31 outubro 2013

China Construction Bank fecha compra de 72% do BICBANCO

Banco chinês deverá pagar 1,62 bilhão de reais, segundo fato relevante

 O BICBANCO, instituição financeira voltada ao segmento de pequenas e médias empresas, anunciou nesta quinta-feira a venda de seu controle para o China Construction Bank (CCB) por 1,62 bilhão de reais.

 O CBB, segundo maior banco comercial da China, vai adquirir ações representativas de 72 por cento do capital total do Bicbbanco nas mãos da família Bezerra de Menezes, ao preço de 8,9017 reais por papel preferencial ou ordinário, de acordo com fato relevante da instituição brasileira.

 "A operação irá demarcar, para o CCB, o início das suas operações diretas no Brasil. Prevê-se que (o BICBANCO) continue a operar como banco comercial, com foco no segmento de mercado de médio porte", segundo o documento.

 O preço a ser pago aos controladores --que pode sofrer ajuste para cima ou para baixo-- representa um prêmio de 18,7 por cento sobre o valor de fechamento das ações preferenciais do BicBanco na bolsa paulista nesta quinta. Os papéis dessa classe fecharam o dia valendo 7,50 reais, com valorização de 1,35 por cento na sessão.

 O CCB enviará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em até 30 dias um pedido de Oferta Pública de Aquisição (OPA) para os papéis do BICBANCO detidos por minoritários. O fato relevante não traz informações sobre o valor por ação que será oferecido para a OPA que terá por objetivo fechar o capital do banco brasileiro.

 A transferência do controle do BICBANCO ao CCB ainda depende de aprovação do Banco Central do Brasil, da promulgação de um Decreto Presidencial, das autoridades regulatórias chinesas competentes e das autoridades bancárias das ilhas Cayman, informou o BICBANCO.

 O BICBANCO encerrou junho, dado mais recente disponível, com operações de crédito acrescidas por avais e fianças totalizando 13,6 bilhões de reais, queda de 4,4 por cento ante março e leve alta de 1,4 por cento em 12 meses.

 O lucro líquido contábil do BICBANCO no segundo trimestre foi de 14,6 milhões de reais, bastante inferior aos 96,5 milhões de reais um ano antes. Por Natalia Gómez, da Reuters
Fonte: exame 31/10/2013


Eneva é a nova dona da OGX Maranhão

No mesmo dia em que a OGX entrou com um pedido de recuperação judicial, a petroleira também fechou a venda de um de seus projetos mais bem-sucedidos, a OGX Maranhão que explora gás no estado nordestino. A Eneva, do grupo alemão E.ON acertou ontem a aquisição de 66,6% da empresa por R$ 200 milhões e a assunção de uma dívida de R$ 600 milhões com os bancos.

Segundo uma fonte próxima ao negócio, era uma tentativa de salvar a operação maranhense uma das mais bem sucedidas do grupo - e levantar o dinheiro necessário para garantir a recuperação judicial da petroleira. Quando a operação for aprovada pelos órgãos reguladores, a ideia da OGX é usar os recursos para continuar a exploração do campo de Tubarão Martelo. Mas caso a Justiça carioca aceite o pedido de recuperação judicial da empresa, esta poderá ser uma decisão a ser tomada pelo administrador que for indicado pela Justiça. Os recursos, entretanto, podem ser fundamentais para recuperar de fato a empresa e dar esperanças aos credores da OGX.

 A negociação durou três meses e o interesse do grupo alemão tem razão de ser. Desde janeiro de 2012, a E.ON é acionista da antiga MPX - empresa de energia do grupo de Eike. Em março deste ano, eles elevaram a fatia na empresa brasileira e assumiram, de fato, o controle, mudando inclusive o nome da companhia para Eneva.

 O interesse na empresa de gás está no fato de que ela é a maior fornecedora do insumo para as usinas termelétricas da MPX que operam no Estado. O modelo de negócios vencedor em leilão de energia só foi possível pela combinação das duas atividades, então fazia todo sentido que a E.ON que aumentou sua participação na MPX se o mesmo na OGX Maranhão, que produz o gás.

 Como já era sócio da MPX antes mesmo de virar controlador, o grupo alemão já detinha um terço da OGX Maranhão, Agora, pelos termos do acordo para assumir integralmente a empresa, a Eneva vai assumir todo o passivo com os bancos Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander. Em janeiro do ano passado, as três instituições fizeram um empréstimo ponte, realizado em parcelas idênticas, no valor total de R$ 600 milhões para financiar o desenvolvimento dos campos de Gavião Real e Gavião Azul, na bacia do Parnaíba.

 A OGX Maranhão é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), que tem como sócias, desde o início, a OGX (66,6%) e a MPX(33,3%), hoje Eneva. A empresa detém sete blocos de exploração de gás na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, que ocupam uma área de 21 mil metros quadrados. "Se a venda não se concretizasse, a recuperação judicial da OGX poderia afetar o fornecimento de gás para as usinas", diz uma fonte próxima às negociações. "E, por outro lado, sem esse dinheiro, a OGX quebraria sem conseguir entrar no processo de recuperação."

 Operação
A OGX Maranhão detém sete blocos de exploração de gás natural na Bacãa do Parnaíba, no Maranhão. Esses blocos ocupam uma área de 21 mil metros quadrados.Josette Goulart Naiama Oscar | O Estado de S. Paulo
 Fonte: clippingmp 31/10/2013


Citrix investe em empresa brasileira de big data

WebRadar também recebeu por um segundo aporte da Intel Capital

 A provedora brasileira de soluções de big data WebRadar é a primeira empresa da América Latina a receber aporte da Citrix. O movimento faz parte da estratégia da fabricante de tecnologias de virtualização para aproveitar o momento do emergente conceito de análise de grandes volumes de dados.

 A companhia nacional fundada em 2008 atua com ofertas baseadas em tecnologias de software operando em nuvem e com foco nos mercados de telecom, logística e energia. Sua oferta possui recursos de geolocalização, mineração de dados e redes neurais. Com clientes em 10 países tem 60% de suas receitas vindas do mercado externo.

 A Citrix não foi a única a aplicar recursos na WebRadar. A Intel Capital, que já havia investido na empresa no início do ano, realizou uma segunda rodada de aporte.

 “Ambas operações demonstram o interesse por este segmento de mercado e seu potencial de crescimento”, diz um comunicado, enviado pela provedora, sinalizando que o dinheiro garantirá seu plano de crescimento.

 Citrix e Intel Capital serão acionistas minoritários e não terão participação direta na administração da empresa. Contudo, a expertise das multinacionais visa a acelerar o processo de internacionalização da WebRadar na América do Norte, Europa e Ásia, além de proporcionar intercâmbio de conhecimentos na área de pesquisa e desenvolvimento.
Fonte: crn.itweb 31/10/2013
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WebRadar recebe investimento de Citrix e Intel Capital 

A WebRadar, empresa brasileira de Big Data e Operational Intelligence aplicada aos segmentos de Telecom,Transporte e Energia, acaba de anunciar o investimento de duas grandes multinacionais de tecnologia. Inédito na América Latina, o investimento da Citrix, empresa de software americana, é resultado da aposta da companhia na tecnologia de Big Data como complemento ao portfólio da Citrix. Além disso, a WebRadar conta com a segunda rodada de investimento da Intel Capital, braço de investimentos da Intel. Ambas operações demonstram o interesse por este segmento de mercado e seu potencial de crescimento, garantindo recursos financeiros necessários para esta fase do plano de crescimento da WebRadar, além de atestar o passo certeiro dado pela empresa no início do ano, quando a WebRadar foi escolhida pela Intel Capital para receber o primeiro investimento.

 Este anúncio acontece há menos de um mês após a WebRadar divulgar a aquisição da Brasil Telematics, empresa brasileira que atua no mercado de transportes, com soluções de software para medição, monitoramento e gerenciamento de frotas.

 A WebRadar oferece soluções para análise inteligente de dados baseadas em tecnologias inovadoras de software que utilizam algoritmos avançados de Geo-Localização, Data Mining e Redes Neurais, proporcionando maior eficiência operacional, melhoria da qualidade dos serviços prestados e agilidade na tomada de decisões operacionais e de negócios. Fundada em 2008, a empresa já possui clientes em mais de 10 países e 60% de sua receita atual é gerada por exportações. O investimento da Citrix e Intel Capital, como acionistas minoritários e sem participação direta na administração da empresa, visa acelerar o processo de internacionalização da WebRadar e o intercâmbio de conhecimentos na área de Pesquisa & Desenvolvimento.

