30 junho 2016

L’Oréal compra marca de perfumes Atelier Cologne

A Atelier integrará o portfólio de luxo da L’Oréal, que inclui marcas como Armani Privé e Le Vestiaire des parfums by Yves Saint Laurent... Leia mais em Valor econômico 30/06/2016

Vale vende três supernavios para banco chinês por US$ 269 milhões

A Vale e um consórcio liderado pelo ICBC International, uma subsidiária integralmente controlada pelo Industrial and Commercial Bank of China, concluíram hoje a transação de compra e venda de três navios VLOCs com capacidade de 400 mil toneladas, atualmente operados pela Vale.

A transação totalizou aproximadamente US$ 269 milhões e o valor será recebido pela Vale mediante a entrega dos navios, que está prevista para acontecer em agosto de 2016.

A Vale também está negociando a venda de outros navios, o que é consistente com a sua estratégia de fortalecer o balanço e focar nos ativos ligados à sua principal atividade.  Leia mais arenadopavini 30/06/2016

Em fase de aquisições, Extrafarma muda marca

A Extrafarma, braço de varejo de farmácias do grupo Ultra, mudou a logomarca da companhia, num movimento que também envolve a reforma de lojas nos últimos meses.

A alteração na marca começou a ser implementadas hoje nas lojas de Belém (PA), e a ... Por Adriana Mattos | Leia mais em Valor Econômico 30/06/2016

Odebrecht TransPort reforça caixa com R$ 625 milhões para investimentos

A Odebrecht TransPort, empresa de mobilidade urbana, rodovias, aeroportos e logística da Organização Odebrecht, anunciou nesta quinta-feira uma série operações que vão reforçar seu caixa em R$ 625 milhões "para dar continuidade a investimentos que contribuem para a melhoria da infraestrutura, a retomada do crescimento econômico do país e a criação de empregos", de acordo com o presidente da companhia, Paulo Cesena.

Uma das transações da Odebrecht TransPort, que está em fase de aprovação por seu Conselho de Administração, será a emissão, por parte de sua subsidiária integral Odebrecht Rodovias, de debêntures privadas com prazo de 5 anos no valor de R$ 350 milhões.

Além disso, a Odebrecht Rodovias assinou com a CCR um contrato de compra e venda pelo qual transferirá integralmente sua participação acionária na concessionária ViaRio, no Rio de Janeiro.

A ViaRio, que será inaugurada em breve, é uma via expressa que ligará a Barra da Tijuca a Deodoro e conecta as maiores instalações dos Jogos Olímpicos, como a Vila dos Atletas, o Parque Olímpico e o Parque Radical. Nela, a Odebrecht Rodovias divide a sociedade de forma igual com a CCR e a Invepar, cada uma com 33,33%.

Além disso, a Montgomery, outra subsidiária da Odebrecht TransPort, também recebeu da CCR proposta firme para a compra dos seus 15% de participação na ViaQuatro. Trata-se da concessionária da Linha 4 Amarela de metrô em São Paulo, que liga o Centro à Zona Oeste. Atualmente, a CCR detém 60% da ViaQuatro; a Odebrecht TransPort, via Montgomery, 15%; a RuasInvest, também 15%; e a Mitsui, 10%.

Como no caso da ViaRio, a efetivação da transação da ViaQuatro depende de autorizações legais. Ambas as operações representam para a Odebrecht TransPort e suas subsidiárias a entrada em caixa de R$ 275 milhões.

A Odebrecht TransPort informou em comunicado que "as operações agora realizadas decorrem da análise, que deve ser contínua e permanente, da situação do país e dos mercados, considerando, entre outros pontos, a necessidade de desmobilização total ou parcial de participação acionária em ativos que não sejam considerados estratégicos".

"A crise econômica e a forte retração do crédito disponível para financiar projetos nos obrigaram a reavaliar as nossas opções estratégicas, particularmente associadas à alocação de capital e diversidade de negócios", disse o diretor financeiro da Odebrecht TransPort, Marcelo Felberg.

"O nosso foco será nos projetos em carteira nos quais temos controle acionário ou participação significativa e que também ofereçam oportunidades de crescimento, escala e perfil de risco ajustado ao retorno adequado", acrescentou.

Para Paulo Cesena, "medidas do governo federal estão sinalizando a possibilidade de recuperação de um ambiente propício ao investimento".

"Estou confiante em que a equipe econômica criará mecanismos eficientes de financiamento que sirvam tanto aos projetos das fases anteriores do Programa de Investimentos em Logística como às futuras concessões, pois esta é a maneira mais rápida de atrair investidores, criar empregos e colocar em funcionamento o relógio do crescimento econômico", argumentou Cesena.  EFE Leia mais em bol.uol 30/06/2016

Deutsche Börse fecha venda da ISE a Nasdaq por US$ 1,1 bi

Nasdaq: o novo presidente da DB quer que a companhia seja a número 1 ou 2 em todas as áreas de negócio que administra

A operadora Deustche Börse (DB), responsável pelo gerenciamento da Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha, informou nesta quinta-feira que fechou a venda da Bolsa de opções americana International Securities Exchange (ISE) a Nasdaq por US$ 1,1 bilhão.

A Bolsa de empresas tecnológicas Nasdaq está adquirindo a ISE, que administra três Bolsas eletrônicas de opções nos Estados Unidos, assim como sua matriz U.S. Exchange Holdings.

A DB disse também que nos últimos meses foram concedidas todas as permissões regulatórias necessárias para a venda, das quais as duas partes chegaram a um acordo no início de março.

Assim, a Nasdaq fortalece seu negócio de opções sobre ações e terá acesso à excelente tecnologia da ISE, enquanto a DB consegue uma importante injeção de liquidez com a venda.

Nos Estados Unidos existem 14 plataformas de negociação com opções, das quais a ISE e a Nasdaq têm três respectivamente.

O acordo, no entanto, não contempla as participações na Bats Global Markets e na Digital Asset Holding, que seguirão sendo da Deutsche Börse.

O novo presidente da DB, Carsten Kengeter, quer que a companhia seja a número 1 ou 2 em todas as áreas de negócio que administra e por isso prefere avaliar outras opções onde não se pode conseguir esse objetivo.

A DB adquiriu a ISE, cuja sede está em Nova York, em 2007, antes da explosão da crise financeira internacional, e fez parte do mercado de derivados Eurex. EFE Leia mais em exame 30/06/2016

Francesa Sanofi e alemã Boehringer anunciam troca de ativos

A empresa francesa Sanofi e a alemã Boehringer assinaram nesta segunda-feira, 27, contrato para a troca de ativos entre elas. A empresa francesa passará a divisão de saúde animal (Merial) para a alemã, recebendo em troca sua unidade de produtos de saúde humana (CHC). A troca foi confirmada pelas empresas em um comunicado divulgado nesta segunda.

A assinatura do acordo marca um importante passo para a conclusão da transação, esperada para o final de 2016. A operação é considerada estratégica e permitirá às companhias aumentar a presença e escala nos diferentes segmentos do setor farmacêutico.

A Merial é avaliada em 11,4 bilhões de euros, enquanto a CHC vale 6,7 bilhões de euros. A operação contará com um aporte de 4,7 bilhões de euros que serão pagos à Sanofi, para compensar a diferença de valores.

A combinação da Merial com a Boehring promoverá uma complementaridade dos portfólios e tecnologias no ramo de antiparasitas, vacinas e outros segmentos farmacêuticos no segmento animal.

A expectativa é que a divisão animal da Boehringer duplique a receita registrada em 2015, quando as vendas somaram 3,8 bilhões de euros.(Isto É Dinheiro) Leia mais em ovosite 29/06/2016

Brookfield está perto de comprar Odebrecht Ambiental

Odebrecht Ambiental: fatia de 70% que pertence à Odebrecht será vendida; outros 30% continuam com o FI-FGTS

A gestora canadense Brookfield está perto de fechar a compra do controle da Odebrecht Ambiental, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Fontes próximas às negociações afirmaram que as conversas avançaram bastante nos últimos dias e que o processo está passando pelos últimos ajustes.

O negócio envolve apenas a parte da Odebrecht na subsidiária, de 70%. O restante deve continuar com o FI-FGTS, sócio na companhia de concessões públicas de água e esgoto, tratamento de reúso de água e resíduos.

No total, a Odebrecht Ambiental tem 26 ativos espalhados por Brasil, México e Angola. Em 2014, último dado disponível, a empresa faturou quase R$ 2 bilhões. Procuradas, as duas empresas não quiseram comentar o assunto.

Nesta semana, a Odebrecht anunciou a venda de 57% da concessão rodoviária Rutas de Lima para a própria Brookfield.

Ao contrário do que ocorria há alguns anos, em que o apetite do conglomerado baiano era no sentido de ampliar os negócios, hoje as vendas de ativos são prioritárias para reduzir o pesado endividamento do grupo, de cerca de R$ 90 bilhões.

A empresa de saneamento é apenas um vários dos ativos colocados à venda pela Odebrecht, grupo envolvido na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras.

Desde que o presidente do conglomerado, Marcelo Odebrecht, foi preso há um ano, a situação financeira da empresa se deteriorou. Com vários compromissos firmados, dívida elevada e sem acesso a crédito, a alternativa para dar fôlego ao caixa da companhia tem sido a venda de ativos.

Outros ativos da companhia, como empresas de mobilidade, como Linha 4 - Amarela, do Metrô de São Paulo, estão em negociações. A empresa poderá reduzir participações em empreendimentos de logística, como o terminal de contêineres Embraport, na Baixada Santista, e o Aeroporto do Galeão, no Rio, além de empreendimentos imobiliários, que reúnem cerca de R$ 1,5 bilhão em ativos.

Energia

Outro importante negócio à venda é a Santo Antônio Energia, concessionária que administra a Hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira.

Há cerca de dez dias, executivos da empresa viajaram para a China para negociar com grupos locais a participação de 28% da Odebrecht na usina, afirmam fontes próximas à companhia.

