19 junho 2014

Razões para fusão e aquisição de empresas

Este artigo aborda as razões que puxam fusões e aquisições no mercado brasileiro, bem como apresenta uma visão sobre as dificuldades e as saídas estratégicas para empresas que buscam mercado.

Inúmeros são os motivos que mobilizam transações de fusão e aquisição de empresas no Brasil e no mundo. A competitividade entre investidores internacionais e nacionais, aliado ao crescimento das consultorias que prestam assessoria para essas transações também impulsionam a movimentação dos investidores. De acordo com a PwC (PricewaterhouseCoopers), entre janeiro e outubro deste ano, a origem dos investimentos M&A no país se deram através de investidores nacionais (57%), totalizando 338 aquisições, demonstrando um recuo dos estrangeiros que representaram 257 dos negócios anunciados.

O segmento de serviços auxiliares (setores de consultoria, administração e participação, marketing e propaganda) esteve em primeiro lugar, e representou 15% das operações, com 102 negócios no período. Em segundo lugar temos TI, que teve uma leve desaceleração das atividades no segundo semestre com 11% do mercado (74 transações).

Nas avaliações da PwC, a modalidade de compra de participações majoritárias representou a maioria das transações e totalizou 367 negociações, o que sinaliza uma necessidade de controle dos investidores num ambiente de negócios complexo. O Brasil continua em 116ª posição no ranking do Banco Mundial sobre a facilidade em fazer negócios. Por outro lado, a modalidade de investimentos em participações minoritárias somou 228 negócios para o período em 2013. Alguns dos principais aspectos que impulsionam tais interesses nesse tipo de transição são os realinhamentos estratégicos das atividades da empresa, o financiamento do crescimento via eventualmente aquisição. Pode-se vislumbrar a expansão, diversificação de produtos ou mesmo incorporar outros similares. Também vale a pena destacar o fato que a maioria das operações de M&A vem de empresas nacionais (302 operações), apesar se ter um número muito relevante de operações originadas por empresas internacionais (232 operações).

A busca por uma maior eficiência, competitividade e aumento do lucro é a grande motivação das organizações nesta década, principalmente, com a internacionalização das corporações. Além das fusões que estrategicamente vislumbraram uma combinação de recursos complementares que acabam resultando na redução de custos, otimização de recursos e a unificação de produtos, há outras que procederam na união de empresas de diferentes setores. Esse último aspecto é uma importante tática que impacta diretamente no crescimento da companhia em relação, por exemplo, ao acesso de novas tecnologias (Know-How) que acabam impulsionando o crescimento da nova empresa. É uma jogada inteligente para quem já percebeu que a terceirização de serviços não foi rentável ao negócio e a solução foi buscar alianças através de um processo de joint venture.

A união pode ser operacionalizada justamente via joint venture, que representa ainda um número baixo se comparado à compra de participação maioritária e minoritária, elas já somam 31 transações (4,7% do total), na frente das fusões com 3,5%, das incorporações com 2%, e cisões com 0,3%, segundo PwC. Em relação às empresas que se unem, o resultado disso pode vir a constituir apenas uma associação ou a criação de uma nova companhia, porém continuam independentes juridicamente. A aliança formada compete a partilha da gestão, dos lucros, os riscos e os prejuízos. Dentre os casos de joint venture no Brasil, temos o exemplo da BRF - Brasil Foods, do ramo de produtos alimentícios, que no ano de 2012 associou-se à empresa chinesa DCH - Dah Chong Hong Holdings Limited. Com objetivo bem definido, a BRF entra no mercado chinês e expande a marca Sadia na China.

Mas para alguns empresários essas estratégias podem ainda estar longe da realidade da empresa, principalmente para quem tem dificuldades no giro de caixa ou na gestão como um todo. É hora de “arrumar a casa”, organizar a gestão para receber investimentos ou unir forças. Por mais negativo que seja esse cenário, ainda assim é promissor quando os sócios percebem que há soluções para a crise. E em se tratando de investidores e formatos de negócios, é importante por a casa em ordem para que ela seja vista de maneira positiva aos olhos dos investidores e volte a lucrar.

De fato, uma das grandes dificuldades ao desenvolvermos uma gestão interina em empresas é a questão societária, a divisão de pensamentos e ideais em comum. Quer seja o interesse, ou busca de investidores ou venda, é ideal estar alinhado e com foco nessa situação para evitar problemas de discordância no futuro. Não há gestor que não deseje lucro, por isso, a confiança é o primeiro passo na conquista dos objetivos. Além disso, se você deseja vender sua empresa é importante ter velocidade, escolher o momento da empresa e entender o momento do mercado, além de preparar a empresa para esse momento. Vincent Baron  Leia mais em administradores 18/06/2014

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