 “A Citrix, com sua rede mundial de contatos no mundo da tecnologia, mostrou-se parceira ideal para a WebRadar nesse momento em que buscamos levar tecnologia inovadora para América do Norte, Europa e Ásia”, afirma Adriano da Rocha Lima, CEO da WebRadar. “Já a IntelCapital, possui um extenso histórico de atuação no mercado de tecnologia e proporcionará uma experiência diferenciada, além de agregar valor a nossa oferta e aos nossos negócios”, afirma o executivo.

 A WebRadar atua nos segmentos de Telecom, Energia e Transportes, atendendo grandes clientes como Nokia, NII, Nextel, Telefônica,Oi, Schlumberger e Luft Transportes. Atualmente, as soluções da companhia monitoram mais de 500 mil ativos de seus clientes, coletando e processando maisde 800 milhões de novas informações por hora em seus servidores.

As soluções da WebRadar coletam eletronicamente um enorme volume de dados gerados por redes celulares, por redes elétricas inteligentes (Smart Grid) e por grandes frotas de veículos. As informações são processadas por meio de algoritmos de inteligência operacional proprietários e entregues para as empresas em formatos amigáveis para que possam ser utilizadas rapidamente de de forma prática e eficiente na tomadas de decisões das empresas. As soluções de Big Data e Inteligência Operacional da WebRadar são utilizadas para aplicações como: gestão da experiência de clientes (CEM), Configuração Automática de Redes Celulares 2G,3G e 4G (SON - Self-Organized Networks), gerenciamento de performance e otimização de redes celulares e de banda larga móvel, gestão de redes elétricas inteligentes (Smart Grid) e gestão avançada de frota de veículos baseada em telemetria, entre outros.

 "O mercado de Big Data e Inteligência Operacional é um dos setores com maior potencial de crescimento dentro da indústria de tecnologia e a WebRadar é uma empresa que tem, consistentemente,entregue inovação comprovada neste mercado emergente, bem como um alto nível de satisfação do cliente.", disse Michael Cristinziano,Vice-Presidente de Desenvolvimento Estratégico da Citrix.

 A WebRadar foi a vencedora da região sudeste do Prêmio Finep de Inovação 2013, o mais importante instrumento de estímulo e reconhecimento à inovação e que oferece uma radiografia do processo de inovação do País.

 Sobre a WebRadar: A WebRadar (www.webradar.com) é uma empresa de tecnologia, de origem brasileira e com atuação multinacional, especializada em Big Data e Inteligência Operacional (Operational Intelligence). Fundada em 2008, a empresa atende os mercados deTelecomunicações, Transporte e Energia com soluções inovadoras para análise inteligente de grande volume de dados, baseadas em tecnologias avançadas de software operando na nuvem. Acompanhe mais notícias pelo facebook: www.facebook.com/webradar.

 Sobre a Intel Capital: A Intel Capital, organização de investimentos estratégicos e M&A da Intel, concentra seus investimentos em novas empresas que busquem a inovação tecnológica em todo o mundo. A Intel Capital investe em companhias diversas que ofereçam hardware, software e serviços para os segmentos empresarial, doméstico, mobilidade, saúde, Internet, mídia digital e manufatura desemicondutores. Desde 1991, a Intel Capital já investiu mais de US$ 10,8 bilhões em mais de 1.276 empresas em 54 países. Nesse período 201 empresas do portfólio tornaram-se públicas em várias bolsas de valores ao redor do mundo e 317 foram adquiridas ou participaram de fusões. Em 2012, a Intel Capital investiu US$ 352 milhões em 150 empresas, com aproximadamente 57% da verba investida fora da América do Norte. Para mais informações sobre a Intel Capitale seus diferenciais, visite www.intelcapital.com ou siga a@intelcapital.
Fonte: wradar 28/10/2013

Fundadores da Azul criam empresa de monitoramento

VIGZUL é aposta dos irmãos Neeleman para diversificar os negócios da companhia aérea

 Caminhando pelas ruas de São Paulo, Mark Neeleman, co-fundador da Azul e irmão de David Neeleman, presidente da companhia aérea, teve uma ideia. Ao observar o medo no andar das pessoas e o receio dos lojistas dentro de seus estabelecimentos, percebeu que poderia investir em um nicho: monitoramento de segurança residencial e comercial. Com isso, os irmãos levantaram a quantia de US$ 100 milhões com um fundo americano de private-equity e criaram a VIGZUL para vender proteção, especialmente para a classe C.

 Apostando em uma cadeia própria de serviços e funcionários, desde a tecnologia dos produtos até o momento da instalação e do próprio monitoramento, a VIGZUL quer se diferenciar no mercado com rapidez e preço baixo. “Liguei para um concorrente e fiquei 21 minutos na linha de espera até a minha ligação cair”, diz David. “Para evitar isso, não teremos dó de gastar dinheiro nesse primeiro momento.” 

Buscando atrair um público que não tem costume de pagar pelos serviços de segurança em sua própria casa, a companhia promete valores mensais entre R$ 89 e R$ 269 com contratos de duração de, pelo menos, dois anos e sem taxas para aquisição dos produtos, que serão locados para os contratantes. “Na classe média, os filhos estão demorando mais para sair de casa, então eles também podem contribuir com a segurança”, afirma Mark, agora diretor de marketing da VIGZUL.

 Apesar do nome lembrar a empresa do setor aeroviário, elas não terão uma ligação direta. “São companhias diferentes”, afirma David. “Mas será muito mais fácil entrar na casa das pessoas explicando que se trata de uma empresa com o mesmo DNA.”

 E, de fato, o sangue e as raízes mórmons dos Neeleman estarão presentes na VIGZUL. Tendo o porta a porta como estratégia principal na prospecção de novos clientes, os irmãos e o presidente da companhia, Paulo Amorim, contratarão jovens com experiências missionárias para a abordagem. “São pessoas que se apresentam muito bem e sem medo de receber um não”, diz David.

 Com cerca de cem funcionários até o momento, os trabalhos da VIGZUL se iniciam na região metropolitana da cidade de Campinas, no interior de São Paulo. O objetivo é conquistar 12 mil clientes até o fim de 2014 e iniciar a expansão para municípios vizinhos, como Jundiaí e Sorocaba. “Queremos chegar em São Paulo até 2020”, afirma Mark. “Antes, apostaremos em capitais menos populosas, como Curitiba, que possui um ótimo mercado.”

 Azul quer abrir capital no início de 2014

 Após a coletiva do lançamento da empresa de monitoramento, David não se esquivou das perguntas sobre a companhia aérea, que já é a terceira maior no setor. Estimando fechar o ano com um faturamento de R$ 5 bilhões, o presidente da Azul reiterou os planos de IPO na Bolsa de Valores de São Paulo e que espera uma nova posição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que negou o registro de empresa aberta no último dia 16. “Veremos as oportunidades do mercado no primeiro semestre”, disse David, que aguarda a resolução dos problemas com a CVM em trinta dias. “Já temos aprovação da bolsa de Nova York, mas queremos abrir capital lá e aqui.”

 Questionado se era um bom momento para a ação tendo em vista a crise no setor aéreo, Neeleman diz que os resultados da empresa são bons o suficiente para isso. “Você não abre capital se não está ganhando dinheiro”, afirmou. Por André JANKAVSKI
Fonte: istoedinheiro 30/out/2013

Após Rhodia, Solvay busca novas aquisições

Concluída a integração dos negócios da Rhodia, em operação que deu origem a um novo gigante global da área química, o grupo belga Solvay segue com apetite por crescimento, seja pela via orgânica, seja a partir de novas aquisições ou ainda por meio de investimento pesado em inovação. Com vendas líquidas de € 12,4 bilhões no ano passado, o grupo quer ganhar musculatura nas áreas em que pode estar entre os melhores, ao mesmo tempo em que pretende se desfazer de operações com rentabilidade menor do que o desejado.

 "Estamos saindo de negócios em que outras companhias podem fazer melhor do que a Solvay e ampliando presença em áreas onde somos ou podemos ser mais fortes", disse ao Valor Gilles Auffret, membro do comitê executivo do grupo e ex-executivo-chefe de operações da Rhodia.