"Não basta vender alguns ativos, mas tirar do seu balanço as empresas que estão altamente endividadas", disse outra fonte.

É o caso da Odebrecht Agroindustrial, que deve concluir nos próximos dias a renegociação - entre R$ 6 bilhões e R$ 10 bilhões - de parte de sua dívida.

A solução envolve bancos nacionais - público e privado - e estrangeiros, afirmou uma fonte. Esse é um ativo considerado mais complicado para ser vendido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Renée Pereira, do Estadão Leia mais em exame 30/06/2016

Mercado de fusões e aquisições deve aumentar 33%, aponta estudo da Grant Thornton

Esta é a expectativa do empresariado global para os próximos três anos, mostra estudo da Grant Thornton.

Em 2015, o setor de fusões e aquisições gerou US$3.8 trilhões globalmente. E a expectativa do empresariado global é que essa performance aumente em até 33% nos próximos três anos. Os números são da pesquisa global International Business Report (IBR)– A seller´s market is set to continue after a big year for M&A, realizada pela consultoria e auditoria Grant Thornton. A amostra envolve líderes empresariais de 36 países que abriram suas expectativas para o setor dentro de um futuro próximo. Embora o cenário global seja animador, cada região apresenta características próprias e há nuances menos otimistas, de acordo com a situação da macroeconomia de cada nação.

Na América Latina, os números são os menos promissores: queda de 16%, o que era de se esperar devido à desvalorização da moeda, o baixo crédito e a falta de financiamento, como detalha o estudo. Por outro lado, a América do Norte aparenta entusiasmo, e mais de 48% dos empresários locais, participantes da pesquisa pretendem alimentar o crescimento das empresas por meio de compras. O índice também é satisfatório nas nações da União Europeia (36%). Os números correspondem à força da recuperação econômica de países desenvolvidos.

Abordagem estratégica —A principal razão para futuras aquisições é a conquista de novos mercados geográficos (60,3%), o que explica o aumento no número de negociações transfronteiras. Além disso, o estudo aponta outros motivos para as transações: criar escala (53,8%), adotar estratégia defensiva (18,6%), adquirir novas tecnologias ou marcas já consolidadas (36,1%), acessar operações de baixo custo (29,7%) e obter novos talentos e habilidades (43,4%).

O mercado brasileiro de M&A —Apesar do aumento de fontes de financiamento mais baratas e da crescente propensão a aquisições, em algumas regiões, a confiança para vender caiu ip 5%, globalmente. É o caso do Brasil, onde as atividades em 2015 se mostraram mais tímidas do que as relatadas em 2014, mas com boas perspectivas para o futuro.

“O Brasil passa por um momento de transição, com a possibilidade da melhora da previsibilidade do cenário político, uma agenda econômica menos intervencionista e uma sinalização real em busca do ajuste fiscal. O mercado de fusões e aquisições voltará a aquecer em 2017, e deverá ser puxado principalmente pelo interesse de aquisições de investidores estrangeiros em empresas brasileiras que pode levar a um novo ciclo de M&A’s”, pontua Paulo Funchal, líder da área de Transações da Grant Thornton Brasil.

Outros países que também mostram uma baixa expectativa para o futuro próximo são Índia (7%) e China (12%).

“Empresas devem considerar a aquisição como rota de acesso a novos mercados, absorção de novos talentos e habilidades e ganho de escala para crescer. Mas tais oportunidades precisam estar alinhadas aos objetivos estratégicos de médio e longo prazo, e não devem ter como objetivo um rápido retorno financeiro no curto prazo. Em uma operação de M&A internacional, é crucial a identificação de convergência cultural mínima para que o M&A tenha maior probabilidade de sucesso”, afirma Funchal.

IBR —O International Business Report da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 22 anos que tem como objetivo fornecer informações sobre as opiniões e expectativas de mais de 10 mil empresas de 36 economias. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Grant Thornton Brasil — A Grant Thornton é quinta maior empresa do ramo de auditoria, consultoria e outsourcing no Brasil. Firma-membro da Grant Thornton International no País, a empresa conta com uma equipe de especialistas, que possui muita experiência no mercado. A Grant Thornton Brasil trabalha com as mais modernas metodologias, utilizando ferramentas desenvolvidas pela organização globalmente. Leia mais em revistafatorbrasil 30/06/2016

Estúdios Lions Gate compram grupo Starz por US$ 4,4 bilhões

Os estúdios cinematográficos Lions Gate, produtores da saga "Jogos Vorazes", anunciaram nesta quinta-feira a compra da operadora americana de canais de tv a cabo Starz por 4,4 bilhões de dólares.

Esta transação, realizada tanto em efetivo como em ações, dará nascimento ao novo gigante mundial do cinema e tv, segundo a Lions Gate em seu comunicado. (Redação com AFP - Agência IN) Leia mais em investimentosenoticias 30/06/2016

Vanstar vai comprar projeto de ouro em Goiás

A mineradora canadense Vanstar Resources disse hoje (29) que assinou uma carta de intenções com a Merrygold Investments para adquirir 100% do projeto de ouro Cristalina em Goiás. Leia mais em noticiademineracao 30/06/2016
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VANSTAR VAI COMPRAR PROJETO DE OURO EM GOIÁS

A mineradora canadense Vanstar Resources disse hoje (29) que assinou uma carta de intenções com a Merrygold Investments para adquirir 100% do projeto de ouro Cristalina em Goiás.

O projeto Cristalina tem vários prospectos incluindo Águas Claras, Metago e Susy em uma área de 24.000 hectares. O principal prospecto, Águas Claras, contém zonas anômalas de ouro definida por estudos geoquímicos de solo e rochas ao longo de uma área de três quilômetros de comprimento por 500 metros de largura.

“Várias amostras de rochas foram coletadas nessas áreas revelando teores de ouro superiores a 18 g/t Au. Essas ocorrências estão hospedadas em saprólitos de ouro de baixo teor em um ambiente contendo camadas de quartzo com alto teor de ouro”, diz o comunicado enviado hoje ao mercado, uma vez que a Vanstar tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Toronto.

O objetivo primário do projeto é estabelecer a razão quartzo/saprólito para definir o teor por tonelada de minério. Será necessário abrir uma série de trincheiras com comprimento de 500 metros ao longo da zona de ouro para inferir essa razão. A companhia disse também que vai conduzir testes de amostragem.

Cristalina está localizado perto de estradas federais e em um Estado favorável ao desenvolvimento da mineração, diz a empresa em nota. O município de Cristalina (GO) tem quase 240 direitos minerários ativos, sendo que 58 deles são para a pesquisa ou lavra de ouro.

O projeto Cristalina tem similaridades geológicas com a mina de Paracatu, a maior mina de ouro do Brasil, que pertence à Kinross e está em operação desde 1987. Esse depósito de ouro, diz a Vanstar, contém cerca de 690 milhões de toneladas de minério com baixo teor e já produziu mais de 475.000 onças de ouro em 2015. “O projeto Cristalina está localizado no mesmo corredor geológico que a mina de Paracatu”, diz a mineradora canadense.

A Vanstar assinou uma carta de intenções não vinculativa para comprar 100% do empreendimento. Segundo a mineradora, serão pagas as despesas incorridas pela Merrygold no projeto até o momento, 45.000 dólares canadenses. Essa empresa pertence ao geólogo Charles Beaudry, que tem longa experiência em projetos de exploração no Brasil, onde morou por cinco anos.

Também serão emitidos em favor do vendedor 250.000 opções de compra a um preço a ser determinado na data de fechamento do negócio. O vendedor vai ter direito a 2% em royalties do tipo net smelter return (NSR), incorrido sobre a produção, dos quais 1% podem ser comprados de volta, a critério da Vanstar, por 500.000 dólares canadenses.

Pelo acordo, a Vanstar vai ficar com a totalidade das ações da subsidiária canadense que, por sua vez, detém 90% da empresa brasileira que detém os direitos minerários do projeto Cristalina. A gestão do empreendimento ficará a cargo de Beaudry, como presidente e CEO da subsidiária canadense e da empresa brasileira. A Vanstar tem até 30 de setembro para concluir uma auditoria técnica (due dilligence, em inglês).

O principal projeto da Vanstar é o Nelligan, de ouro, no Canadá. Leia mais em ibram 29/06/2016

Editora Leya Educação é vendida para Grupo Escala

A editora portuguesa LeYa, que atua no Brasil há alguns anos, vendeu seu segmento de ensino, a LeYa Educação para o Grupo Escala.

O acordo foi fechado na noite de quarta-feira (29).

A Leya vinha tentando vender sua operação no Brasil há alguns meses. Chegou a procurar algumas editoras brasileiras como a Folha antecipou à época, mas o negócio não foi pra frente.

A LeYa continua atuando no brasil com segmento de obras gerais e com a UniLeYa, segmento de ensino universitário à distância. Folha de SP Leia mais em jornaisenoticias 30/06/2016

CCR anuncia compra de participação da Odebrecht em concessionária ViaRio por R$107,7 mi

O grupo de concessões de infraestrutura CCR anunciou nesta quinta-feira acordo para comprar a totalidade da participação do grupo Odebrecht na concessionária ViaRio por 107,7 milhões de reais.

A ViaRio é a concessionária responsável pela implantação, operação e manutenção da Ligação Transolímpica, via expressa de 13 quilômetros que liga os bairros cariocas de Deodoro à Barra da Tijuca. A Odebrecht tem 33,33 por cento da concessionária, a CCR outros 33,33 por cento e a Invepar o restante. (Por Alberto Alerigi Jr.) Reuters Leia mais em yahoo 30/06/2016

CCR faz proposta de R$ 170,2 mi por fatia na linha 4 do Metrô de SP

A CCR (CCRO3) fez proposta no valor de R$ 170,2 milhões para aquisição de fatia da linha 4 do metrô de São Paulo. A oferta é por 50% dos 30% detidos pela Montgomery.

