16 maio 2016

Novo governo pode destravar mercado de IPOs

Uma melhora das expectativas do mercado resultante de uma gestão macroeconômica mais saudável pelo governo federal pode permitir uma retomada das ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) no Brasil ainda este ano, afirmou ontem o presidente executivo da BM&FBovespa, Edemir Pinto. “O Brasil pode começar um grande círculo virtuoso para a economia.” OdiretorfinanceiroedeRelações com Investidores da empresa, Daniel Sonder, afirmou também que a BM&FBovespa pode ter fortes receitas no segmento de ações nos próximos trimestres com uma eventual recuperação da economia brasileira.

“Se houver uma recuperação do valor das ações e manutenção de giro alto, podemos ter bom resultado nessa área”, disse Sonder.

No primeiro trimestre, as receitas da companhia no segmento Bovespa somaram R$ 224,1 milhões, alta de 2,8% sobre um ano antes, movimento patrocinado pela combinação de alta das ações com maior volume negociado.

De janeiro a março, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, subiu 15,5%. Além disso, o volume de negócios totalizou 85,8% da capitalização total das ações. Um ano antes, esse índice tinha sido de 71,8%.

A BM&FBovespa anunciou na quinta-feira à noite que teve lucro líquido de R$ 339,5 milhões no período, alta de 21% ante um ano antes, impulsionado pela expansão no volume de negócios por volta de março.

Estrangeiros. O novo governo terá desafios, mas pode conseguir melhorar o ambiente de negócios no Brasil, que vem sendo afetado pela incerteza política e uma das maiores recessões da história, segundo investidores e analistas nos Estados Unidos consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Bancos americanos, como o Bank of America Merrill Lynch e o Morgan Stanley, já melhoram as previsões para a economia brasileira por conta do novo governo e das medidas já anunciadas ontem. A equipe econômica, encabeçada pelo ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também vem recebendo elogios em Wall Street.

A caminhada para o final do processo de impeachment deve reduzir o grau de incerteza no Brasil, o que abre espaço para o setor privado começar a fazer planos para o futuro, avalia o estrategista do banco Wells Fargo, Peter Donisanu. “Uma mudança na liderança no Brasil é um desdobramento positivo para o País, desde que a melhora esperada na confiança do setor privado se reflita em ampliação dos investimentos”, completa o analista do Wells Fargo,terceiro maior banco dos EUA.

Uma redução na forte intervenção do governo na economia, que foi a marca do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, é esperada em um governo Temer, avalia o gestor da Janus Capital, Dan Raghoonundon. “Este movimento pode ajudar a reduzir o clima de incerteza entre os investidores e melhorar a confiança”, disse ele. Se o peemedebista conseguir colocar em prática as medidas esperadas, o Brasil pode voltar a crescer em 2017.- O Estado de S.Paulo - Leia mais em portal.newsnet  14/05/2016 

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