 Dentro dessa estratégia, no começo do mês, o grupo anunciou a compra da americana Chemlogics, fornecedora de produtos químicos usados na indústria de óleo e gás, por US$ 1,3 bilhão, o que permitirá à Solvay dobrar o tamanho de suas operações nessa área. Antes disso, colocou à venda a Solvay Indupa, produtora de PVC no Brasil e na Argentina, e anunciou planos de constituição joint venture com a Ineos, na Europa, que vai absorver os ativos de produção da mesma resina naquela região.

 A transformação do grupo belga teve início há quatro anos, com a venda da área farmacêutica para a concorrente americana Abbott por € 4,5 bilhões (cerca de US$ 6,2 bilhões à época), pagos em dinheiro. Com recursos, iniciou a busca por uma "grande aquisição" na área química e decidiu, então, pela Rhodia, "porque os negócios eram complementares, inclusive geograficamente", segundo Auffret. Com valor de € 3,4 bilhões (US$ 4,8 bilhões), a operação foi anunciada em abril de 2011 e garantiu à Solvay presença relevante no Brasil na região Ásia-Pacífico.

 Até janeiro deste ano, contou o executivo, os esforços do grupo estiveram voltados à integração da Rhodia, concluída oficialmente naquele mês - Auffret, que acompanhou todo o processo, deve anunciar sua aposentadoria nos próximos dias, apurou o Valor. A partir daí, o foco passou à revisão do portfólio do grupo, que, entre outras consequências, se refletiu na decisão de sair do negócio de PVC. 

Especificamente no Brasil, o uso de biomassa como matéria-prima para produtos químicos e para geração de energia entrou no radar do conglomerado, disse Auffret. Contudo, negócios tradicionais, como têxtil e plásticos de engenharia, em que a Rhodia tem participação relevante de mercado, permanecem sólidos no portfólio. "Vamos permanecer onde podemos competir", reiterou.

 Nos últimos seis anos, os investimentos do grupo no país somaram US$ 360 milhões - média de US$ 60 milhões por ano. Esse ritmo, conforme Auffret, será mantido nos próximos anos. "A Rhodia está presente no Brasil há 94 anos e podemos dizer que é quase uma empresa franco-brasileira. Estamos otimistas com o futuro."

 Em agosto, a GranBio, controlada pela Gran Investimentos, holding da família Gradin, e a Rhodia anunciaram um acordo para a produção, no país, de um bioquímico obtido a partir de fontes renováveis, o bio n-butanol, com aplicação na indústria de tintas e solventes. "O projeto ainda está em estudo, mas poderá entrar em operação em 2015", contou. Ainda nessa área, a Rhodia já investiu entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões em um projeto de biomassa no município paulista de Brotas.

 De acordo com o presidente da Solvay para a América Latina, Osni de Lima, a região representou 10% das receitas do grupo no ano passado - considerando-se a Solvay Indupa, essa participação seria de 14%. Neste ano, a expectativa é que os negócios sejam melhores que os de 2012, porém sem alcançar o que era esperado originalmente.

 Para o executivo, um dos principais desafios da indústria química no país é o déficit comercial, que deve encerrar o ano em US$ 33 bilhões, um recorde. "Essa é uma grande dificuldade da indústria, embora a Solvay ainda tenha saldo comercial positivo, de aproximadamente US$ 60 milhões."

 Sobre a Solvay Indupa, a intenção do grupo é a de concluir a venda de sua participação majoritária de 70% "o mais rápido possível", de acordo com Auffret. "O processo está caminhando e há interessados", limitou-se a informar.

 No balanço financeiro referente ao terceiro trimestre, apresentado na sexta-feira, o grupo destacou que os resultados referentes à Solvay Indupa foram lançados na linha de operações descontinuadas, numa indicação de que a conclusão da venda pode ocorrer em breve. Segundo Auffret, a decisão de se desfazer dos negócios de PVC está alinhada à estratégia do grupo de sair de áreas em que outras empresas podem "fazer melhor". "O negócio de PVC não se mostrou rentável como esperávamos", disse.

 A Solvay Indupa tem duas fábricas de PVC, resina utilizada na fabricação de tubos e conexões, em Santo André (SP) e em Bahía Blanca, na Argentina. Juntas, têm capacidade de produção de 520 mil toneladas anuais - 300 mil toneladas no Brasil e 220 mil toneladas no país vizinho.

 A Braskem, maior petroquímica das Américas, e o grupo mexicano Mexichem, dono da marca Amanco, já oficializaram o interesse no negócio, que poderia girar entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões, segundo estimativa de fontes da indústria. A expectativa, segundo uma dessas fontes, é a de que a transação seja acertada ainda em 2013. Questionado sobre prazos, Auffret afirmou que "não é possível dizer se o negócio será fechado ainda neste ano".

 Presente em 55 países, a Solvay comemorou há alguns dias 50 anos de fundação. Globalmente, tem cinco grupos de negócio, com 18 unidades ou áreas distintas. Valor Econômico
Fonte: biomassaenergia 31/10/2013

Para que buscar um investidor?

A relação com investidores antes durante e depois do investimento Gustavo Junqueira - Diretor da Inseed Investimentos, Membro do Comitê de Empreendedorismo, Inovação, Capital Semente e Venture Capital da ABVCAP

 Esta é uma questão cada vez mais presente no cotidiano do empreendedor. Há uns anos, investidor era algo raro no mercado. Hoje, após a queda contínua dos juros e relativa estabilização econômica, o investimento na economia real começa a se tornar uma realidade. Falta muito para nos tornarmos uma economia dinâmica, com uma oferta grande de recursos para todos os estágios de empresas: desde startups até companhias em processo de abertura capital na bolsa de valores (IPO). Mas já podemos dizer que esta roda começou a girar e que a opção de receber investimentos está cada vez mais forte e próxima dos empreendedores.

 Esta novidade traz, porém, muitas dúvidas.
Como funciona este negócio de venture capital?
O que o investidor vai exigir de mim?
Vou perder a liberdade?
Voltar a ser empregado, depois de tanto esforço?
O investidor vai valorizar tudo que conquistei até aqui?
Quero alguém controlando cada passo meu?
E se depois ele vender a minha empresa?
Mesmo para o empreendedor que encarou muitos desafios e incertezas, este novo passo desconhecido levanta medos e inseguranças.

O que atrai neste caminho, normalmente, é a necessidade do recurso. O que seria possível fazer se você tivesse agora R$ 500 mil na conta? E R$ 5 milhões? Esta possibilidade é que ajuda o empreendedor a entrar neste novo mundo. De fato, a restrição financeira costuma ser muito importante, talvez “capital”, com o perdão do trocadilho. Mas, atenção: o recurso é importante, no entanto é apenas parte da equação e nem sempre a preponderante! Uma vez removida esta restrição, várias outras aparecem... e muitas vezes mais importantes e complicadas. Nesta hora, o investidor pode fazer uma grande diferença com o conhecimento (descritivo) e experiência (sentida) destes novos desafios não originalmente mapeados.

 O investidor traz consigo, entre outras coisas, uma forte necessidade de transparência, governança e alinhamento. Estas três variáveis são capazes de realizar uma grande mudança interna na empresa investida e, consciente ou inconscientemente, preparam e ajudam a companhia para alcançar um novo patamar de crescimento.

 Vamos falar um pouco mais de cada uma destas variáveis:

1) Transparência: o investidor precisa de informação. Antes, durante e após o investimento. O empreendedor tem a capacidade de tocar o negócio com todas as informações na cabeça. Mas a partir do momento que um novo sócio, que está fora da operação, precisa entender o que está acontecendo... aí a empresa precisa ter informações rápidas, disponíveis e organizadas. Isso pressupõe previsão precisa de fluxo de caixa, contabilidade funcional, indicadores chave, enfim: estrutura, processos e disciplina. Como estão estas questões na sua empresa? Aparentemente, tudo isso vai sendo desenvolvido para atender a necessidade do investidor mas logo a empresa percebe que a maior usuária destas informações é ela mesma. Estas ferramentas são fundamentais para o crescimento e produtividade, para decisões rápidas e precisas, para descentralizar o conhecimento e diminuir a dependência do empreendedor. A consequência disto, por si só, pode ser bem maior a médio prazo do que o investimento financeiro. 