"O grupo CCR está sempre atento às oportunidades em infraestrutura, dentro da sua estratégia de crescimento qualificado e disciplina de capital, orientada pelas normas vigentes e as boas práticas de governança corporativa, informando aos seus acionistas e ao mercado em geral o desenrolar dos fatos que vinculem a Companhia a compromissos de investimento, com o viabilizar soluções de novos investimentos e serviços em infraestrutura", afirmou a companhia. InfoMoney   Leia mais em Yahoo 30/06/2016


IPO de chinês Postal Savings Bank pode ser o maior do mundo desde Alibaba

O banco estatal chinês Postal Savings Bank of China (PSBC), maior banco da China em número de agências, fez registro para uma oferta pública inicial de ações buscando levantar até US$ 10 bilhões, publicou o IFR, serviço da Thomson Reuters, nesta quinta-feira (30).

O registro do IPO inicia o que poderá ser a maior oferta inicial de ações no mundo desde a listagem de US$ 25 bilhões em setembro de 2014 do grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba.

A oferta do banco chinês poderá avaliar a instituição em cerca de US$ 50 bilhões.

O IPO poderá ocorrer já em setembro, informou o IFR, citando fontes próximas da operação. A oferta tem como objetivo levantar entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões. Um representante do PSBC não comentou o assunto de imediato. (Por Fiona Lau e Ken Wang) Reuters Leia mais em bol.uol 30/06/2016

Novos players mudam a cara do segmento

O anúncio da aquisição da operação brasileira do HSBC pelo Bradesco em agosto de 2015, em uma negociação estimada em US$ 5,2 bilhões, é mais um indício de um movimento que ganhou fôlego especialmente nos últimos 15 anos no Brasil: a consolidação do mercado de private banking. Longe de ser uma movimentação isolada, a concentração dos recursos dos milionários nas mãos de poucos players é encarada por especialistas como uma consequência natural da própria concentração da indústria bancária no país.

A exemplo do avanço recente do Bradesco, eventos de fusão e aquisição envolvendo grandes instituições bancárias, bancos médios e gestores independentes que atuam com clientes milionários se avolumam. Em 2016, completam-se dez anos da aquisição da corretora e administradora de ativos Hedging-Griffo pelo Credit Suisse, em um negócio estimado em US$ 364 milhões à época. Quatro anos antes, o Itaú havia anunciado a compra do banco BBA por R$ 3,3 bilhões.

"A consolidação do private banking reflete a consolidação do próprio setor bancário ao longo dos anos. O private é um segmento relevante dentro das instituições e há uma tendência de consolidação no futuro, com a possibilidade de movimentos de aquisição ou fusão, com uma placa grande comprando uma pequena, ou placas menores se juntando para enfrentar as maiores", diz o sócio da área de consultoria da Deloitte, Sergio Biagini.

Apesar dos episódios de fusão e aquisição sugerirem que o grosso dos recursos será cada vez mais dominado por grandes - e poucos - grupos, há quem afirme que o segmento private também passa por um momento de renovação, com novos players cavando espaço para competir com os grandes bancos. "Minha visão é que o mercado não está necessariamente se concentrando, mas se transformando", diz o sócio da KPMG, Marco André Almeida.

Para Almeida, os serviços de private banking, que no passado eram prestados basicamente por bancos no Brasil, cada vez mais atraem novos entrantes na disputa, de gestoras independentes aos family offices.

"Globalmente, uma tendência que surge e que deve chegar com força ao Brasil são as fintechs, que começam a oferecer serviços típicos de wealth management com uma construção mais personalizada de carteiras, combinando alto nível de tecnologia com instrumentos dos mais variados, como os Exchange Traded Funds (ETFs)", diz.

As fintechs (startups que unem tecnologia com serviços financeiros) começam a mirar os milionários, o que pode acarretar em uma tendência de disrupção no mercado de private banking. No exterior, já existem fintechs de aconselhamento financeiro para uma clientela ávida por informações sobre como melhor alocar seus recursos. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 30/06/2016

Aqua Capital compra 60% da rede de insumos Rural Brasil

Aqua Capital, fundo de private equity com foco nos setores de agronegócios e alimentos do país e de outros mercados sul-americanos, acaba de adquirir o controle da Rural Brasil, rede de comercialização de insumos como fertilizantes e defensivos com 12 lojas.. Leia mais em valor econômico 30/06/2016

29 junho 2016

Crise da Oi não estimula consolidação, diz América Móvil

O presidente-executivo da América Móvil no Brasil, José Félix, disse que o processo de recuperação judicial da rival Oi não estimula a consolidação no setor de telecomunicações no país, diante da insegurança jurídica e da elevada carga tributária que atingem a indústria.

Para a companhia mexicana, que opera no país com as marcas Claro, Net e Embratel, além da insegurança jurídica e da alta carga tributária, a elevada necessidade de investimento tornam o setor pouco atrativo para novos investidores, disse Félix, mencionando que vários Estados do país elevaram o ICMS sobre o setor este ano.

"Num cenário em que apenas seis por cento que esse negócio gera vai para o acionista (...) é baixa a atratividade para novos entrantes. Quem tem dinheiro para investir não vai querer rasgar dinheiro", disse ele, contando que só a América Móvil investiu 30 bilhões de reais nos últimos três anos no país.

Perguntado sobre interesse em ativos da Oi, ele respondeu: "Não estamos pensando nisso agora (...) Fomos todos tomados de surpresa com este desfecho (pedido de recuperação judicial) radical e intempestivo".

A Oi encaminhou à Justiça do Rio de Janeiro na semana passada pedido de proteção contra credores, sob peso de passivos de 65 bilhões de reais, que incluem dívidas de 1,5 bilhão com fornecedores.

Presente no evento de TV por assinatura, a Oi voltou a afirmar que todos os investimentos orçados pela empresa para este ano antes do pedido da recuperação judicial estão mantidos e que as operações da empresa seguem normais.

"Não houve nenhum centavo de corte no orçamento e as metas de resultado continuam as mesmas", afirmou o diretor de varejo da Oi, Bernardo Winik, a jornalistas.

O executivo comentou que a empresa não tem registrado queda na demanda de clientes após o pedido de proteção judicial e que os fornecedores de "conteúdo e de equipamento estão apoiando a companhia completamente".

As ações da Oi encerraram nesta quarta-feira em alta de 0,5 por cento, cotadas a 1,97 real. Desde o pedido de recuperação judicial feito na segunda-feira passada, a ação da companhia teve valorização de cerca de 56 por cento.

Segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, e o secretário de telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, André Borges, presentes no evento, o governo não está vendo necessidade em intervenção na Oi no curto prazo diante da continuidade dos serviços prestados pela operadora. Leia mais em exame 29/06/2016

Financiamento para Airbnb a avaliaria em US$30 bi, diz fonte

A empresa de compartilhamento de imóveis Airbnb está negociando uma nova rodada de financiamento que avaliaria a startup em 30 bilhões de dólares, disse uma fonte próxima à companhia.

O Airbnb pretende usar o financiamento para sustentar novos investimentos e oportunidades de crescimento, disse a fonte.Anya George Tharakan, da REUTERS Leia mais em exame 28/06/2016

Anima Educação compra mineira Alis por R$ 46 milhões

Grupo agrega mais 4,3 mil alunos à sua base e espera taxa de retorno de 20%

A Anima Educação também está se mexendo em meio à consolidação do setor. A empresa anunciou um acordo para comprar a mineira Alis Educacional por R$ 46 milhões. O valor ainda pode ser acrescido de R$ 8 milhões, caso alguns resultados sejam alcançados.

Com o negócio, a Anima agrega mais 4,3 mil alunos presenciais à sua base. As duas faculdades administradas pela Alis (Fapac e Faceb) geraram uma receita líquida de R$ 37,2 milhões e um ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de R$ 6,9 milhões no ano passado. O tíquete médio por aluno é de R$ 763. Apenas 2,7% dependem do Fies e outros 9,9% recorrem a financiamento privado.

Para fechar o negócio, a Anima se dispôs a pagar R$ 20 milhões de entrada, na assinatura do acordo. Os outros R$ 26 milhões serão pagos em 10 parcelas anuais, corrigidas por uma cesta de índices de inflação. A taxa interna de retorno projetada é de 20%. Devido ao porte da transação, a Anima afirma que não será necessária a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Por:
Márcio Juliboni  Leia mais em financista 28/06/2016

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Anima anuncia a compra da Alis Educacional

A Anima Educação anunciou ontem a aquisição da Alis Educacional, empresa controladora de duas faculdades no interior de Minas Gerais, por R$ 46 milhões.

Segundo a Anima, a Alis irá reforçar a base de ensino à distância (EAD) da companhia, agregando 18 polos e 4,3 mil alunos.

O valor prevê uma parcela única de R$ 20 milhões, que poderá ser ajustada conforme apuração de dívida ou caixa líquido, na data do fechamento da operação, e outros R$ 26 milhões, em dez parcelas anuais.  O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 29/06/2016
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A Anima publica em seu site apresentação referente a aquisição da Alis 28/06/2016 Apresentação - Conclusão de Transação com a Alis Educacional. Abaixo alguns slides do referido documento.




















Ser Educacional eleva para R$1 bi oferta de dividendo em fusão proposta com Estácio

A Ser Educacional apresentou nesta quarta-feira proposta melhorada para fusão com Estácio Participações, em que prevê um pagamento de 1 bilhão de reais, ou 3,25 reais por ação, em dividendos extraordinários, ante proposta anterior de distribuição de 590 milhões de reais.
(Por Juliana Schincariol) Reuters Leia mais em Yahoo 29/06/2016

Investimentos e varejo se unem no socorro às empresas

Cada vez mais próximos ao banco de investimentos. Essa tem sido a política dos grandes bancos. Alinhar e complementar as operações do corporate com as de mercado de capitais e fusões e aquisições para atender às necessidades de levantamento de recursos das grandes empresas. Trata-se de uma tendência global.

