Agora que recuperou o grau de investimento e conseguiu estruturar sua base financeira, a Fibria pode estudar possíveis aquisições ao mesmo tempo em que dá continuidade às obras de expansão de sua fábrica, afirmou ontem o presidente Marcelo Castelli.
"Estamos abertos e vamos avaliar todas as oportunidades que surgirem, tanto de crescimento orgânico como de fusões e aquisições", disse o executivo a jornalistas.
De um lado, a companhia revelou que reduziu o investimento total em dólares previsto para o projeto de ampliação da sua planta em Três Lagoas (MS). Dos US$ 2,5 bilhões previstos anteriormente, a estimativa foi revisada para US$ 2,2 bilhões. Transformado em reais, entretanto, o investimento foi de R$ 7,7 bilhões para R$ 8,7 bilhões, devido à desvalorização da moeda brasileira desde que o empreendimento foi lançado.
Do total, R$ 1,6 bilhão serão arrecadados com um empréstimo junto a um sindicato de bancos no exterior, R$ 675 milhões com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), R$ 1,7 bilhão virá do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 1 bilhão do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e R$ 1,2 bilhão da agência de crédito de exportação da Finlândia.
Os R$ 2,6 bilhões restantes serão pagos com capital próprio da empresa, por meio do caixa liberado em um processo de postergação de pagamentos. A ideia é fazer uma espécie de compra a crédito da celulose negociada com a Klabin para o próximo ano e dos contratos de fretes marítimos, de forma que os recursos liberados possam ser investidos no projeto e o dinheiro obtido na operação de venda de celulose vá para outros fins, incluídos aí o pagamento de dividendos ao acionista e a possível aquisição de outras empresas.
A Fibria celebra ainda a elevação de sua nota de crédito avaliada pela agência de classificação de riscos Moody's, na terça-feira (03). A empresa recebeu rating de emissor Baa3 em nível global, com perspectiva estável, e, dessa forma, obteve o chamado grau de investimento na avaliação das três maiores classificadoras. DCI Leia mais em newsnet 05/11/2015
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