2) Governança: primeiro, o que é isto? Numa visão simples, é como se organiza o poder decisório da empresa. Quem pode decidir cada tipo de assunto. A grosso modo, questões operacionais ficam a cargo da Diretoria, questões estratégicas ficam sob responsabilidade do Conselho de Administração, e questões societárias por conta da Assembleia. Esta separação de poderes tem um efeito enorme na empresa. Primeiro ela exige que os interesses e visões pessoais sejam separados dos interesses e visões da empresa. A pessoa jurídica ganha corpo e alma próprios, mais independente, com voz própria. A pergunta deixa de ser “o que eu quero?” e passa a ser “o que é melhor para a empresa?”. O empreendedor começa a observar que há o papel executivo e o papel acionista. E isto muda muita coisa... Em segundo lugar, esta governança exige o estabelecimento de ritmos. As reuniões mensais ou trimestrais servem como um “bumbo” que faz a marcação do ritmo e vira referência para todos os demais instrumentos. Por último, mas igualmente fundamental: nestas reuniões, o “importante” toma espaço do “urgente”. O empreendedor normalmente é sugado no dia a dia pelas questões operacionais, clientes, equipe, fluxo de caixa, etc. Estas reuniões mais estratégicas, com uma visão do todo, obrigam a colocação em pauta das questões importantes da empresa, que muitas vezes ficavam “para quando der tempo”.

 3) Alinhamento: o interesse do investidor é basicamente a multiplicação do capital. Ele quer comprar uma participação acionária que depois de um tempo possa valer X vezes o valor investido. Logo, claramente, a questão do investidor em suas interações com a empresa é “como fazê-la se valorizar”. Ter um sócio com o objetivo explícito desta natureza é muito bom para a empresa. Equipe, fornecedores, clientes, conseguem também entender esta mensagem. É alguém para estar ali do lado, para não deixar a turma acomodar, nem fugir do foco, ou se perder. Alguém que estará ali nos momentos bons e nos momentos ruins. Para trazer imagens e contribuições às vezes diferentes dos empreendedores, e com isso enriquecer os debates. As experiências dos investidores podem fazer muita diferença no negócio. O fato de terem passado por experiências semelhantes permite agregar valor na superação de novos desafios. É muito diferente o conhecimento adquirido em uma sala de aula ou um livro, quando comparado à experiência vivida e o aprendizado internalizado. Neste caso, para o alinhamento, o empreendedor precisa escolher entre i) o investidor puramente financeiro, que coloca o dinheiro e depois acompanha mais de longe o investimento; ii) e o investimento co-empreendedor, que participa ativamente das decisões. Qual o tipo de investidor você quer? Qual o tipo de investidor você precisa? Vale a reflexão.

 Estas consequências naturais do investimento, acima mencionadas, muitas vezes são tão ou mais importantes do que o recurso financeiro. E, para que sirvam como um movimento espiral crescente, trazendo valor para todos, a premissa básica é a qualidade da relação a ser estabelecida. É fundamental que se consiga estabelecer uma relação de confiança. O “santo tem que bater”. Serão muitos anos juntos, com muitos desafios, muitas divergências de opiniões e pensamentos. A partir da relação de confiança e alinhamento, estas diferenças se tornam aprendizados mútuos e valor agregado, pois é com base nisso que o novo é gerado. Se você está motivado e preparado a entrar nesta jornada, os resultados podem ser muito maiores do que você imagina. Gustavo Junqueira é Diretor da Inseed Investimentos e Membro do Comitê de Empreendedorismo, Inovação, Capital Semente e Venture Capital da ABVCAP. Empreendeu diretamente 3 negócios e investiu em mais 4 entre 2002 e 2007 (4 deles investidos por capitalistas). E, através da Inseed, trabalhou no investimento de 37 empresas desde 2008, no Fundo Criatec e Fundo Inseed FIMA, com R$ 265 milhões sob gestão.
 Fonte: ABVCAP 28/10/2013

Empresas menores viram alvo de compradores estrangeiros

Pequenas e médias varejistas são o principal foco de investidores estrangeiros. Após uma procura intensa por grandes companhias nos últimos anos, redes menores são o novo alvo, permitindo um crescimento a curto prazo.

 O maior conservadorismo de investidores, impulsionado pela situação político-econômica brasileira, alimenta a procura por empresas menores. Segundo o sócio-diretor da consultoria de varejo e franquias ba}Stockler, Luis Henrique Stockler, "o fato de estrangeiras comprarem médias e pequenas tem como principal objetivo aumentar a representatividade no mercado (market share) e crescer no curto espaço de tempo, mesmo sendo um investimento arriscado."

 De acordo com relatório feito pela Merrill DataSite, o Brasil é hoje o principal alvo para fusões e aquisições (F&A) de empresas na América Latina. O País é responsável por 69,9% das negociações entre 1º de julho e 30 de setembro deste ano. Ao todo foram 77 transações e US$ 15,3 bilhões envolvidos. O segundo colocado é o México, com 19 transações e movimentação de US$ 3,2 bilhões.

 "A economia do País cresce de maneira democrática, principalmente por estar vinculado à estabilidade política", aponta Stockler. "Pela terceira vez consecutiva o Brasil lidera a lista da Global Retail Development Index, da ATKearney, que mede o desenvolvimento das nações no varejo. Isso para o investidor é uma mina de ouro".

 O sócio-diretor da assessoria financeira Brasilpar, Gustavo Junqueira, confia em um ritmo reduzido no mercado de F&A, mas informa que investidores estrangeiros descartam qualquer tipo de colapso brasileiro. "A preocupação com eventual colapso mudou para a percepção de que o crescimento do PIB não vai ser de 4%, mas de 2%, 1,8%. Desse modo, investidores olham esse crescimento, mas há uma distância entre a expectativa destes e dos vendedores."

 A preferência por companhias de menor porte também se deve à desaceleração da procura por grandes varejistas. O sócio da consultoria MESA Corporate Governance, Luiz Marcatti, afirma que "há uma retração no mundo dos investimentos, não porque falta dinheiro, mas pela disposição em investir. É mais fácil comprar pequenas estruturas e ir crescendo aos poucos. Há ainda muitas oportunidades, principalmente quando se olha para redes regionais."

 Marcatti cita alguns exemplos e destaca o atacarejo. "Em qualquer área do varejo, há redes regionais que podem ser interessantes, seja em supermercados ou eletroeletrônicos. Mas o atacarejo chama atenção. Ainda existem muitas cadeias familiares, com exceção de Assaí e Atacadão", ressalta. "As familiares tem dificuldade em crescer no atual cenário econômico, mas muitos têm faturamento superior a R$ 1 bilhão por ano." 

O comércio eletrônico também pode ser uma opção promissora. "O e-commerce é um negócio rentável a longo prazo. O setor está em franca expansão, mas o investimento é demorado", ressalta Luis Stockler. "Requer cuidados, planejamento, estratégias e ferramentas diferenciadas, ainda mais porque a concorrência no mundo virtual é maior do que no comércio comum. Quem não percebe isto tem grandes chances de se decepcionar."

 Já Gustavo Junqueira aposta no segmento de vestuário e não descarta uma consolidação entre players maiores. "É um mercado que continua crescendo. Acredito que pode haver consolidação entre algumas das gigantes como C&A, Renner, Riachuelo e Marisa, como se observou em construção civil e saúde", aponta. "Escala no varejo é tudo, e muitas vezes essas lojas estão canibalizando a outra em termos de localização."

 Captando investimentos

 Segundo especialistas, o passo mais importante para empresas que buscam captar investimentos é a formalização e estruturação de seus processos. Junqueira alerta para a importância de um plano de negócio. "É preciso ter visão clara do modelo econômico financeiro integrado, sempre olhar para o tripé 'investimento-financiamento-operação'. A demonstração de resultados deve estar integrada ao balanço financeiro e ao fluxo de caixa."

 Luiz Marcatti, da MESA Corporate Governance, ressalta a importância da formalização. "Isso dá mais confiança aos acionistas. Não se pode apenas pensar na intuição de mercado. O principal choque ocorre quando o empresário fixa um valor da companhia em mente e depois se decepciona com o valor real." 