"No estreitamento de relacionamento do banco com as grandes corporações, os serviços têm que ser múltiplos e complementares. E o mercado de capitais tem que estar no cardápio de ofertas", afirma Paschoal Baptista, diretor da área de consultoria da Deloitte. No Brasil, no entanto, com o ambiente econômico e político mais hostil, tanto o financiamento ao crédito quanto o mercado de capitais têm andado de lado.

"O mercado de capitais funciona para resolver financiamento de longo prazo das companhias. O problema é que é pouco desenvolvido no Brasil", considera Alberto Fernandes, vice-presidente de corporate e investment banking do Itaú BBA, que possui 60 transações de fusões e aquisições e 15 de follow on em carteira aguardando uma janela de oportunidade para saírem do papel.

Após um início de ano bastante fraco, algumas pequenas emissões de dívida, ofertas subsequentes e de fusões e aquisições - aproveitando o preço médio dos ativos à venda -, começam a dar certo fôlego ao mercado. Mas ainda é inexpressivo comparado aos áureos tempos de 2006, 2007 e 2010.

Claramente, todas essas operações têm sido duramente afetadas não só pela economia fraca, mas também pela volatilidade que a crise política provoca, o que mexe com o humor e apetite do investidor.

"Em função da necessidade de se atingir objetivos, temos visto algumas vendas de ativos para ganho de liquidez e foco no core-business", indica Eduardo Miras, corresponsável pelo banco de investimentos do Morgan Stanley no Brasil.

O executivo acredita que, havendo maior estabilidade, o segundo semestre deve ser mais ativo nas transações de fusões e aquisições, o que ajudará na capitalização das empresas endividadas. "Até porque os preços dos ativos hoje estão mais realistas. Nem muito altos. Nem muito baixos", avalia Miras, que enxerga ainda tendência de consolidação onde a sinergia entre as operações é latente, como na área da educação, e um ciclo de desinvestimento de fundos em negócios que estão maturados.

Outra demanda que tem chances de se avolumar no segundo semestre são as operações de renda fixa. "Participamos de 100% das emissões em renda fixa no primeiro semestre e continuaremos ativos nisso. Com o Brasil se estabilizando, essa transações ganharão força e ajudarão a aliviar o caixa das empresas", acredita Antônio Maurício Maurano, vice- presidente de negócios de atacado do Banco do Brasil.

Devido à perda do grau de investimento do país, as empresas que se aventuram na emissão de dívida no mercado internacional estão tendo que pagar prêmios até 20% maiores do que no ano passado. Mas algumas companhias não veem outra possibilidade para o alongamento de suas dívidas. Nas últimas semanas, o total das emissões externas ficou próximo a US$ 10 bilhões, depois de um primeiro trimestre quase que totalmente parado. "Estamos voltando a acessar o mercado externo de dívidas, apesar das operações ainda serem bem reduzidas", afirma João Consiglio, vice-presidente de corporate banking do Santander no Brasil, que aguarda por uma retomada dessas operações no meio e longo prazos.  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 29/06/2016

Quantidade de fusões entre empresas volta ao nível de 2009

Entre janeiro e maio deste ano, a quantidade de fusões e aquisições caiu 27% em relação ao mesmo período de 2015. O número de operações, 244, é o mais baixo desde 2009, quando a crise financeira dos EUA era sentida.

Entre 2010 e 2015, a média de transações desse tipo foi de 326. Os dados são da consultoria e auditoria PwC. A queda é reflexo das incertezas econômicas e políticas que começaram em 2014, diz o sócio Rogério Gollo.

Os primeiros que diminuíram o volume de operações foram os fundos brasileiros. "Quando as dúvidas políticas se acentuaram, os estrangeiros também reduziram compras", afirma o executivo.

Para os fundos de fora, os preços só ficaram mais atraentes nominalmente, diz.

"As incertezas tornam difícil o cálculo de retorno de investimentos. Em negócios, essa é a conta que determina se a aquisição é barata."

Pode haver recuperação neste ano -segundo Gollo, investidores aguardam a decisão sobre o impeachment.

As análises de transações devem mudar, afirma André Pimentel, da Performa Partners, que dá suporte a processos de fusões. "Não se avalia mais [preço] com base no passado recente."  Jornalista: Maria Cristina Frias - Folha de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 29/06/2016

Quinze usinas podem ser alvo de aquisição no país

Existem ao menos 15 grupos sucroalcooleiros - que processam cerca de 26% da cana-de-açúcar do país - com dificuldade para encontrar a porta de saída da crise e que se tornaram os candidatos mais prováveis a serem adquiridos em um novo ciclo de consolidação do setor. Esse é o cálculo do especialista Alexandre Figliolino, sócio da consultoria MB Agro, apresentado ontem no Novacana Ethanol Conference.

Um processo de consolidação dessa proporção, porém, ainda é visto com desconfiança tanto pelo setor produtivo como pelos bancos por causa das incertezas em relação ao futuro do segmento e pelas dúvidas a respeito do cenário macroeconômico do país, conforme especialistas e fontes do setor presentes ao evento.

Segundo Figliolino, esses 15 grupos são os que estão em recuperação judicial ou em reestruturação forçada de dívidas e que "quase entraram em default". Tais companhias têm capacidade para moer 142 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

A quantidade de usinas fragilizadas e suscetíveis a aquisições pode ser ainda maior se forem incluídas as que não chegaram a reestruturar suas dívidas, mas cuja alavancagem - relação entre dívida líquida e lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) - é considerada elevada, ou que têm suas operações desestruturadas atualmente.

Em um ambiente de alta alavancagem, segundo Figliolino, "teria que haver uma sequência grande de preços muito bons" para que elas saiam da crise sem ser pela via da fusão ou da aquisição. Para estas, "com a taxa de juros elevada e esse spread no mercado financeiro, é praticamente impossível sair da crise", emendou. "Até [essas empresas] se recuperarem, podemos estar em ciclo de baixa do preço de açúcar, a não ser que haja um estímulo de política pública em relação ao etanol", observou.

Esse outro conjunto também fragilizado de usinas soma 12 companhias, que processam 70 milhões de toneladas de cana por safra e, de forma geral, têm alavancagem superior a 4. Portanto, no frigir dos ovos, há 27 grupos com capacidade de processar 39% da matéria-prima do país passíveis de mudarem de mãos.

Já os potenciais compradores dessas usinas representam quase a mesma proporção do setor. Na avaliação da MB Agro, existem 17 grupos que podem processar 205 milhões de toneladas de cana e representam 38% do setor que "estão prontos para crescer se quiserem". Segundo Figliolino, esses grupos têm uma alavancagem abaixo de 3, além de uma boa capacidade de atrair capitais e um bom perfil de endividamento.

O gatilho para um processo de concentração, porém, deverá enfrentar barreiras do lado dos compradores. Na visão do consultor, qualquer decisão de crescimento por parte desses grupos "vai ser extremamente seletiva" dadas as restrições de crédito no país e as incertezas macroeconômicas.

Os aportes que essas companhias podem fazer deverão ser direcionados, em sua avaliação, primeiramente à fabricação de açúcar, depois à redução de "gargalos industriais" e, apenas em terceiro lugar à aquisição de outras usinas.

Há um quarto conjunto de usinas, formado por 21 empresas, que "ainda não têm balanço para investir" em crescimento, mas que podem ver essa possibilidade com bons olhos se o cenário de preços elevados de açúcar se mantiver pelos próximos dois anos.

Esse grupo, que tem capacidade de processar 121 milhões de toneladas de cana e representam 23% do setor, "pode chegar ao fim da safra 2017/18 com capacidade razoável de investimento", acredita Figliolino. Em geral, essas companhias apresentam uma alavancagem entre 3 e 3,5 vezes, com tendência "clara" de redução dessa relação, disse.

Embora existam diferenças financeiras consideráveis entre esses quatro grupos de usinas, houve na safra passada uma deterioração da saúde financeira do setor como um todo. Nos cálculos da MB Agro, a relação média entre dívida líquida e Ebitda das companhias subiu de 4,3 vezes na safra 2014/15 para 4,7 vezes na temporada passada, um crescimento de 9%.

Em relação à produção agrícola, o endividamento médio da safra passada foi de R$ 148 por tonelada de cana-de-açúcar, pela estimativa da consultoria, o que representa um aumento de 11% sobre a safra precedente.

Já o banco holandês Rabobank estimou, com base nas 35 empresas que atende no segmento, que o endividamento recuou em relação à produção agrícola de R$ 149 por tonelada de cana e passou para R$ 143 por tonelada em 2015/16. Essa diminuição, porém, ocorreu "em função do crescimento da moagem, e não em função da redução da dívida", disse Manoel Pereira, gerente sênior de relacionamento do Rabobank durante a conferência. Dessa forma, a estimativa da instituição para o endividamento do setor na última temporada ficou em R$ 93,7 bilhões.

O endividamento líquido total do setor na safra passada, porém, deve ter sido maior, nos cálculos da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica). Segundo a entidade, que representa usinas do Centro-Sul, a dívida líquida das empresas no fim da safra 2015/16, em março, era de cerca de R$ 100 bilhões, um crescimento de 25% em relação ao endividamento da safra anterior. 29/06/2016 - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 29/06/2016

Contém 1g decide focar em venda direta

Um ano depois de sofrer o maior golpe da carreira, quando viu frustrada a venda de sua empresa para a Natura – em uma negociação tocada em sigilo e que já era dada como favas contadas, segundo apurou o Estado – o empresário Rogério Rubini tenta agora olhar para frente e recolocar a Contém 1g no curso do crescimento.

A estratégia é ampliar as redes de comercialização da empresa para compensar a fuga de clientes nas lojas e, como consequência, abrandar a insatisfação dos franqueados, que viram a receita minguar 19% no último ano (a Contém 1g faturou R$ 139 milhões em 2015). No médio prazo, o projeto do empresário é voltar a gerir uma empresa atraente a ponto de conseguir um novo comprador.

