A operação faz parte do plano de desinvestimentos da mineradora para enfrentar o período de minério barato. Além dos Valemax, a empresa tem cinco outros ativos em negociação, com as quais espera levantar entre US$ 4 bilhões e US$ 5,5 bilhões.
Em apresentação para investidores em Londres, Siani informou que a maior parte deve ser concluída no primeiro semestre do ano que vem -a exceção é a venda de parte da divisão de fertilizantes-, o que vai garantir um alívio financeiro para a companhia brasileira até o fim do ano que vem.
"A situação em 2016 está resolvida com a venda de ativos. O cenário que devemos nos preocupar é a persistência dos preços baixos para além do ano que vem", comentou o executivo.
A Vale já vendeu oito navios Valemax -tipo de embarcação desenvolvida pela própria companhia para reduzir os custos de transporte do minério de ferro até a China, principal mercado da companhia brasileira.
Nesse tipo de operação, a companhia se compromete a alugar as embarcações dos compradores. Segundo Siani, a venda dos 11 restantes depende apenas de um acerto sobre o valor do frete.
Nesta sexta-feira, o preço da tonelada do minério de ferro chegou a US$ 39,40, o menor valor desde que a cotação da matéria-prima passou a ser negociada no mercado à vista, e não mais em acordos anuais de preços. O fim das tratativas anuais aconteceu em 2009. Em 2008, a tonelada era negociada a US$ 60.
O recuo dos preços é um reflexo da menor demanda chinesa (o maior importador mundial da commodity) e é um desafio para mineradoras como a Vale, BHP Billiton, Rio Tinto e Anglo American, que tentam manter seus lucros nesse cenário. Folhapress Leia mais em jornaldocomercio 04/12/2015
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