Já para o consultor da ba}Stockler, Marcus Cordeiro, o passo inicial é contar com uma assessoria financeira. Em seguida, se faz a análise, o plano de negócio e outras etapas até chegar à análise das propostas. "Todas essas ações aumentam as chances de efetivar a transação no valor esperado, além de evitar que o empresário perca o foco na administração da empresa e torne o processo vulnerável em função dos aspectos emocionais", conclui. Veículo: DCI
Fonte:abrasnet 31/10/2013

E-Commerce brasileiro deve faturar R$ 31 bi em 2013

De acordo com projeção da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o mercado brasileiro de e-commerce deve fechar o ano de 2013 com um crescimento de 29% em vendas e um faturamento total de R$ 31 bilhões, o que equivale a 3% das vendas totais do varejo brasileiro.

 Os valores ainda estão longe do nível do mercado americano, que movimenta US$ 300 bilhões e respondem por cerca de 10% do faturamento do comércio. No entanto, o crescimento é suficiente para manter as empresas animadas. “Estamos muito otimistas, apesar do desaquecimento de alguns setores da economia e de alguns gargalos que temos de enfrentar, como a falta de infraestrutura logística e a questão tributária”, diz Maurício Salvador, presidente da ABComm.

 O otimismo das empresas se sustenta principalmente na possibilidade de expansão da base de consumidores. “No primeiro semestre deste ano, 4 milhões de internautas fizeram sua primeira compra online. Isso representa um acréscimo de quase 10% a uma base de 42 milhões de consumidores”, diz Antônio Miranda, CEO do site de descontos Cuponomia. “Mas quando comparamos com o total de pessoas conectadas no País, que chega a quase 100 milhões, percebemos que ainda há muito espaço para crescer”. Ele acrescenta: “Pela primeira vez, uma geração de consumidores que nasceu com a internet está chegando ao mercado de trabalho e vai consumir mais do que a média”. Por Supermercado Moderno
Fonte: ecommercebrasil 31/10/2013

30 outubro 2013

Grupo Clealco oferta R$ 187 milhões para comprar usina Campestre

O grupo sucroalcooleiro Clealco, que tem duas usinas em São Paulo e faturou no último ano R$ 770 milhões, segue seus planos para comprar a usina Campestre, localizada em Penápolis (SP). O grupo protocolou ontem no fórum da Comarca de Penápolis (SP), a proposta de compra da unidade produtiva independente (UPI), criada para receber os ativos da Campestre, em recuperação judicial desde 2009 e com dívidas de R$ 530 milhões. A proposta será apreciada pelos credores da Campestre no dia 5 de novembro.

 A Clealco propôs pagar pelos ativos da Campestre R$ 187 milhões, divididos em parcelas que vão ser quitadas até dezembro de 2018. A proposta também inclui a assunção da dívida dos encargos do PESA (Programa Especial de Saneamento de Ativos).

 O grupo informou que, além dos valores de aquisição e assunção da dívida dos encargos do Pesa, também vai investir recursos para recuperar a Campestre. A empresa estima serem necessários em torno de R$ 166 milhões, sendo aproximadamente R$ 12 milhões de adequações ambientais, R$ 54 milhões de investimentos, e outros R$ 100 milhões em capital de giro, para que a empresa volte a sua rotina normal em um prazo, aproximado, de cinco anos.

 Em agosto deste ano, a Clealco fez sua primeira proposta de compra da Campestre. Naquele momento, o grupo ofertou pagar R$ 97,65 milhões ? em sete parcelas anuais ?, além de aportar R$ 66 milhões para recuperar a capacidade de moagem da Campestre, além de R$ 100 milhões de capital de giro em cinco anos para estabilizar o caixa da usina.
Fonte: Uol 30/10/2013

Banco chinês está prestes a comprar BICBANCO, diz TV

O banco brasileiro provavelmente buscará um preço superior ao seu valor de mercado atual, de R$ 1,67 bilhão, no acordo de compra de participação de 70%

O Banco de Construção da China (CCB, na sigla em inglês), o segundo maior credor do país em ativos, está perto de chegar a um acordo para a aquisição do Banco Industrial e Comercial (BICBANCO), de acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto, informou a Bloomberg TV.

 Com base em São Paulo, o BICBANCO provavelmente vai buscar um preço superior ao seu valor de mercado atual, de R$ 1,67 bilhão ( US$ 764 milhões), disse a fonte à Bloomberg News.

 O acordo estabeleceria a compra de participação de 70% detida pela família Menezes de Bezerra no banco brasileiro pela instituição financeira chinesa.

 O banco chinês está tentando capitalizar diante da crescente presença de empresas chinesas no Brasil e a aquisição de um banco é a maneira mais fácil para a instituição financeira obter uma licença. Para concluir a transação e aconselhar sobre o negócio, o BICBANCO contratou o CitiGroup e o banco chinês contratou o Morgan Stanley.

 O BICBANCO é especializado no crédito a empresas de médio porte e tem patrimônio total de R$ 1,92 bilhão, de acordo com documentos da empresa. O banco reforçou as suas normas de empréstimo depois que a alavancagem subiu e a qualidade do crédito se deteriorou entre as pequenas e médias empresas em 2011 e 2012, disseram os analistas do Banco Bradesco BBI. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte: Exame 30/10/2013

Petronas desiste de participação em Tubarão Martelo

Petrolifera da Malásia se nega a conversar com Eike após demissão de ex-presidente e ex-diretor jurídico

 A Petronas desistiu da aquisição de 40% de participação em Tubarão Martelo, campo de petróleo que é hoje o principal ativo da OGX. A notícia está na edição de hoje do jornal Valor Econômico. Com isso, a companhia petrolífera perde um negócio que poderia lhe render cerca de 750 milhões de dólares.

 O acordo em negociação previa uma injeção inicial de 250 milhões de dólares por parte da companhia malaia. Posteriormente, outros 500 milhões seria investidos quando o campo entrasse em operação - o que estava previsto para acontecer em novembro.

 Entretanto, o Valor afirma que a demissão de Luiz Eduardo Carneiro e José Faveret atrapalhou as conversações. Respectivamente, presidente-executivo e diretor jurídico da OGX, eles estavam fazendo o meio de campo entre a empresa e a Petronas - que, com a saída dos dois, desistiu da aquisição.

 "Os executivos da Petronas não aceitam negociar diretamente com Eike. O empresário tem tentado inclusive falar com o primeiro ministro da Malásia, mas sem sucesso", afirma o Valor.

 A OGX está no centro de uma crise que pode resultar num pedido de recuperação judicial a ser feito até o fim dessa semana. Com dívidas de cerca de 4 bilhões de dólares, a companhia tem lutado para se manter em operação.

 Ontem, foram divulgados os planos de recuperação da empresa rejeitados por seus credores. Por Saulo Pereira Guimarães
Fonte: Exame 30/10/2013

Após compra pela Microsoft, Nokia bate recorde de vendas do Lumia: 8,8 mi

A fabricante registrou receita de 7,79 bilhões de dólares, queda de 22% em relação a 2012. Empresa vendeu um total de 64,6 milhões de celulares no período.

 A Nokia mais uma vez vendeu um número recorde de smartphones Lumia no terceiro trimestre, o que ajudou a companhia a diminuir seu prejuízo líquido. A empresa informou vendas de 7,79 bilhões de dólares no trimestre, queda de 22% em relação ao mesmo período do ano passado, e um prejuízo líquido de 111 milhões de dólares.

 A Nokia vendeu um total de 64,6 milhões de celulares no último trimestre, incluindo 8,8 milhões de aparelhos Lumia – no mesmo período de 2012, a empresa vendeu apenas 2,9 milhões de aparelhos dessa linha.

 Vale notar que duas coisas importantes aconteceram com a Nokia neste trimestre: ela vendeu sua divisão de aparelhos e serviços para a Microsoft, e completou a compra da parte da Siemens na empresa que agora é chamada de Nokia Solutions and Networks. IDG News Service / EUA
Fonte: idgnow 29/10/2013

Compra da Spaipa pela Coca-Cola Femsa é aprovada pelo Cade

Com o aval, as empresas assinaram nesta terça-feira o contrato de transferência definitiva de 100% das ações

 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição pela Coca-Cola Femsa de 100% do controle acionário da engarrafadora Spaipa, que atua em todo o Paraná e em mais da metade do Estado de São Paulo. Com o aval do Cade, as empresas assinaram nesta terça-feira o contrato de transferência definitiva de 100% das ações.