Dessa maneira, o projeto de venda direta é uma espécie de volta ao passado para a Contém 1g, marca que nasceu e segue sediada na pequena São João da Boa Vista, no interior de São Paulo. Há 12 anos, Rubini dissolveu sua equipe de consultoras de porta em porta para se concentrar na expansão via franquia de unidades, instaladas sobretudo dentro de shoppings centers.

Na ocasião, Rubini mudou o foco da empresa, que então tinha 85% de sua receita com linhas de perfumes, para a comercialização exclusiva de maquiagens.

A ideia era investir em produtos para consumidores de maior poder aquisitivo – os perfumes faziam sucesso na classe C. Agora, as maquiagens permanecem onde estão, o que vai mudar é que cada um dos 120 franqueados terá o direito de recrutar e montar equipes de revendedoras, sem delimitação geográfica de atuação. As próprias funcionárias das lojas serão responsáveis pelo treinamento das equipes e, em um primeiro momento, as unidades abrigarão estoques e o ponto de encontro das consultoras.

“A insatisfação era grande e era preciso mudar. Os franqueados já estavam repassando as lojas porque a empresa ficou parada sete meses esperando essa venda que não aconteceu. É uma coisa meio que natural, quando você passa por um processo desse. Só que nesse meio tempo, a crise se instalou no varejo e até no mercado de cosméticos, que parecia mais blindado a tudo isso”, conta uma fonte próxima da operação.

Além de movimentar a base atual de parceiros, Rogério Rubini quer também atrair novas franquias exclusivamente focadas em venda direta, chamadas de Contém1g Make-up Center, um modelo compacto dentro do conceito de microfranquias (modelos que pedem um investimento de até R$ 80 mil). O investidor terá o direito, por exemplo, de explorar a marca sem a instalação de um ponto de venda fixo.

“Trabalhar com a venda direta é uma tendência irreversível no mercado de cosméticos”, conta Rubini. “O Boticário fez (o movimento) de uma forma bem-sucedida”, diz o empresário, que afirma não poder falar sobre o processo de venda por questões comerciais. Para Luiz Paulo Tonini Júnior, sócio da consultoria Praxis, a cartada soa natural para o setor, que investe na venda direta. Mas tem um problema: a liberdade que será dada aos franqueados. “Se eu tenho dez franquias e não limito área parece ser cada um por si e Deus contra todos.”  - O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 29/06/2016

28 junho 2016

Cisco adquire empresa de tecnologia de nuvem CloudLock por US$ 293 mi

A Cisco Systems anunciou nesta terça-feira, 28, a compra da empresa americana de capital fechado CloudLock, especializada em tecnologia de nuvem, por US$ 293 milhões. Conforme os termos do acordo, o pagamento será parte em dinheiro e parte em participação acionária, e inclui também a absorção dos funcionários da empresa.

Em comunicado, a Cisco informa que, após a conclusão do negócio, a CloudLock será incorporada à divisão de rede e negócios de segurança, comandada pelo vice-presidente sênior, David Goeckeler. A previsão é que a transação seja concluída, depois das aprovações de praxe e dos acionistas da Cisco, até novembro.

Segundo dados do Gartner, o gasto global da empresas em serviços de nuvem pública deve aumentar 16% neste ano, para US$ 204,2 bilhões, na comparação com uma expansão de 13,8% em 2015. O crescimento, segundo a consultoria, reflete a tendência entre as grandes empresas, mesmo de indústrias particularmente mais preocupadas com segurança, tais como finanças, de executar seus aplicativos, armazenamento de dados e processamento através da internet por meio de recursos compartilhados, conhecido como nuvem pública.

As ações da Cisco Systems subiram 1,76%, para US$ 27,79, no pregão desta terça-feira da bolsa eletrônica Nasdaq, em meio a uma recuperação do mercado mais ampla. Leia mais em tiinside 28/06/2016

Estrangeiros estão em conversas para comprar usinas de açúcar do Brasil, diz Bradesco BBI

Algumas empresas estrangeiras renovaram o seu interesse em aquisições no setor de açúcar do Brasil, uma vez que as receitas com a commodity estão em alta seguindo os preços globais da commodity, afirmou o banco de investimentos Bradesco BBI.

Cyrille Brunotte, superintendente do Bradesco BBI, disse nesta terça-feira que as negociações estão ocorrendo entre as partes interessadas, mas a diferença entre as ofertas feitas pelos compradores e os pedidos dos vendedores permanece alta. Reuters Leia mais em Yahoo 26/06/2016

Gannett compra ReachLocal e mira PMEs

Transação, avaliada em US$ 156 milhões, visa movimentar marketing digital do grupo
 
A Gannett Co, empresa proprietária do jornal USA Today e de mais uma centena de outlets de mídia nos Estados Unidos, comprou a ReachLocal, empresa de marketing digital. O negócio, de US$ 156 milhões, visa acelerar a estratégia digital da nova proprietária.

usa todayA ReachLocal é especializada em serviços e soluções para pequenas e médias empresas, desde design, até pesquisa, geração de leads e publicidade. A Gannet tem expectativa de que a nova empresa gere anualmente mais US$ 320 milhões para seus negócios digitais.

Fundada em 2004, a Reach Local tem operação no Brasil desde 2013. Aqui, a empresa possui acordo com diversas empresas, como o Google e Locaweb.

Como a maioria das empresas de mídia com raízes no jornalismo impresso, a Gannett vinha atravessando grandes reestruturações, incluindo uma separação de seus ativos de rádio e TV de outras áreas. Recentemente, o grupo adquiriu empresas de conteúdo em Milwaukee, Novo México, Texas e no Reino Unido e fez uma oferta pela Tribune Publishing Co, dona do Los Angeles Times e Chicago Tribune, cujos ativos são avaliados em US$ 815 milhões. Leia mais em meioemensagem 26/06/2016 

Movile recebe aporte de US$ 40 milhões

A Movile anuncia mais uma rodada de investimentos no valor de US$ 40 milhões, liderada pela Naspers, por meio da divisão Naspers Ventures, e pelo fundo Innova, que fazem parte do grupo de principais acionistas da companhia.

O montante será destinado para impulsionar a expansão global da companhia no segmento on-demand, por meio de serviços como delivery de comida, tickets e logística.

"Com mais de uma década de desenvolvimento e conhecimento no segmento de tecnologia, a Movile vem transformando a forma como e-commerce, serviços e conteúdos são entregues ao consumidor mobile na América Latina", afirma Larry Illg, CEO da Naspers Ventures.

Ao longo dos últimos três anos, a Movile investiu mais de US$ 100 milhões na América Latina para construir um portfólio de aplicativos e serviços que conta com Apontador, Maplink, TruckPad, Rapiddo e PlayKids.

Na semana passada, a Movile anunciou um investimento de R$ 13 milhões na startup Sympla,que permite a organização e o auto-gerenciamento de eventos de qualquer porte - do controle de participantes e vendas de ingressos à gestão de pagamento e relatórios de resultados.

"Temos metas agressivas e estamos constantemente trabalhando para seguir neste caminho. Com esse novo aporte esperamos consolidar nossa entrada no mercado online de tickets através da Sympla, além de oficializarmos a expansão internacional dos mercados em que já estamos inseridos, como delivery de comida, ticket e logística", completa Fabricio Bloisi, CEO e fundador da Movile.

Hoje, a empresa atende a cerca de 70 milhões de clientes mensalmente e atua em mais de 100 países. Com o novo aporte, a Movile soma mais de US$136 milhões captados.

A Naspers tem histórico de grandes investimentos no Brasil. Em 2009, o fundo comprou 91% do Buscapé por US$ 342 milhões. Em 2014, a empresa começou a cortar gordura no buscador de preços brasileiros que, até 2013, havia promovido uma onda de 18 aquisições.

Por meio da Buscapé, o Naspers comprou uma participação na VTEX em 2012. Em 2015, no entanto, o fundo de investimentos Riverwood Capital comprou os 27,7% da plataforma de e-commerce em mãos do conglomerado de mídia sul-africano.Júlia Merker // Leia mais em baguete 28/06/2016

Brazil Minerals vai adquirir novas áreas de manganês no Brasil

A Brazil Minerals informou nesta segunda-feira (27) que está perto de adquirir novas áreas de manganês no país por meio de uma nova subsidiária integral.

A mineradora norte-americana, que produz ouro e diamante em Minas Gerais e tem um projeto de ouro no Amazonas, não informou onde ficam os direitos de manganês, mas disse que já está em estágio final nas conversas com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Leia mais em noticiasdemineracao 27/06/2016

What's News: A Medtronic

A Medtronic, empresa irlandesa de produtos e serviços médicos, anunciou a compra da americana HeartWare, fabricante de dispositivos usados em cirurgias cardíacas, por US$ 1,1 bilhão.

Em 2015, a Medtronic, que era sediada nos EUA, comprou a também irlandesa Covidien por cerca de US$ 50 bilhões, negócio que uniu duas das maiores firmas de suprimentos médicos do mundo e permitiu à Medtronic mudar sua sede para a Irlanda, onde os impostos são menores. Fonte: Valor Econômico Leia tudofarma 28/06/2016

Impeachment pode marcar nova onda de valorização do real

Economistas veem possibilidade de forte apreciação da moeda a partir de agosto, caso a saída definitiva da presidente afastada Dilma Rousseff se confirme

Para um conjunto de economistas, caso o Senado confirme a saída da presidente afastada, a confiança de investidores externos tende a crescer - e a confiança no quadro político é o elemento que falta para a injeção de recursos no país, que já tem títulos e ações com rentabilidade bastante atrativa

Um segmento de economistas avalia que o real pode passar por uma nova rodada de valorização a partir de agosto, caso o Senado confirme a saída definitiva da presidente Dilma Rousseff. Os analistas observam que o ingresso de recursos externos na economia brasileira tende a aumentar com o avanço da confiança de investidores externos no país.

