22 junho 2017

Universo digital está na pauta estratégica do setor de saúde

O compasso pode ser diferente entre os sistemas públicos e privados, mas a preocupação com o universo digital é hoje uma das principais pautas na área de saúde. E mais cedo ou mais tarde deverá contagiar todo o ecossistema. De prontuários eletrônicos a laboratórios de inovação, de apps a robôs, de big data à inteligência artificial, de parcerias com startups à biotecnologia. De várias formas, os investimentos estão sendo feitos e têm elevado o status da inovação.

“A maior parte dos hospitais privados está se transformando digitalmente. Esse movimento ainda não é acompanhado pela área pública, mas já vemos alguns sinais de mudanças nesse segmento”, diz Alexandre Dias, gerente de TI do Hospital Santa Paula. O próximo passo, afirma, é garantir a interoperabilidade entre todos os sistemas adotados para que conversem entre si, como acontece com o sistema bancário.

O Santa Paula trabalha de forma digital em toda a cadeia de atendimento ao cliente. “Estamos investindo na gestão dos dados na beira do leito para que as informações que hoje ficam concentradas nos postos de enfermagem fiquem disponíveis em tempo real”, diz o executivo. A instituição se prepara para em 2018 conquistar o nível sete do EMRAM, certificação da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS).

No seu processo de digitalização, o Hospital Albert Einstein decidiu focar em quatro aplicações principais: o meu Einstein, aplicativo para smartphones do paciente; o Einstein Médicos, também nos dispositivos móveis do corpo clínico; o portal para acesso de resultados; e uma intranet. Segundo Ricardo Santoro, CIO da instituição, aos poucos a área de TI foi criando sinergia entre esses aplicativos e com apoio de big data também ampliando as formas de comunicação e de emissão de alertas para os profissionais. Se o resultado de um exame constata um dado crítico, um SMS é enviado para o médico. Da mesma forma, se o profissional pedir exames já realizados anteriormente pelo paciente, o médico recebe um alerta.

Em sua próxima fase, o Einstein quer receber do paciente as informações relativas à sua saúde que ele coleta externamente via seus dispositivos móveis, como smartwatch, e que estão armazenada em seu smartphone.

O Hospital Sírio Libanês também vem intensificando suas atividades no universo digital. Entre essas iniciativas está a criação do laboratório de inteligência artificial em parceria com a empresa mineira Kunumi. E ainda o laboratório de inovação cujo modelo de atuação ainda está sendo analisado. “Queremos um ambiente propício para a inovação aberta, com espaço para startups e foco no desenvolvimento de soluções que aprimorem a nossa atuação”, diz Vladimir Ribeiro Pizzo, gerente de informática clínica.

O hospital também tem em suas instalações um super robô, ou um braço mecânico, que manipula a medicação em sua farmácia central. Entre as aplicações dispensa os remédios para pacientes específicos em doses unitárias, garantindo os níveis de segurança exigidos nesse processo e o fluxo dos medicamentos.

Para o laboratório Fleury Medicina e Saúde, a decisão estratégica é de se tornar uma empresa digital. De acordo com Galeno Yung, diretor executivo de estratégia, inovação e BI, isso envolve duas formas de atuação, tornar todos os processos dentro de casa mais ágeis e eficientes e para fora estabelecer diversas dinâmicas para o atendimento ao cliente. Os exames são todos digitalizados, mesmo os recebidos de terceiros na forma manual.  Por Wanise Ferreira | De São Paulo Leia mais em midialinkblog 22/06/2017


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