Dados da consultoria apontam que apenas 33% de todas as operações de F&A geram valor.
Através da análise de operações de fusões e aquisições realizadas em todo o mundo, a KPMG identificou os dez principais obstáculos que as empresas devem ultrapassar para poder gerar valor na transação. “Podemos dizer que existem três grandes áreas que, se não bem trabalhadas, podem fazer com que a transação não tenha uma integração satisfatória: foco insuficiente na captura de sinergias, quebra no processo entre a negociação da transação e a integração e subestimação dos esforços necessários para uma boa integração”, destaca a sócia Ina Kjaer, líder da área de Integração e Separação da KPMG no Brasil e líder também do Centro Global de Excelência em Integração e Separação da KPMG.
De acordo com o levantamento, as dez barreiras estão divididas nestas três grandes áreas. Má qualidade de análise de sinergias durante a avaliação da fusão/aquisição, análise insuficiente das sinergias no início dos projetos de integração, perda de oportunidades de identificar novas iniciativas de geração de valor e falta de tracking das sinergias fazem parte do foco insuficiente na captura de sinergias.
Já quando se fala em quebra no processo entre a concretização do negócio e a integração, podemos identificar como barreiras equipes de novos negócios e integração que não atuam lado a lado; perda do elo entre a estratégia do negócio e a implementação operacional; e falta de uma visão ampla da nova empresa que está sendo criada pela aquisição/fusão..
O terceiro item engloba pouco foco nos problemas relativos às diferenças culturais das empresas; integração não focada na estratégia inicial de compra do negócio; e avaliação muito otimista de esforço, custo e prazos para a implementação da integração. “As incompatibilidades culturais podem ser uma ameaça a qualquer transação. Em nosso levantamento e através da nossa experiência, podemos perceber que apenas 33% de todas as transações de fusão ou aquisição geram valor. A cultura das empresas define suas normas comportamentais, como elas operam, enxergam os riscos, julgam valores e se comunicam com os clientes e mercado. Sem um alinhamento básico dessas questões, o fato de nenhum valor estar sendo entregue com a operação não é nada surpreendente”, afirma Ina.
De acordo com a executiva, três ações podem ajudar a garantir a entrega de valor em transações nacionais e, principalmente, internacionais: “avaliação cultural para identificar e mitigar riscos culturais imediatos; análise do potencial impacto destas questões sobre os profissionais; usar estas diferenças como fatores para agregar valor à transação”, conclui a executiva.
Perfil - A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 155 países, com mais de 155.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. As firmas-membro da rede KPMG são independentes entre si e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Cada firma-membro é uma entidade legal independente e separada e descreve-se como tal.
No Brasil, a organização conta com 4.000 profissionais distribuídos em 13 Estados e Distrito Federal, 22 cidades e escritórios situados em São Paulo (sede), Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Londrina, Manaus, Osasco, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Carlos, São José dos Campos e Uberlândia. Leia mais em revistafatorbrasil 29/03/2014
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