Se sacramentado o impeachment, o otimismo seria alimentado por mudanças estruturais na área fiscal, como a aprovação pelo Congresso do teto de gastos públicos vinculados à inflação e o lançamento de uma proposta de reforma da Previdência Social. A confiança tende a elevar a demanda por títulos nacionais, especialmente de renda fixa, mas também por ações. Os investidores já têm como atrativo a elevada rentabilidade oferecida por papéis brasileiros - o alto juro básico, de 14,25% ao ano, sustenta esse rendimento -, mas a demanda está represada pela incerteza no quadro político.

Para Alberto Ramos, diretor de pesquisas para a América Latina do banco Goldman Sachs, "o câmbio pode ir para 3 reais ou abaixo dessa marca em poucos meses", após definido o impeachment de Dilma Rousseff, com sinais firmes da evolução das propostas do governo de correção da gestão das contas públicas. Entre os destaques das propostas, afirma, está a aceitação pelos parlamentares da emenda constitucional que determina que as despesas do Poder Executivo não mais terão aumento real.

"A questão é saber o que o Banco Central fará quando o dólar chegar a 3 reais", diz Ramos.

Inflação - O Banco Central teria várias razões para manter o câmbio entre 3,15 reais e 3,20 reais no segundo semestre, afirma Braulio Borges, economista-chefe da consultoria LCA.

O combate à inflação é prioridade do BC. Uma queda nominal de 8% do dólar poderia reduzir o IPCA em 2017 de 5,3% para perto de 4,8%, calcula o economista. "Há também outros fatores. Um deles é redução do passivo das empresas muito endividadas em dólar, sobretudo a Petrobras", disse Borges.

Um outro elemento é a melhora de confiança de empresários e consumidores a partir da força do câmbio. "Quando a moeda brasileira está valorizada, isso ajuda a tornar positivas as expectativas sobre as perspectivas da economia no curto prazo", complementa o economista-chefe da LCA. "Mas, se ela está desvalorizada, esse fator pesa para que a percepção piore de forma considerável."

Mesmo com a saída do Reino Unido da União Europeia, os especialistas avaliam que os efeitos sobre o câmbio no Brasil até o fim deste ano deverão ser indiretos e não significativos. Isso porque o crescimento mundial poderá ter pressões para baixo, o que poderia levar o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) a ser ainda mais cauteloso para elevar os juros neste ano. Neste contexto, há chances de apreciação do real, sobretudo com uma perspectiva de mudanças estruturais na área fiscal.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, o BC poderia permitir que o câmbio se estabilize em um patamar entre 3,20 reais e 3,30 reais depois de agosto, o que seria oportuno para iniciar um necessário ciclo de redução de juros.

"Como a inflação está alta, ela deve fechar este ano ao redor de 7% e em 5,5% em 2017. Assim, o BC pode, na prática, estender seu objetivo para levar o IPCA a 4,5% para 2018", comentou Vale. "A redução da Selic é importante porque não joga lenha na fogueira na já complicada situação fiscal, dado que os juros altos causam grande impacto nas contas públicas", disse. Para ele, a Selic cairá para 13,25% ao fim deste ano e chegará a 11,25% no encerramento do próximo.

De acordo com Vale, a tendência do câmbio é de valorização num horizonte de dezoito meses, pois há uma evolução notória da governabilidade do país com a administração Michel Temer em relação à de Dilma Rousseff. Ainda segundo o economista, isso deverá culminar na volta da harmonia macroeconômica, com a austeridade da política fiscal e distensão da taxa de juros. (Com Estadão Conteúdo) Leia mais em Veja 28/06/2016

Privatizações nos estados

Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e São Paulo já estudam privatizar estatais, com o apoio do BNDES, como parte da renegociação das dívidas estaduais com a União, informam MARTHA BECK E BÁRBARA NASCIMENTO.

Além da Cedae, empresas como a capixaba Cesan, de saneamento, e as gaúchas Sulgás e CEEE, de energia, estão na mira. Minas Gerais também cogita vender ativos. -BRASÍLIA-

A possibilidade de privatizar empresas estatais com a ajuda do BNDES atrai, pelo menos, cinco estados. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e São Paulo já começaram a analisar ativos que poderiam entrar nesse programa, que faz parte do projeto de renegociação das dívidas estaduais com a União. A lista dos candidatos a passar para as mãos do setor privado inclui empresas de saneamento, como a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), energia elétrica, gás e até bancos. A ideia é que os recursos arrecadados com a privatização possam ser usados para abater débitos com a União ou para a realização de programas de ajuste fiscal.

No Rio Grande do Sul, um dos estados em pior situação financeira, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a Sulgás estão na mira. No entanto, o governo gaúcho quer um tratamento diferenciado para os recursos arrecadados. Eles precisariam ser usados no pagamento das parcelas mensais da dívida com o governo federal e não para abater o estoque. O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) também chegou a entrar nos planos de privatização no início do ano, quando os estados ainda negociavam o alongamento de dívidas com a equipe econômica da presidente afastada, Dilma Rousseff, mas agora essas chances diminuíram.

CENÁRIO ECONÔMICO PODE DESVALORIZAR ATIVOS
No projeto encaminhado ao Congresso pelo governo Dilma Rousseff, no início do ano, havia a previsão de que os estados pudessem transferir para a União ativos como parte do pagamento das dívidas. Assim, passar uma empresa estatal para o setor privado seria tarefa do governo federal. Como no Rio Grande do Sul a privatização, ção é um tema polêmico, e a Constituição Estadual exige a realização de plebiscito para esse tipo de operação, o Banrisul poderia entrar no projeto anterior, que tiraria das mãos do governador José Ivo Sartori o ônus de privatizar a instituição. Agora, alegam os técnicos do governo estadual, isso ficou mais difícil. O Rio Grande do Sul só aceita repassar à União ativos para posterior privatização, desde que se adote uma precificação mínima na hora do repasse.

No Espírito Santo, o governo prevê o aumento de capital da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e da concessão de gás natural. Segundo a Secretaria de Fazenda do estado, no caso da Cesan, a companhia está estruturando a entrada de um novo sócio, em parceria com o FIP, o Fundo de Investimentos em Participações do FGTS. A ideia é aumentar a capacidade de investimento da empresa. Já o Pará vai criar uma equipe de trabalho para analisar o tema das privatizações.
O secretário de Fazenda de São Paulo, Renato Villela, afirmou que o estado vai analisar os ativos que poderiam entrar no programa de auxílio do BNDES, mas alertou para o fato de que, diante do atual momento econômico, a tendência do mercado é subestimar o valor dos ativos. Para ele, é preciso aguardar a tramitação do projeto de renegociação das dívidas no Congresso para avaliar melhor o tema.

— As empresas vão ser subvalorizadas se tentarmos vender agora — disse Villela.
Técnicos da área econômica, no entanto, acreditam que mais estados vão ter interesse nas privatizações. Eles afirmam que, quando o primeiro interessado aparecer, e o BNDES fizer uma operação bem estruturada que consiga vender a empresa por um preço atraente, quem tem algum receio hoje vai mudar de opinião. Eles afirmam ainda que alguns estados precisam dessas privatizações para equilibrar suas contas. É o caso, por exemplo, de Rio de Janeiro e Cedae.

Embora não haja unanimidade sobre a operaintegrantes da cúpula do estado afirmam que, diante das dificuldades financeiras à vista, a concessão da Cedae poderá sair do papel em 2017. Quem é contra a medida alega que a companhia não recebe repasses do Tesouro (logo, não dá despesa), tem baixo valor de mercado e um grande passivo trabalhista.

Outra unidade federativa que precisaria dessas operações seria o Distrito Federal, que tem como um ativo potencial o Banco de Brasília (BRB). No entanto, a secretaria de Fazenda do DF informou que “não se cogita qualquer privatização”. A mesma resposta foi dada pelo Mato Grosso. No Rio Grande do Norte, o governo estadual cogita privatizar o sistema prisional, mas isso não entraria na negociação com a União.

EM MINAS, ANÁLISE DE CEMIG E GASMIG
Em Minas Gerais, a secretaria de Fazenda informou que não irá se posicionar sobre o assunto e que prefere aguardar “o momento adequado”. O governo do estado, contudo, já analisa possibilidades nos bastidores. O estado tem como ativos potenciais a Cemig, responsável pela distribuição de energia e controladora da Light, e a Gasmig, fornecedora de gás.
A secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, informou que o estado já vinha preparando um programa de privatização de ativos avançado que independe da renegociação das dívidas com a União e não deve precisar da ajuda do BNDES. A primeira empresa é a Celg.
— Nós não seríamos uma prioridade, porque o BNDES vai ter que dar suporte para as privatizações de todos os estados. Todos os ativos de Goiás são objeto de uma análise criteriosa para avaliar se não faz mais sentido sua transferência para a gestão privada seja via contratos de gestão, organizações sociais, venda, alienação, PPP, concessão ou outorga. Faremos o que for melhor para o estado do ponto de vista da qualidade do serviço e do ponto de vista de gestão fiscal — disse Ana Carla. O Globo Leia mais em portal.newsnet 28/06/2016

Vale pode somar US$ 13 bilhões com ativos, diz Itaú BBA

A Vale pode arrecadar cerca de US$ 13 bilhões com a venda de ativos nos próximos anos, estimou a corretora Itaú BBA. O desinvestimento nas áreas de carvão, fertilizantes, minério de ferro, navegação e energia, associado a uma maior geração de caixa resultante de preços melhores para o minério de ferro, tende a ajudar a Vale a reduzir o seu grau de alavancagem a partir de 2017, analisou a corretora em relatório. Nesse cenário, abre-se a possibilidade de pagamento de maiores dividendos aos acionistas no futuro.

O relatório da Itaú BBA, assinado pelos analistas Marcos Assumpção, Daniel Sasson e Carlos Schmidt, prevê que a mineradora poderia vender parcela de sua produção futura de minério de ferro a um parceiro estratégico ou financeiro disposto a aceitar algum risco de capital. O relatório considera que a venda de fatia no negócio de minério de ferro pode resultar em receita de US$ 6 bilhões para a mineradora. Em 2015, a Vale vendeu parte da MBR para um fundo do Bradesco por US$ 1 bilhão.