 A compra foi anunciada em agosto por US$ 1,85 bilhão e torna a joint-venture entre a Coca-Cola e a engarrafadora mexicana Femsa a maior franquia do sistema Coca-Cola no Brasil, com cerca de 66 milhões de consumidores.

 A Spaipa tem sede em Curitiba (PR) e atende 399 cidades no Estado do Paraná e 336 no Estado de São Paulo. A empresa possui duas fábricas em cada Estado: em Curitiba e Maringá, no Paraná, e em Marília e Bauru, em São Paulo. Além disso, a Spaipa conta com sete centros de distribuição, 6 mil funcionários e 445 caminhões para atender 116 mil pontos de venda e 17,2 milhões de consumidores. 

Em junho deste ano, a Coca-Cola Femsa adquiriu a Companhia Fluminense de Refrigerantes, engarrafadora com atuação em parte dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, por US$ 448 milhões.

 A aquisição da Spaipa foi a sétima da empresa desde a decisão de entrar no Brasil, quando assumiu o controle da Panamco, que atuava no litoral e em parte do interior do Estado de São Paulo, assim como nas regiões metropolitanas de Campinas e da capital paulista, além de todo o Mato Grosso do Sul. Em 2008, a empresa comprou a Remil, franquia com atuação em Minas Gerais. 

“Estamos num universo muito mais grandioso no Brasil, no qual servimos cerca de 30% da população. Mostra a nossa responsabilidade e o quanto é importante esse processo de integração e aquisição das boas práticas de Spaipa, e também Ciaflu, para o êxito da nossa companhia”, afirmou em nota o presidente da Coca-Cola Femsa Brasil, José Ramón Martínez.
Fonte: terra 29/10/2013

Mobilidade passa a ser a nova fronteira bancária

O nível de adoção dos dispositivos móveis para transações bancárias retrata a predisposição do usuário em fazer de seu telefone ou tablet um equipamento para resolver sua vida financeira. E pode ser um sinal de que, uma vez detalhadas as regras definidas pela MP 615, regulamentando o segmento de pagamentos móveis, as iniciativas se multipliquem pelo país.

 "Hoje se espera que tudo esteja no mobile", diz André Leme, diretor da Bain & Company. O cenário de finanças móveis inclui usar o celular para tudo o que se faz em uma agência e tem os pagamentos como a cereja do bolo - o sonho dos bancos, diz Leme, é atingir tal nível de interação que o mesmo saldo possa ser utilizado seja em meio eletrônico, como plástico ou cartão, seja em carteiras digitais. "A carteira exclusiva para o mundo digital já ficou para trás."

 Estudo realizado pela Bain indica que, entre 2009 e 2012, os pagamentos com celular responderam por R$ 2,69 a cada R$ 1 milhão gasto no país, embora no ano passado o valor movimentado tenha saltado 325%, passando de R$ 23,3 milhões em 2011 para R$ 97 milhões. Em relação ao número de transações, o avanço em 2012 chegou a 276%, com 20,7 milhões de transações, ante as 5,5 milhões de 2011 - mesmo assim, representando apenas 0,088% do total das transações no país, o que levou a consultoria a estimar que os pagamentos móveis vão crescer gradualmente e compor menos de 10% do volume de transações em 2017.

 No Brasil, o cenário é dificultado por barreiras tecnológicas e culturais. De um lado, pesam os sistemas dos bancos que sustentam todos os serviços, tão robustos que dificultam integração e modificações. De outro, a segurança, deixando para as instituições o desafio de proporcionar plataformas online seguras o suficiente para as funcionalidades de pagamento almejadas por carteiras digitais. Como as soluções de segurança tendem a aumentar a lentidão dos aplicativos, o desafio é equilibrá-la à conveniência. Isso pode fazer do desenvolvimento de apps a nova fronteira competitiva dos bancos e ser o atrativo para levar o cliente a trocar o plástico. "A migração para o 4G vai acelerar a adoção", diz Alexandre Ribeiro, da Cosin.

 O Meu Dinheiro Claro, recém-lançado pela MPO, joint venture entre Claro e Bradesco, é o primeiro a funcionar como cartão de débito pelo telefone e indica que as soluções nascidas de parcerias entre players financeiros e de telecom, seguindo o formato dos arranjos indicados pela MP 615, devem começar a sair.

 Neste ano surgiram o Zumm, da MFS, joint venture entre Vivo e Mastercard que escolheu a tecnologia USSD, e Oi Carteira (Oi, Cielo e Banco do Brasil), com o SMS.

 A Mastercard apresentou a carteira digital PayPass (parceria com Itaú, Tim e Redecard), para compras digitais com cartões pré-cadastrados por celular por browser ou tecnologia de aproximação (NFC). Com Tim e Caixa Econômica Federal, apresentou iniciativa de mobile money que funciona em qualquer telefone. Da Visa surgiram iniciativas como MobilePlay, em parceria com Banco do Brasil e Cielo, que permite capturar transações por site, celular ou POS a partir da digitação do número do celular, e PayWave, para uso de celulares com NFC unindo Banco do Brasil, Bradesco e Claro.

 As perspectivas movimentam ainda facilitadores de pagamento como Paypal e PagSeguro, que lançaram soluções para capturar transações por dispositivos móveis com o uso de diferentes tecnologias, incluindo USSD, NFC e leitores de cartões para serem acoplados a celulares e tablets.

 A Payleven, do grupo Rocket, recebeu neste ano seu terceiro aporte, de R$ 35 milhões, para implantar soluções de carteira digital e chip-senha. Segundo a CEO Adriana Barbosa o serviço já conta com 18 mil cadastrados - o número dobrou em quatro meses. Já a Unipay, nascida com aporte da 500 Startups e investidores anjo, funciona por digitação, no telefone, de dados do cartão, ou por reconhecimento de imagem por OCR. Valor Econômico - Por Martha Funke
Fonte: resenhaeletronica 29/10/2013

PwC propõe fusão com a Booz & Company

Com o objetivo de aumentar e fortalecer a consultoria, PwC anuncia acordo com a Booz & Company. A operação está condicionada a aprovação

 A PwC e a Booz & Company anunciaram nesta quarta-feira (30) um acordo de fusão condicional. O valor da negociação não foi revelado.

 Segundo nota publicada pela PwC, o acordo está condicionado à aprovação dos sócios da Booz, que votarão o futuro da empresa até o final do ano.

 Além disso, a fusão também depende da aprovação da regulamentação e condições habituais necessárias para operações como estas.

 O anúncio foi realizado em um momento em que empresas como a Booz passam por pressão, com clientes que procuram conselheiros com escalas globais e/ou habilidades especializadas.

 Dennis Nally, presidente da PricewaterhouseCoopers International, afirmou, por meio de nota, que a combinação da Booz & Company com a PwC, oferecerá serviços de primeira qualidade para uma ampla gama de clientes.

 “Um dos pontos fortes da PwC é a qualidade em prestação de serviços, que nos dá capacidade para trabalhar com um amplo leque de clientes e construir confiança ao resolver problemas relevantes. A união com a Booz só acrescentará em nosso trabalho”, garante Nally.

 Se for aprovado, os parceiros da Booz, cerca de 3.000 funcionários, se juntarão as práticas de consultoria da PwC, que possui um faturamento de 9 bilhões de dólares. Por Paula Bezerra
Fonte: exame 30/10/2013

Mercado Digital evolui apresentando fusões de empresas e mudanças no cenário Web

A internet já se consolidou como ferramenta estratégica empresarial. Mas nem sempre foi assim. A proposta de se comunicar de forma eficiente com o público pela web é um caminho que, inicialmente, foi sendo trilhado por poucos, mas foi ganhando cada vez mais visibilidade quando empresas percebiam o potencial deste método.

 O panorama do Mercado Digital passou por drásticas mudanças nos últimos anos. Seu amadurecimento despertou o desejo das marcas de estarem inseridas no mundo da web, mas também forçou a capacitação de profissionais focados nessa tecnologia. É o bom trabalho de empresas especializadas na área que diferencia um negócio comprometido com a comunicação com o público capaz de encantar pela rede, daqueles que apenas estão presentes no contexto digital.

