04 julho 2017

FUSÕES E AQUISIÇÕES: 64 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM JUNHO/17

 O mercado de fusões & aquisições continua na sua trajetória de crescimento, com base nas  transações registradas no primeiro semestre de 2017, com aumento de 15,4% no volume de negócios e de 8,9% no montante dos investimentos.
  O volume de transações no primeiro semestre/17, no total de 389,  registrou um crescimento de 15,4%. Em relação  ao valor total dos negócios verificou-se um crescimento de 8,9%, com o montante estimado de  R$ 94,9 bilhões.
  No mês de junho/17, foram realizadas 64 transações no mercado brasileiro, crescimento de  8,5% em relação ao mês anterior e aumento de 6,7% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior. O  investimento foi da ordem de R$ 15,1 bilhões, e representa uma queda  29,8% em relação ao mês anterior.
    No gráfico do acumulado dos doze meses sinaliza tímido crescimento, de 0,5% do número de transações, com  837 operações.
    O valor médio das transações no primeiro semestre registrou uma redução de 5,6%.
    Verificou-se que operações de porte entre R$ 50 milhões e R$ 1,0 bilhão registraram um expressivo crescimento  de 51,9%, no primeiro semestre do ano.  O maior crescimento do número de transações foi  do  porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão.
    Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO  foram os mais ativos no mês de junho.
    O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 39 operações (60,9%) - sendo a empresa Dasa a mais ativa, comprando 2 laboratórios e 1 centro de diagnóstico. A de maior montante foi a da Natura comprando a empresa de cosméticos The Body Shop, da  L'Oreal, por um bilhão de euros.
   No acumulado do ano, os estratégicos, com 269 operações responderam por 69,2% dos negócios e 73,0 % dos investimentos.
  Os Financeiros realizaram 25 operações no mês, no montante  R$ 1,75 bilhão. O de maior relevância, foi o  Blackstone Tactical Opportunities investindo na Ascenty, provedora de serviços de data centers e telecomunicações no Brasil.
  No primeiro semestre os investidores financeiros acumulam  120 operações e respondem por 30,8% dos negócios e 27,0%   dos investimentos.
   Os Investidores Nacionais foram responsáveis por 40 operações  no mês e por 69,0% dos investimentos. No acumulado do 1º semestre, os investidores nacionais responderam  por 253 operações - 65,0% - e investimento da ordem de R$ 50,4 bilhões. A operação de maior expressão monetária no primeiro semestre/17,  foi aquisição pelo Itaú Unibanco da XP Investimentos, em maio/17. O negócio alcançou R$ 6,3 bilhões.
  Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 24 operações no montante de R$ 4,7 bilhões. O negócio de maior expressão foi a TIL, do MSC Mediterranean Shipping, adquirindo da  Triunfo Participações  50% do terminal portuário Portonave por R$ 1,3 bilhão. No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 44,6 bilhões em 136 operações. O maior investimento estrangeiro foi a  Ternium adquirindo em fev/17, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA),  da Thyssen, por R$ 4,9 bilhões.
  Por país, os EUA, com 7 operações,  foi o maior investidor no mês de junho. No acumulado do ano, os EUA com 33 operações representaram 24,3% dos investidores estrangeiros e com cerca de 15,5% dos investimentos. O 2º lugar coube a França com 10 negócios. Já o segundo lugar em termos de montantes investidos ficou com a Suíça, representando 9,8% dos investimentos estrangeiros.
    Quanto às Percepções de Mercado, merece destacar: (i) Ritmo de fusões e aquisições diminui, por conta da  instabilidade gerada pelas denúncias de Joesley Batista contra o presidente Michel Temer. (ii)  Brasil pode ter mais de 20 IPOs ainda neste ano, diz presidente da B3 nos próximos seis meses

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de JUNHO de 2017.

ANÁLISE DO MÊS

Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 65,6% do total das operações e 34,6% do valor total dos investimentos.


Crescimento de  8,5% do número de operacões  em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 64 transações em 21 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de  8,5% em relação ao mês anterior ( 59 operações).  Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se um crescimento de 6,7%.

Evolução nos últimos 5 anos  - No acumulado do primeiro semestre de 2017, apuradas 389 operações, registra-se um crescimento  de 15,4% se confrontado com igual período de 2016,  quando foram realizadas 337 operações.

Correção do gráfico, 2º semestre em 27/07/2017

Maiores apetites x maiores quedas.  Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos no primeiro semestre de 2017, além de TI, destacam-se COMPANHIAS ENERGÉTICAS e OUTROS;

No 1º sem/17, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi   COMPANHIAS ENERGÉTICAS, com um aumento de 39 operações, seguido por TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
O crescimento significativo de  COMPANHIAS ENERGÉTICAS, decorre do leilão de concessões para construção de novas linhas de transmissão de energia realizado pelo governo, em abril/17, que atraiu forte interesse de investidores, que arremataram 31 lotes no montante de R$ 12,7 bilhões.

Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no 1º semestre de 2017, em relação ao mesmo período de 2016, foram PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS - redução de 14 operações; MINERAÇÃO e SERVIÇOS PARA EMPRESAS


O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza tímido crescimento - O mês sinaliza aumento de 0,5% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses -  junho de 2017, com  837 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações,  incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos.


Operações de porte entre R$ 50 milhões e R$ 1,0 bilhão registraram um expressivo crescimento  de 51,9%, no primeiro semestre do ano.
Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são a maioria, mas em queda contínua.
O maior crescimento do número de transações foi  do  porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão, com 52,9%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, tiveram uma ligeira queda.