Agora uma transação de maior porte na área de minério de ferro permitiria à Vale reduzir o seu risco caso um cenário de preços mais fracos para a commodity se materialize, avaliou a Itaú BBA. Na operação, a Vale poderia ter a opção de comprar a fatia de volta caso as condições de mercado mudem.

A transação seria fundamental para a Vale reduzir sua alavancagem, afirmou o relatório. Além dessa operação, a Itaú BBA considera que a mineradora poderá arrecadar US$ 2 bilhões na venda da área de fertilizantes. A Vale poderia fazer a venda da operação inteira de fertilizantes para um parceiro estratégico em transação similar à que fez com a Norsk Hydro, envolvendo o alumínio, e com a VLI, que reúne ativos de logística, ambas realizadas em 2013. A Vale manteria posição acionária na nova empresa a ser criada com a venda do negócio de fertilizantes.

Outras operações consideradas pela corretora incluem a venda de fatia no negócio de carvão em Moçambique, em fase adiantada e que pode resultar em US$ 3 bilhões para a Vale, a venda de navios mineraleiros e a parte da Vale na Aliança Energia, uma sociedade da mineradora com a Cemig. A Vale já havia divulgado ao mercado uma previsão de venda potencial de ativos prioritários e não prioritários da ordem de US$ 15 bilhões entre 2016 e 2017.

No relatório, o banco elevou em 21% e 5% em 2016 e 2017, respectivamente, as projeções para o lucro da Vale antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida). O Ebitda projetado para este ano é de US$ 7,68 bilhões, segundo a corretora.  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 28/06/2016

Bradesco prepara seu banco digital independente

Embora os bancos brasileiros divulguem que querem as chamadas fintechs como parceiras, aproximando-se dessas startups financeiras, a maioria deles já estrutura sua própria versão de banco digital, a exemplo do pioneiro Banco Original. O mais avançado é o Bradesco, que deve lançar nos próximos meses sua versão de banco digital totalmente independente da estrutura tradicional. Segundo Maurício Minas, vice-presidente executivo do Bradesco, o banco montou uma estratégia digital em três pilares.

A primeira é a melhoria dos serviços do banco tradicional que já tem uma plataforma digital e está num esforço contínuo para ter atratividade nos canais eletrônicos e implementar o conceito multicanal. A ideia é permitir que um atendimento que comece num canal possa prosseguir em outro no ponto em que parou, um conceito que deve estar totalmente implementado em dois anos.

O segundo pilar é a evolução do conceito de segmentação (renda) e subsegmentação (comportamento) para o de personalização. Por técnicas de analytics e big data, o banco passará a ter conhecimento do cliente e poderá realizar ofertas no tempo em que as transações acontecem. "Um dos sucessos das fintechs é o conhecimento do usuário. É importante que o cliente perceba que o banco o conhece", diz Minas.

Já a proposta do banco digital será totalmente inovadora, não exatamente nos mesmos moldes do Banco Original, que Minas considera muito parecido com os bancos tradicionais. A ideia do banco digital do Bradesco visa torná-lo atrativo o suficiente para ser comparado às melhores experiências que o cliente já tem nas redes sociais.

"A plataforma tradicional dificilmente terá o mesmo sex appeal. Vamos desenvolver algo equivalente ao Facebook, ao Waze ou ao WhatsApp e, para isso, temos de repensar o banco do ponto de vista do cliente por meio de uma outra plataforma", descreve Minas.

O Banco do Brasil não chegará a fazer um spin off do digital, mas caminha para estruturar serviços digitais inclusive para clientes. Roberto Paiva Zorron, gerente executivo do BB, diz que a ideia é transformar a estrutura tradicional em um banco digital centrado no cliente e criar negócios digitais em áreas como agronegócios, independente de soluções financeiras. Marco Mastroeni assumiu a diretoria de negócios digitais do BB, com a missão de conduzir o projeto.

"O banco tem limitações de contratação, mas tem condições de criar inovações tão boas ou até melhores do que as fintechs, a exemplo da Wallet, lançada de forma pioneira e que já conta com 20 mil usuários beta", observa Mastroeni.

O movimento dos bancos é resultado do tsunami promovido pelas fintechs. Nas contas de Minas, do Bradesco, já existem mais de mil startups financeiras no Brasil, levando-se em conta que somente o banco recebe mais de 500 inscrições em seu programa InovaBra. O programa já selecionou oito empresas na primeira edição, das quais quatro já fazem negócios com o banco, e 12 na segunda, atualmente em processo de aceleração.

O Itaú já abriga 55 startups no Cubo, programa de coworking e inovação do banco, mas Erica Jannini, superintendente de TI e uma das idealizadoras do projeto, observa que apenas cinco são fintechs, porque o Itaú quer abraçar todo tipo de inovação. Ela apresentou dados informando que existem no mundo 12 mil fintechs, que receberam US$ 19,1 bilhões de investimentos em 2015, 57% a mais que em 2014. "No Brasil, a projeção de aportes é de US$ 125 milhões", diz Erica.

As fintechs mais atuantes são mapeadas por dois portais dedicados ao tema: o Fininnovation, ligado à Accenture, e o Radar FintechLab, iniciativa da Clay Innovation, agência de inovação. Ambos acompanham cerca de 150 startups. Algumas das principais participaram do Fintech Day, iniciativa do Ciab que reservou diversos painéis dedicados ao tema e um dia inteiro para apresentação de nove startups pré-selecionadas. Dessas, as três primeiras colocadas teriam reuniões de negócios com executivos de instituições financeiras.

As empresas que se apresentaram foram Adianta (antecipação de recebíveis), Bom para Crédito (crédito), Easy Crédito (crédito para não bancarizados), Foxbit (blockchain/bitcoin), KiiK (plataforma de adquirência), Mutual (empréstimo pessoa a pessoa), Paykey (transferências via Messenger), Qranio (treinamento com gamificação) e Quero Quitar! (plataforma de negociação on-line).

Muito do avanço das fintechs será facilitado quando os bancos decidirem abrir seus sistemas por meio de APIs (Application Programing Interfaces - softwares de integração) para os empreendedores criarem seus aplicativos. A Visa abriu 11 APIs para incentivar o conceito de open innovation em áreas como geolocalização e e-commerce.

"Vamos lançar um centro de inovação para reunir clientes e a comunidade fintech", informou Percival Jatobá, vice-presidente de produtos da Visa.

Guga Stocco, fundador do Banco Original, anunciou no Ciab que lança, em julho, um programa de APIs para desenvolvedores parceiros, sem dar muitos detalhes. O Banco do Brasil abriu suas APIs há dois meses para quem quiser usar. Já o Bradesco lança, em breve, um programa de APIs, mas ainda de forma controlada. Fernando Freitas, gerente de inovação do banco, informa que a iniciativa se dará por fases, inicialmente para o público interno e em seguida para parceiros. "Somente quando tivermos maturidade nessas duas fases vamos abrir para o mercado", conclui Feitas.  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 28/06/2016


Metalúrgica Gerdau incorpora subsidiária Gerdau BG

A holding Metalúrgica Gerdau informou ao mercado no final de semana incorporação da Gerdau BG, subsidiária da companhia e avaliada em cerca de 536 milhões de reais, em meio a um processo de simplificação da estrutura societária e de controle.

A incorporação da Gerdau BG pela Metalúrgica, que é controladora do grupo siderúrgico Gerdau, deve ocorrer em 7 de julho segundo comunicado enviado ao mercado no sábado.

"A incorporação deverá resultar, dentre outras vantagens, em simplificação operacional e redução dos custos operacionais, administrativos e fiscais", afirmou a Metalúrgica Gerdau no comunicado. A empresa acrescentou que como a Gerdau BG é subsidiária integral, não será necessário alteração no capital da companhia.(Reuters) - Leia mais em Yahoo 28/06/2016

GP Investments conclui aquisição de controle de suíça Spice

A GP Investments informou nesta terça-feira que concluiu a compra do controle da empresa suíça de investimentos Spice Privaty Equity por 50,5 milhões de dólares.

O valor da operação representa um desconto de 16 por cento sobre o patrimônio líquido econômico da Spice no final de maio, afirmou a GP.

A Spice tem patrimônio líquido de 223,2 milhões de dólares e com a aquisição a GP Investments passou a deter 58,48 por cento das ações e do capital votante da empresa. Reuters leia mais em bol.uol 28/06/2016

27 junho 2016

Radar TVeja: Temer manda privatizar geral

Michel Temer reuniu alguns dos principais ministros nesta segunda-feira para dar um recado claro: a ordem é privatizar geral.

A frase literal do presidente interino foi a seguinte: “Senhores, tudo que puder ser transferido à iniciativa privada, façam. Não temos preconceitos!”.

Os aplicados ministros, nem bem ouviram, saíram querendo mostrar serviço e apontar o que, nas respectivas pastas, pode ser objeto de concessão ou parceria público-privada.

As áreas vão de energia a saneamento, passando por rodovias e aeroportos. Tudo a ser detalhado, é claro.

Ao falar em “preconceito”, Temer quis delimitar uma diferença importante entre sua gestão e os 13 anos de governos do PT.

Busca, assim, reforçar o apoio do empresariado, principal lastro para garantir a estabilidade de sua gestão, que tem sofrido abalos oriundos da operação Lava-Jato.

A ideia é ir divulgando notícias concretas de concessões e PPPs ao longo do ano, para manter acesa a chama da esperança que alimenta o empresariado e pode induzir à volta dos investimentos.Por: Vera Magalhães  Leia mais em radaronline.veja 27/06/2016

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A todo vapor: Michel Temer quer privatizar "tudo o que for possível"

Se depender do governo interino de Michel Temer, as privatizações ocorrerão a todo vapor.
De acordo com a coluna Radar Online, da Veja, Temer reuniu alguns dos principais para dar um recado claro: "a ordem é privatizar geral". Segundo a colunista Vera Magalhães, a ordem foi a seguinte: “senhores, tudo que puder ser transferido à iniciativa privada, façam. Não temos preconceitos!”.

