Números mostram nova bolha apenas 5 anos depois do estouro da crise de 2008
Em 2013, as empresas dos Estados Unidos captaram US$ 51 bilhões com ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo dados da Dealogic. É a maior soma desde 2000, quando foram capturados US$ 63 bilhões. No entanto, aquele foi o ano em que as bolhas de tecnologia e de IPOs estouraram.
Por isso, a euforia com a oferta inicial de ações de US$ 2,1 bilhões do Twitter não iludiu analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Eles se preocupam com o recente aumento de emissões de dívida e ações , que aumenta os riscos no mercado financeiro .
"Quando as novas emissões se tornam tão gigantes como nos níveis atuais, pode significar que os mercados estão superaquecendo e se preparando para inverter alguns ganhos."
As ofertas secundárias foram ainda maiores que as iniciais, com o total captado ultrapassando US$ 155 bilhões este ano. É o maior montante dos primeiros dez meses (e alguns dias) de qualquer ano desde que a Dealogic começou a monitorar essas emissões, em 1995.
Já as captações de títulos de dívida corporativa nos Estados Unidos ultrapassaram US$ 911 bilhões, também recorde para o período. O índice S&P de 500 ações acumula alta de 28% em apenas 52 semanas: "As emissões de títulos de dívida por empresas de países em desenvolvimento superaram US$ 802 bilhões, pouco abaixo dos US$ 819 bilhões registrados no mesmo período do ano passado, que foi recorde."
Na opinião do economista Rogério Studart, do Banco Mundial (Bird), toda a estratégia do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) esteve centrada no curto prazo. Com isso, não alterou as causas estruturais da crise financeira: "Todo o risco que se queria evitar ficou maior e a capacidade de regulação das autoridades norte-americanas é menor", aponta.
Autor: Vinculado ao monitormercantil.informatica
Fonte: ecofinancas 11/11/2013
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