas de serviços e de locadoras, por exemplo. A companhia desenhou estratégia para ampliar os negócios rapidamente por meio de aquisições e, em 2016, comprou a Cielo Telecom, empresa voltada a serviços de telemetria para caminhões e ônibus.
“Com o negócio incorporamos centro de desenvolvimento deles em Passo Fundo (RS), além de uma nova plataforma tecnológica e seus clientes”, conta Gustavo Ladeira, CEO da Pointer Brasil. Com a aquisição a empresa passou a ter 50 mil veículos conectados por meio de suas tecnologias e o Brasil responde agora por 13% da operação mundial. Na análise da companhia, é um mercado com alto potencial, com grande necessidade de transporte rodoviário e, portanto, de tecnologias de gestão de frota.
“Não somos uma empresa de monitoramento de veículos. Nosso negócio se relaciona mais com tecnologia da informação, com a necessidade de entender o negócio do cliente e ajuda-lo a ganhar eficiência”, diz. O executivo destaca que o sistema da companhia cruza dados e pode trazer respostas como novos caminhos para aumentar a eficácia do transporte de determinada carga. “Muitas vezes um cliente que tem frota de 2 mil veículos em circulação pode economizar e trabalhar só com 1,5 mil carros. São indicações que a nossa tecnologia é capaz de dar”, exemplifica.
Ladeira prepara a companhia para acompanhar a evolução do setor de transporte e mobilidade nos próximos anos. “Está nos nossos planos fazer novas aquisições para continuar crescendo. Depois que a fusão com a Cielo estiver consolidada devemos pensar em novos negócios”, entrega. “Teremos mudanças muito grandes no futuro, como a chegada do carro autônomo, por exemplo. Não está claro como estas transformações vão nos afetar. O importante é que cresce a demanda por transporte como um serviço, não por meio da posse do carro. É um sinal de que o negócio de gestão de frotas vai continuar relevante no futuro”, projeta. GIOVANNA RIATO, Leia mais em automotivebusiness 01/09/2017
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