14 dezembro 2013

Stefanini mira mais negócios no exterior e mantém cautela com IPO

Uma das poucas prestadoras de serviços de TI com capital 100% nacional, a Stefanini aproveitou 2013 para reestruturar as operações internas e centralizar suas investidas na internacionalização da companhia. Ainda assim, revelou o CEO do grupo, Marco Stefanini, a empresa registrou um crescimento de 11% e uma receita de R$ 2 bilhões. Investimentos previstos para 2014 são de R$ 400 milhões.

 "2013 foi um ano díficil. As coisas não aconteceram no ritmo esperado por conta da economia e do próprio setor de Tecnologia. Ficamos um pouco abaixo da meta - 15% - mas temos que registrar que enfrentamos muito bem as dificuldades. 2014 não será diferente, até em função dos eventos que teremos no Brasil (Copa do Mundo e Eleições). Mas temos que pensar: esses eventos acontecem de quatro em quatro anos. A economia segue girando", frisou Stefanini, em encontro com a imprensa nesta sexta-feira, 13/12.

A internacionalização da empresa segue a passos firmes. E no primeiro semestre de 2014, a prestadora de serviços de TI terá um Centro de Inovação fora do Brasil. O local já foi escolhido, mas não foi revelado.

"Temos um centro de Inovação no Brasil onde estamos trabalhando com projetos como o uso de voz nas URAs. Não é um centro de P&D. É de inovação. E precisamos ter esse olhar de fora", ressaltou Stefanini. Sobre a estratégia de levar empresas de TI para fora do Brasil - conduzida pela Brasscom - o CEO da Stefanini disse que, infelizmente, não produziu os resultados esperados. "Temos cada vez menos empresas nacionais e de porte. Houve venda de controle - e não estou criticando quem vendeu - e, com isso, não há tantas empresas assim para conquistar lugar fora daqui", frisou.

Instigado a falar sobre abertura de capital, já que outras empresas de TI o fizeram em 2013, como a Linx, Stefanini foi taxativo. "Estamos estudando, mas não tenho planos imediatos. Quem fez IPO esse ano tem um tamanho muito menor do que o nosso". Este ano, acrescentou o executivo, os negócios fora do país já representaram de 35% a 40% da receita, mas o plano é de alcançar 50%/50%. "Somos uma empresa global e assim queremos ser reconhecidos", sintetizou.

No Brasil, a Stefanini definiu cloud, mobilidade, big data e social business como pilares de novos negócios. A principal vertical da operação no país é a de finanças (30% da receita), seguida por manufatura (20%) e telecomunicações (10%). Saúde e varejo, apesar de não terem ainda grande representatividade na receita da empresa, são segmentos onde os negócios têm crescido.

Nos negócios tradicionais, a Orbitall, empresa de meio de pagamento comprada em 2012, fechou com a IBM e terá um novo data center em 2014 para suportar as operações. "Estamos nos preparando para ter uma plataforma para atender aos bancos no pagamento móvel, que certamente vai crescer ao longo do próximo ano", destacou Marcos Monteiro, CEO da companhia. Por Ana Paula Lobo
Fonte: Convergência Digital 13/12/2013


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