Os ministros, durante a reunião, já passaram a apontar o que, nas suas pastas, podem  ser objeto de concessão ou parceria público-privada, passando de energia a saneamento até rodovias e aeroportos. Desta forma, Temer quis delimitar uma diferença importante entre a sua gestão e os 13 anos de governos do PT e busca reforçar o apoio do empresariado.

Vale ressaltar que, na tarde de ontem, escalados para falar após o recém-criado Núcleo de Infraestrutura do governo federal, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disseram que o setor poderá ser beneficiado com a venda das chamadas sociedades de propósito específico (SPE) da Eletrobras. Segundo o ministro e o deputado, há um potencial de cerca de R$ 20 bilhões apenas com as SPEs da Eletrobras.  Segundo Araújo, na reunião de ontem, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, informou que a Eletrobras tem 174 SPEs.

A privatização também atinge os estados, que devem vender ativos em contrapartida à renegociação das dívidas. Segundo o jornal O Globo, a possibilidade de privatizar empresas estatais com a ajuda do BNDES (Banco Naciona atrai, pelo menos, cinco estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e São Paulo. Estes estados já começaram a analisar ativos que poderiam entrar nesse programa, que faz parte do projeto de renegociação das dívidas estaduais com a União.

A lista dos candidatos a passar para as mãos do setor privado inclui empresas de saneamento, como a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), energia elétrica, gás e até bancos. A ideia é que os recursos arrecadados com a privatização possam ser usados para abater débitos com a União ou para a realização de programas de ajuste fiscal. No Rio Grande do Sul, a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) e a Sulgás estão na mira. O Banrisul (BRSR6) também chegou a entrar nos planos de privatização no início do ano, mas agora essas chances diminuíram. InfoMoney Leia mais em yahoo 28/06/2016

Avon investe em operação brasileira para sair da crise

Avon: empresa quer investir em ferramentas de vendas pelas redes sociais

Após perder 85% do seu valor de mercado em cinco anos, a Avon está executando um plano de reestruturação mundial para tentar se recuperar.

Os primeiros passos já foram dados: a companhia separou as operações da América do Norte em uma nova empresa, vendida em dezembro para o Cerberus, famoso por investir em empresas em crise.

Agora o foco é enxugar custos e direcionar investimentos para países emergentes. Com isso, o Brasil, mercado número um da Avon desde 2010, ganhará mais relevância.

"Estamos focados nas áreas certas e o Brasil é uma delas", ressaltou a presidente mundial da Avon, Sheri McCoy, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, durante visita ao País.

Removidos os resultados da América do Norte, o Brasil respondeu por entre 20% e 25% da receita da Avon entre 2013 e 2015.

No processo de reestruturação, a empresa transferiu a sede dos Estados Unidos para o Reino Unido, em busca de custos tributários mais baixos e, com o intuito de alocar as divisões globais da companhia mais perto dos principais mercados, mudou para o Brasil a base dos líderes mundiais de quatro áreas - cuidados pessoais, da linha de maquiagem Color Trend, fragrâncias femininas e masculinas.

A ordem é apostar em marketing e na criação de novas ferramentas que ajudem as revendedoras a fechar negócios nas redes sociais.

O corte de despesas também é vital. Até 2018, a empresa pretende reduzir US$ 350 milhões em custos anuais e eliminar 2,5 mil empregos no mundo. Sheri não informou o total de demissões no Brasil, mas afirmou que é uma "porção menor", focada nas áreas administrativas.

Desafio

Os números da Avon dão ideia do tamanho do desafio da empresa. Desde 2012, a companhia divulga prejuízos líquidos, que somam US$ 1,8 bilhão até o primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Economática.

A margem líquida está negativa. A receita está em queda, em parte por causa da desvalorização das moedas emergentes em relação ao dólar. Mas, mesmo em real, a empresa vendeu 7% menos no primeiro trimestre.

Fragilizada, a Avon se tornou alvo de investidores ativistas, que compram participações minoritárias e depois pressionam a companhia a fazer mudanças para melhorar o resultado.

Em dezembro, o fundo Barington Capital, dono de cerca de 3% da Avon, chegou a enviar uma carta ao presidente do conselho da empresa na qual sugeriu uma reestruturação e a troca de liderança da companhia.

Cerca de 15 dias depois, a Avon anunciou a operação com o Cerberus. O fundo fez um aporte de US$ 605 milhões na empresa, em troca de 80% da divisão da América do Norte e de uma fatia de 16% na Avon.

"Eles não conseguiram um bom retorno financeiro. O valor da operação reflete os desafios da empresa", disse o analista do banco UBS da área de bens de consumo, Stephen Powers.

Em 2012, a multinacional de cosméticos Coty chegou a fazer uma oferta de US$ 10 bilhões pela Avon, que hoje vale menos de 20% da antiga proposta (cerca de US$ 1,68 bilhão).

O analista do UBS ressaltou, no entanto, que a venda da divisão da América do Norte foi uma decisão correta, já que consumia muito esforço de gestão e investimentos. Para ele, a marca não tem grande potencial de crescimento nos EUA.

Em março, a Avon fez um acordo com o Barington e aceitou que o fundo ativista indicasse um diretor independente para a empresa. O presidente do Barington, James Mitorotonda, disse que, apesar de estar "desapontado" com o valor da negociação com o Cerberus, vê a entrada do fundo no negócio como positiva.

"Nós já vimos significativas mudanças no curto prazo após o investimento, incluindo um plano de redução de custos expressivo e de realocação da sede da empresa", afirmou.

Ele ressaltou, no entanto, que espera que a companhia anuncie novas iniciativas de cortes de custo e ganhos de receita.

Virada?

Sheri reconhece que a empresa errou, mas ressalta que agora ela está no caminho correto. "Sim, nós tivemos momentos desafiadores e eu acho que a divisão da América do Norte era parte do problema. Não estivemos tão focados em algumas regiões e na necessidade de investir nelas", afirmou.

No Brasil, enquanto a empresa americana sofria, os concorrentes avançaram.

Em 2010, a Avon era a terceira empresa no mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais, com 8,8% de participação, atrás de Natura e Unilever, segundo a Euromonitor.

Em 2015, caiu para a sétima posição, com fatia de 5,7%, superada por empresas como O Boticário e L’Oréal.

O analista da Euromonitor Guilherme Machado explicou que a Avon perdeu espaço pelas mudanças de mercado e pelo aumento da competição.

"Com o avanço do varejo nas cidades médias, a capilaridade antes exclusivamente alcançada pelas consultoras de vendas diretas foi uma vantagem competitiva que perdeu sua força", disse.

Sheri reforçou que as mudanças já começaram e que a empresa voltou a ganhar espaço no País em março - cerca de 1 ponto porcentual, segundo dados da Nielsen. "Nós acreditamos realmente que a Avon está em um momento de virada."

Quatro analistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo consideram acertada a decisão da empresa de investir no Brasil, mesmo em tempos de crise, ressaltando que há oportunidades de longo prazo no segmento.

Alguns, como Powers, do UBS, até acharam os planos da Avon tímidos por aqui. "Quando você olha o quanto a competição cresceu no Brasil e o quanto a Avon ficou para trás, não estou convencido de que será suficiente."

Redes sociais

Enquanto sua maior rival no Brasil, a Natura, inicia a expansão no varejo, a Avon seguirá com foco nas vendas diretas, estratégia usada desde sua fundação, há 130 anos. No seu plano de reestruturação, a Avon quer transformar o "porta a porta" em uma venda digital.

"Eu sei que falar em vendas diretas parece antiquado. Mas eu realmente acho que depende de como você pensa nisso", afirmou a presidente mundial da Avon, Sheri McCoy.

"Sempre foi um ‘social commerce’ e existe uma grande oportunidade de usar a tecnologia para criar um porta a porta contemporâneo."

A Avon vai investir em tecnologias para ajudar as consultoras a vender. A empresa está criando um arsenal de marketing específico para elas compartilharem no Facebook, Instagram ou Whatsapp.

No próximo trimestre, a Avon vai lançar no Brasil um novo sistema para as consultoras, que vai facilitar a integração do conteúdo da Avon com o celular delas.

Na Turquia, as consultoras já tem um aplicativo, batizado de "espelho mágico", que simula como fica a maquiagem na foto da cliente. Esse app virá para o Brasil e vai ajudar as consultoras a vender, disse Sheri.

A Avon também vai recorrer à ciência. "Temos 200 cientistas na área de desenvolvimento de produtos e 600 patentes, mas nunca usamos isso no marketing", afirmou a vice-presidente de marketing da Avon, Marise Barroso.

Resultados de testes cegos com consumidor e detalhes sobre inovação vão entrar no catálogo e nas campanhas para a televisão.

Lojas

Questionada se a empresa poderá seguir o caminho da Natura e abrir lojas próprias, Sheri refutou a ideia. "Eu olhei as lojas e me pareceu que é mais um espaço para experiência de marca do que para trazer volume de vendas", disse.

Ela insiste que recomendação de amigos é o principal fator de escolha de um produto de beleza e que a venda direta dá esse "toque pessoal" às vendas. "Não seria possível se nossas 6 milhões de consultoras estivessem em uma loja de departamentos."

Para o consultor Maximiliano Bavaresco, sócio-fundador da Sonne Branding, a Avon está certa em apostar no avanço das vendas diretas nas redes sociais.

"É uma nova frente. Mas só a venda direta não atende todas as consumidoras. O mercado é multicanal", disse. Ele lembrou que concorrentes como O Boticário, Natura e L’Oréal vendem em diferentes canais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Marina Gazzoni, do Estadão Leia mais em Exame 27/06/2016