 Essa evolução deu origem à grandes desafios e imensas oportunidades. Companhias, antes especializadas em apenas um ramo no mundo digital, se uniram para deixar os serviços cada vez mais completos aos clientes. Com o lema e objetivo principal de fazer acontecer e não apenas contar história nasceu o Grupo WTW (walk the walk) http://www.grupowtw.com.br/, em Mato Grosso do Sul, oferecendo soluções concretas, eficazes e resultados visíveis na prática por meio de esforço e bom desempenho. Essa fusão entre empresas focadas no sucesso de marcas, como aconteceu com a 80 20 Marketeria Digital (http://www.8020mkt.com.br/) e Gestão Ativa (http://www.gestaoativa.com.br/) mostra tanto o crescimento do e-Commerce no Estado, como também a expansão das relações online. 

Após a união da Gestão Ativa e 80 20, o grupo que continua seguindo no caminho da consolidação de mercado, aproveitou os número animadores do segmento de e-Commerce no Brasil - que dobra a cada dois anos - e adquiriu a Mais Empresas (http://www.maisempresas.com/), especializada na criação de comércios eletrônicos e com uma sólida carteira de cases, sendo um desses um dos maiores do país.

 De acordo com pesquisas da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), o Mercado Digital cresce num ritmo de 10% ao ano. Pensando em resultados, as estratégias de mercado deixaram de se resumir à simples interação por meio de redes sociais, os artifícios de engajamento começam desde a criação e estrutura da página. Foi dessa necessidade de englobar duas vertentes antes distintas, tecnologia da informação com comunicação, que surgiu o Grupo WTW.

 “Com o fluxo de trabalho conjunto, a sinergia foi aumentando cada vez mais e fomos estreitando as relações. Foi quando vimos que juntos poderíamos ser mais fortes, pois as empresas se completavam e poderíamos ser melhores unidos”, comenta o Diretor Geral do grupo WTW, Rodrigo Perez.

 Assim como o Grupo, muitos já perceberam este novo cenário positivo da comunicação e marketing na internet. Somos o país com a 5ª maior audiência em redes sociais, e mesmo com esse amadurecimento do mercado digital, o Brasil ainda conta com poucas empresas qualificadas em entender quais são os serviços ou informações que devem ser passadas aos clientes, e saber levar isso ao público final de forma otimizada. Desta realidade, empresas vêm se fundindo e juntando forças para atuar de forma progressiva no contexto digital, sem deixar de lado o foco de cada empreendimento.

 Mesmo com a união, as três marcas possuem serviços complementares interdependentes, mas o grupo WTW Soluções Digitais veio para atender com ainda mais excelência. O grupo ainda é novo, mas em uma somatória possuem mais de 9 anos de mercado. Durante todo esse tempo, o resultado surpreende. São mais de 1500 projetos web executados, impactando 600 mil pessoas todos os dias por meio de canais digitais, além de 60 cases reconhecidos por clientes, parceiros e grandes nomes do Marketing Digital, aumentando assim as projeções desta área, tanto em Mato Grosso do Sul, como em todo o Brasil.
Fonte: segs 29/10/2013

Empresa de rastreamento de veículos Sascar desiste de IPO

A Sascar, empresa de rastreamento de veículos controlada pela GP Investments, desistiu de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), conforme divulgado nesta terça-feira no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Uma fonte próxima à empresa disse à Reuters que o preço que o mercado estava disposto a pagar pelos papéis não era condizia com o que a companhia queria com a operação. Procurada, a Sascar não comentou o assunto imediatamente.

A companhia havia pedido no fim de agosto registro para o IPO, numa operação destinada, principalmente, a engordar o caixa para financiar seu plano de aquisições.

A previsão era que novas ações fossem emitidas numa distribuição primária, mas com os acionistas da companhia também vendendo papéis existentes (secundária).

Monitorando mensalmente mais de 210 mil veículos e 10 mil cargas no país, a Sascar teve o controle comprado pela GP Investments em março de 2011. O grupo paranaense JCR também integra sua base de acionistas.

Com a desistência, a Sascar se soma ao grupo de companhias que abortaram os planos de captar dinheiro com a abertura do capital em bolsa.

Fazem parte do grupo a companhia aérea Azul, a Votorantim Cimentos, maior produtora do insumo no país, e a Queiroz Galvão Óleo e Gás.

No ano, também desistiram dos planos de IPO a estatal de água e esgoto Nova Cedae, a empresa de compra e venda de carros AutoBrasil Participações, e a companhia de logística Vix. (Por Marcela Ayres) Reuters
Fonte: Yahoo 29/10/2013


Bunge e Amaggi criam a Unitapajós

A multinacional americana Bunge e a Amaggi, uma das empresas do Grupo André Maggi, da família do senador e ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi, acabam de criar uma joint venture de navegação fluvial no país, conforme antecipou o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

 A Navegações Unidas Tapajós Ltda. (Unitapajós), sediada em Belém, será responsável pelo escoamento de grãos originados no Mato Grosso pela hidrovia Tapajós-Amazonas até Santarém, no Pará, que servirá como alternativa menos custosa às empresas.

 Com aporte inicial de R$ 300 milhões, igualmente divididos, a empresa construirá 90 barcaças e cinco empurradores que, posteriormente, farão o transporte dos grãos. Os dois grupos pretendem escoar cerca de 3,7 milhões de toneladas de grãos no período de três a quatro anos. Segundo o vice-presidente de relações institucionais da Bunge, Martus Tavares, que a expectativa é que Unitapajós comece a operar já nesta safra 2013/14.

 De acordo com o executivo, esta é a primeira parceria em navegação da Bunge no país. A múlti americana divide desde 2006 um terminal no porto de Santos com a Amaggi e a ALL, o Terminal Graneleiro do Guarujá (TGG).

 A decisão de fazer a joint venture com a Amaggi se explica pela importância que o setor ruralista dá para um novo sistema logístico de escoamento para o Centro-Oeste. A reivindicação é antiga, mas considerada crucial.

 Com o prometido asfaltamento da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém, e os terminais de transbordo em Miritituba, no Tapajós, a safra de grãos poderia ser escoada pela hidrovia até Santarém ou Santana, no Amapá, em contraponto aos atuais deslocamentos longos por rodovias até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

 Ter suas próprias barcaças e serviço de transporte também faz sentido já que a Bunge tem todo interesse nessa nova rota de escoamento. A empresa é a única até o momento que obteve a licença de instalação (LI) para a construção de seu terminal fluvial em Miritituba, um distrito à margem do Tapajós no município paraense de Itaituba. O rio é chamado pela indústria de grãos e de logística de o "Mississipi" brasileiro, dado o seu potencial de navegação e transporte.

 A expectativa é que até o fim de novembro a obra se torne pré-operacional. Além da múlti, Cargill, Hidrovias do Brasil, Unirios, Reicon, Chibatão Navegações e Cianport pleiteiam um dos nove terminais previstos para Miritituba. Essas demais empresas, porém, ainda estão em fase de elaboração do EIA-Rima, o estudo de impacto ambiental, e de chamamentos para audiências públicas.

 Reunidas sob a recém-criada Associação dos Terminais Privados do Rio Tapajós (Atap), as empresas estão em tratativas finais com a Prefeitura de Itaituba sobre as possíveis compensações ambientais e sociais dos impactos de suas operações na região. Além de Miritituba, a Bunge também terá um terminal em Barcarena, em Belém, a perna final do corredor de escoamento iniciado pelo transporte rodoviário pela BR-163, depois pelas barcaças em Mirirituba, e de Belém para o exterior. Nos dois terminais, a companhia projeta investimentos totais de US$ 197 milhões.

 Segundo Tavares, a economia do sistema hidroviário é significativa. Ele não diz quanto ("tudo depende de variáveis") mas exemplifica: uma só barcaça consegue carregar 200 mil toneladas de grãos. Isso equivale a retirar 50 caminhões da estrada. Valor Econômico/Bettina Barros
Fonte: portosenavios 30/10/2013

Novata de software recebe novo aporte de fundos

A ContaAzul, fornecedora de um sistema de gestão destinado a empresas de pequeno porte e que pode ser acessado pela internet, recebeu sua quarta rodada de investimento.

