28 março 2016

Empresário chinês é o rei das aquisições estrangeiras

Desde 2010, Ren Jianxin já investiu US$ 63,9 bi em ativos estrangeiros

Ren Jianxin, presidente da ChemChina (China National Chemical Corporation), fala durante a
conferência de imprensa anual da empresa agroquímica Syngenta na Basileia, Suíça

O magnata que está oferecendo US$ 43 bilhões pela empresa suíça de agroquímicos Syngenta mantém um perfil discreto, mas é o líder de aquisições maos agressivo da China. Ren Jianxin, presidente da estatal ChemChina, é o homem que está por trás da maioria das aquisições chinesas de ativos estrangeiros, desde a empresa de pneus italiana Pirelli à empresa química norueguesa Elkem, passando
pela KraussMaffei, empresa alemã dedicada à fabricação de máquinas.

Desde 2010, já investiu US$ 63,9 bilhões em ativos estrangeiros, 60% a mais que o segundo maior comprador da China, segundo a Dealogic, empresa de dados financeiros. É uma façanha incomum, mas isso porque Ren é uma pessoa incomum.

Um empresário que ergueu seu império mediante a aquisição de mais de 100 empresas estatais.

A ChemChina, conhecida também como China National Chemical Corp., já é uma das maiores empresas do país, com ingressos de US$ 45 bilhões em 2015. Seus 140 mil funcionários incluem a 48 mil pessoas em 140 países.

As aquisições refletem o apetite das jovens empresas chinesas pela tecnologia e marcas estrangeiras. algumas desejam ser mais competitivas a nível nacional.
Outras desejam entrar nos mercados internacionais mais competitivos á medida que a economia chinesa tropeça. As aquisições da China incluem a montadora sueca Volvo, a empresa de turismo francesa Club Méd e a rede de salas de cinema americana AMC.

Ren, de 58 anos, começou fundando uma empresa fabricante de solventes, a Bluestar Co., com sete empregados em 1984, em Lanzhou, no noroeste da China, longe da região mais industrializada do país. No site da Pirelli, é identificado como ''pioneiro da indústria chinesa da limpeza''.

Diferente de outros líderes da indústria que fizeram sua trajetória como burocratas estatais, Ren pode usar sua experiência no setor privado para conversar com executivos estrangeiros, diz André Loesekrug-Pietri, presidente de 'A Capital', um fundo de capitais privados em Pequim. Ele acrescenta que Ren também recrutou vários executivos ocidentais, o que lhe trouxe o conhecimento da cultura corporativa internacional.

Em uma coletiva de imprensa com o presidente da Syngenta, em fevereiro, Ren ''parecia um banqueiro investidor, falou com os repórtes, e isso é algo que faz a diferença'', disse Loesekrug-Pietri, acrescentando: " Eles se dão conta que hoje em dia o dinheiro são não compra seguidores. O mais
importante é a maneira como apresenta sua estratégia''  Fonte: O Globo Leia mais em sinicon 28/03/2016

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