"Compramos o acervo técnico da companhia, alguns equipamentos e outros ativos, além de termos ficado com o passivo da Delta, num total de R$ 400 milhões", afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, por telefone o espanhol Juan Carlos Orge, presidente da empresa.
A marca da Delta, que foi envolvida em escândalos de corrupção, permanecerá nas mãos de Cavendish, controlador original. Após a assinatura do acordo, o que deve ocorrer nos próximos dias, a Allianza irá assumir 2.500 funcionários da Delta.
O principal credor bancário é o banco Bradesco. Outras instituições financeiras que têm crédito com a companhia são HSBC, Banco do Brasil, entre outros. "Também assumimos as dívidas com fornecedores". No pacote negociado com a Delta, entrou a Técnica Construções, empresa subsidiária constituída em 2013 a partir do plano de recuperação judicial da Delta.
Também foi acertado no acordo que a nova empresa terá de concluir sete obras que a Delta e a Técnica ainda possuem pelo Brasil. Entre elas, um centro de processamento de dados da Caixa em Brasília, a manutenção de uma rodovia em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e uma obra de saneamento em Goiás.
A Essentium, que atua em 25 países, buscava uma operação já constituída para começar as atividades no País. Em nota, a empresa chama o mercado de infraestrutura brasileiro de "promissor". "O Brasil tem um potencial gigantesco na área da infraestrutura", disse Orge.
A meta é alcançar faturamento de R$ 1 bilhão em até dois anos, de acordo com o executivo. "Com a compra, queremos disputar licitações". O objetivo é buscar negócios em todo o Brasil. A sede da nova empresa será no centro do Rio.
Empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta foi alvo em 2012 de denúncias da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que revelou ligações entre diretores da construtora e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Estadao Leia mais em Yahoo 0/06/2015
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