03 novembro 2016

Viacom acerta compra de Telefe por US$ 400 mi, dizem fontes

A Viacom, proprietária de emissoras de TV a cabo como MTV e Comedy Central, apresentou a oferta vencedora para a aquisição da emissora argentina Televisión Federal da operadora de telefonia Telefónica, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A gigante da mídia superou as propostas da Time Warner e da Cisneros Group, que controla a emissora venezuelana Venevisión, disseram as pessoas. O negócio, avaliado em cerca de US$ 400 milhões, pode ser anunciado ainda nesta semana, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada por discutir informação privada. A transação ainda exige aprovação regulatória, disse a pessoa.

O negócio reforçaria a unidade internacional da Viacom, uma fonte de crescimento em meio à queda das assinaturas e dos índices de audiência nos EUA. A Telefe, como é conhecida a emissora que está sendo adquirida, é o canal de maior audiência da Argentina e produz novelas populares em toda a América Latina.

A unidade internacional da Viacom está ganhando destaque com a promoção do chefe da divisão, Bob Bakish, ao cargo de CEO em 15 de novembro, e a compra da Telefe seria uma primeira vitória de seu mandato.

Mas o acordo chega em um momento delicado para a Viacom, cujo conselho de administração está analisando uma fusão com a CBS. Os acionistas controladores da Viacom e da CBS, Sumner e Shari Redstone, orientaram as companhias a avaliarem uma combinação para criar um conjunto mais forte de ativos de mídia.

A Telefónica, empresa de telefonia mais endividada da Europa, tem procurado vender ativos para captar recursos e reduzir empréstimos. A operadora cancelou a oferta pública inicial de sua unidade de torres e cabos submarinos e não conseguiu vender a 02 no Reino Unido porque a União Europeia bloqueou o negócio devido a preocupações relacionadas à concorrência. A companhia informou no mês passado que vai reduzir seus dividendos e adiou uma possível oferta de ações da 02 para o ano que vem.

A Telefe é a única emissora de TV aberta da Telefónica e foi o que restou de seu investimento no setor de mídia no fim da década de 1990.

Se fechado, o negócio seria uma vitória para o presidente argentino, Mauricio Macri, que vem trabalhando para encorajar o investimento estrangeiro no país e prometeu abrir a concorrência nos setores de telecomunicações e mídia.Bloomberg Patricia Laya e Pablo Gonzalez Leia mais em uol  03/11/2016

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