Porte das transações no mês: mais da metade das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 64 transações apuradas no mês,  36  são de porte até R$ 49,9 milhões -  56,3% do total e responderam por 2,7% do seu valor.
No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 210 transações representando 54% do total  e 2,9% do valor.
No topo da pirâmide foram apuradas 4 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 6,3% do número de operações e responderam por  48,7%   do valor das transações.


No primeiro semestre de 2017,  as operações acima de um bilhão de reais, representaram 5,7% das operações - topo da pirâmide (21),  respondem por 53,3% dos montantes envolvidos.

Queda de 29,8% do montante das operações em relação ao mês anterior.  Quanto aos montantes dos negócios realizados em junho de 2017, estima-se o total de R$ 15,1 bilhões, representando uma queda  de  29,8%  em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 81,6%)  e Não Divulgados/Estimados (18,4%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior o crescimento  foi de 34,0%




Crescimento de 8,9% dos investimentos no primeiro semestre. O valor total dos negócios no primeiro semestre de 2017, alcançou R$ 94,9 bilhões, representando um crescimento de 8,9%  em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimento de 66,6% dos investimentos nas transações de  porte de R$ 500 milhões até R$ 1,0 bilhão,  e da queda de 6,6% para os investimentos de pequeno porte, até  a R$ 50 milhões, e redução de 13,3% para as transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão.
Valor médio das transações no primeiro semestre de 2017 registrou queda de 5,6%. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 244,1 milhões, contra R$ 258,7 milhões no mesmo período de 2016, representando uma queda de 5,6%.


Investidores estratégicos predominam no volume de operacões - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 39 operações (60,9%), e responderam por 88,4%  dos montantes investidos. A Dasa foi a mais ativa neste mês pois comprou 2 laboratórios e 1 centro de diagnóstico. A de maior montante foi a da Natura comprando a empresa de cosméticos britânica The Body Shop, da  L'Oreal, por um bilhão de euros.
No acumulado do ano, os estratégicos, com 269 operações responderam por 69,2% dos negócios e 73,0%   dos investimentos.
Os Financeiros realizaram 25 operações no mês de junho, no montante  R$ 1,75 bilhão.  Entre os investmentos de maior relevância, destacam-se o do  Blackstone Tactical Opportunities na Ascenty, provedora de serviços de data centers e telecomunicações no Brasil.  E os fundos de private equity Patria e Blackstone comprando  60% da Med Imagem, grupo de saúde do Piauí com faturamento de R$ 600 milhões.
No primeiro semestre os investidores financeiros acumulam  120 operações e respondem por 30,8% dos negócios e 27,0%   dos investimentos.


Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 40 operações - 62,5%, no mês e por 69,0% dos investimentos. Destaque para o investimento da Natura comprando a britânica The Body Shop, da  L’Oreal.
No acumulado do 1º semestre, os investidores nacionais foram responsáveis por 253 operações - 65,0% - e investimento da ordem de R$ 50,4 bilhões, o equivalente a 53,0%. A operação de maior expressão financeira no primeiro semestre/17,  foi aquisição pelo Itaú Unibanco da XP Investimentos, em maio/17. O negócio alcançou R$ 6,3 bilhões.

Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 24 operações no montante de R$ 4,7 bilhões. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês de junho 24 operações - 37,5%, e foram responsáveis por 31,0% dos investimentos, no montante de R$ 4,7 bilhões. O negócio de maior expressão foi a TIL, do MSC Mediterranean Shipping, adquirindo da  Triunfo Participações  50% do terminal portuário Portonave.
No acumulado do ano, os Estrangeiro investiram cerca de R$ 44,6 bilhões (47,0%) , em 136 operações (35,0%). O maior investimento estrangeiro foi a  Ternium adquirindo em fev/17, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA),  da Thyssen, por R$ 4,9 bilhões.

Por país, os EUA, com 7 operações,  foi o maior investidor no mês de junho, representando 21,1% dos investimentos estrangeiros. No acumulado do ano, os EUA com 33 operações representaram 24,3% dos investidores estrangeiros e com cerca de 15,5% dos investimentos. O 2º lugar coube a França com 10 negócios. Já o segundo lugar em termos de montantes investidos ficou com a Suíça, representando 9,8% dos investimentos estrangeiros.

Maior transação do mês  -  A maior transação em junho/17, foi a da Natura comprando a empresa de cosméticos britânica The Body Shop, da  L'Oreal, por um bilhão de euros. Cabe ressaltar, contudo,  que a transação de maior expressão anunciada pelo Conselho da empresa no mês de junho/17, foi a compra do grupo suíço Syngenta pela ChemChina, por 43 bilhões de dólares - Brasil já responde por 20% do faturamento da múlti. Apesar de se reconhecer a transação como ocorrida somente nesta data, não se computou o valor da operação pela dificuldade de se estimar a parcela brasileira no negócio.

A operação de maior expressão financeira no primeiro semestre/17,  foi aquisição pelo Itaú Unibanco da XP Investimentos, em maio/17. O negócio alcançou R$ 6,3 bilhões.

“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram:
Ritmo de fusões e aquisições diminui - O número de fusões e aquisições no Brasil vinha avançando no Brasil até a primeira quinzena de maio. Mas a instabilidade gerada pelas denúncias de Joesley Batista contra o presidente Michel Teme colocou um freio nessa retomada. Segundo a PwC… 22/06/2017
Brasil pode ter mais de 20 IPOs ainda neste ano, diz presidente da B3. O presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, disse nesta quarta-feira que cerca de 15 a 20 empresas no Brasil estão se preparando para abrir o capital na bolsa ainda em 2017. "Nos contatos com executivos de bancos, sentimos que há chance de mais 15 a 20 IPOs (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) nos próximos seis meses, além daquelas que pediram..21/06/2017

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.

DESTAQUES DA:
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

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