O aporte foi feito pelos quatro fundos que já tinham participação na companhia - Monashees Capital, Napkin Ventures, Ribbit Capital e 500 Startups) - e pela Valar Ventures, que tem entre seus sócios o cofundador do Pay Pal Peter Thiel.

O valor não é revelado. Nessa etapa, conhecida como "series B", as empresas costumam receber a partir de R$ 5 milhões.   Leia mais em Valor Econômico
Fonte: ecofinancas 29/10/2013

29 outubro 2013

Abril investe em Meu Espelho, site de vendas de cosméticos

Compra de 51% de participação é primeira aquisição da Abril na área de comércio eletrônico

 O Grupo Abril anunciou hoje sua primeira aquisição na área de comércio eletrônico. Trata-se do Meu Espelho, site que vende produtos de beleza criado pelas cariocas Bianca Latgé e Renata Merquior. Em comunicado interno, a Abril informou que comprou 51% de participação na companhia - percentual que pode aumentar em 2014.

 Meu Espelho comercializa itens de marcas como Clinique, L'Occitane e a brasileira Dermage - entre outras. "Oferecemos uma curadoria apurada e dicas de beleza, contando com profissionais renomados que chancelam o site", explica Renata.

 Ela e a sócia Bianca devem continuar à frente do site, que a partir de agora fica submetido à diretoria de Negócio Digitais da Abril - responsável pela Loja Abril e o Brasil Post, portal de notícias que entra no ar até o fim do ano.

 Futuro

 Daqui para frente, a meta é duplicar a lista de produtos disponíveis no Meu Espelho. Com a compra, a Abril entra num mercado de 2,5 bilhões de reais já de olho nas compras de natal, que representam cerca de 25% do faturamento do setor.

 Entre os últimos negócios da Abril, estão a parceria com o jornal online The Huffington Post e a cessão dos direitos da marca MTV no Brasil ao grupo americano Viacom. Por Saulo Pereira Guimarães
Fonte: exame 29/10/2013

First Data adquire startup de aplicativo para fidelização de clientes

A First Data, empresa de transações eletrônicas e meios de pagamentos, anuncia a compra da Perka, startup desenvolvedora de aplicativo de mesmo nome para fidelização de clientes. Embora não revele o valor da transação, fontes ligadas às negociações disseram ao blog de tecnologia All Things Digital que o valor será menor do que o pago na compra de outra startup, a Clover, no ano passado, quando desembolsou US$ 54,1 milhões.

 Por meio de serviços baseados em uma plataforma de nuvem, a Perka permite aos varejistas acompanhar os consumidores com mais facilidade, oferecendo-lhes ofertas, bem como dando-lhes recompensas pela fidelidade. Após a conclusão do negócio, a Perka vai operar como uma subsidiária autônoma da First Data, cuja sede fica em Atlanta, nos Estados Unidos, com sua atual equipe de executivos e de desenvolvimento de produto.

 "A razão por adquirirmos a Perka vai ao encontro da nossa estratégia de oferecer mais soluções comerciais, do que apenas dispositivos para ponto de venda", disse Guy Chiarello, presidente da First Data. "Para isso, temos que abraçar essas comunidades empresariais para criar nossos serviços em um espaço de tempo muito mais rápido", completou.

 A First Data atua no Brasil desde 2002 como fornecedora de tecnologia para a indústria de cartões e operando correspondentes bancários. A partir de 2010, a companhia passou a ser um concorrente independente, como adquirente e emissora de cartões, disputando com as gigantes Redecard e Cielo.
Fonte: tiinside 29/10/2013

Totvs quer ampliar mercado internacional

Sexta maior empresa de software de gestão do mundo, a brasileira Totvs aumentou sua receita em 22% em 2012 e quer expandir mercado

Grandes poderes trazem grandes responsabilidades. A frase eternizada na série de quadrinhos "Homem Aranha", da Marvel Comics, poderia muito bem ser aplicada ao momento vivido pela Totvs. Sexta maior empresa de software de gestão do mundo e primeira do setor a abrir capital na América Latina, em 2006, a companhia tornou-se uma referência no ainda árido mercado brasileiro de tecnologia. O alcance dessa posição de destaque não significa, no entanto, que a empresa pode deitar em berço esplêndido. Pelo contrário.

 "Entregamos muito crescimento e rentabilidade nos últimos anos. Se por um lado essa trajetória nos deu credibilidade, em outra frente, ela tem levado as expectativas do mercado a níveis cada vez mais altos. Mas isso é ótimo, pois no sentimos constantemente desafiados", diz Rodrigo Caserta, vice-presidente de atendimento e relacionamento da Totvs.

 Segundo o executivo, o caminho da Totvs para atender a essa pressão crescente dos acionistas e investidores por resultados passa necessariamente pelo fortalecimento de alguns pilares nos próximos anos. O primeiro fator é a expansão internacional da companhia brasileira.

 "Nosso apetite no exterior se concentra na região de Américas. Nessa direção, podemos investir em novos escritórios ou abrir operações por meio de aquisições. As duas alternativas estão sendo analisadas", diz Caserta. Ele ressalta, porém, que as aquisições carregam um potencial mais atrativo, pelo fato de acelerarem a entrada nesses mercados.

 Hoje, a Totvs tem escritórios próprios no México e na Argentina, além de um laboratório de desenvolvimento nos Estados Unidos. A cobertura da empresa, porém, chega a 39 países, o que inclui o atendimento via franquias e os sistemas rodando em operações de clientes em locais como Rússia e Turquia. Em 2012, a receita líquida internacional da companhia cresceu 22,1%, para R$ 20,3 milhões. 

A despeito do caminho a ser escolhido para ampliar a presença internacional, Caserta afirma que uma das possibilidades avaliadas pela Totvs é investir em operações com foco em segmentos pelo qual o Brasil é reconhecido internacionalmente, como finanças e agronegócios. "Essa última vertente, por exemplo, tem muito apelo em mercados como a Califórnia", observa o executivo.

 A segmentação é justamente mais um norte estratégico da Totvs, especialmente no mercado nacional Há cerca de três anos, a companhia começou a investir na reestruturação de um portfólio que abrigava diversos sistemas provenientes da série de aquisições realizada pela companhia. O foco foi direcionado a dez setores da economia.

 Um dos primeiros passos nesse processo foi a incorporação dessa abordagem pelas equipes de vendas e de entrega de sistemas da Totvs. "Estamos no meio desse processo e temos ainda uma boa jornada pela frente. Não se transforma um vendedor em um consultor da noite para o dia", explica. Hoje, esse time reúne cerca de 8 mil profissionais.

 A próxima etapa será levar essa orientação a todas as franquias da Totvs no país. Atualmente, a empresa conta com 50 parceiros no Brasil, sendo que cada um é responsável pelo atendimento exclusivo em sua região. A ideia é que cada uma dessas franquias passe a se especializar em alguns poucos segmentos, o que vai abrir espaço para que companhia amplie o número de revendas em cada localidade. A previsão é dobrar o volume atual no prazo de três anos.

 A estratégia de segmentação também motivou a reorganização da estrutura de pesquisa e desenvolvimento da companhia, que inclui laboratórios em São Paulo, Assis (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Joinville. Desde fevereiro, cada uma dessas estruturas passou a ter como foco a criação de sistemas para determinados setores da indústria.

 Essa estrutura ganhou recentemente o reforço do laboratório instalado no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Inaugurado há um ano, o centro tem como prioridade as pesquisas e o desenvolvimento de aplicações em novas tendências de tecnologia, como computação em nuvem, big data e mobilidade. "Como são temas recentes, faz toda diferença estar nessa região, que é um solo fértil para inovação", diz Caserta, que ressalta ainda o fato de o laboratório reunir diferentes culturas, com uma equipe de engenheiros de diversas nacionalidades.

 A unidade trabalha conectada com os centros instalados no Brasil. Cada plataforma desenvolvida é entregue a esses laboratórios, que adaptam os sistemas de acordo com os seus segmentos de especialização.

 A Totvs já começa a ter retorno desse conjunto de iniciativas, diz Caserta. Ele admite, no entanto, que a empresa não ficou imune aos impactos do momento econômico instável do país. "Não perdermos negócios, mas o ciclo de decisão do cliente ficou mais longo. Estamos começando a enxergar, porém, um início de retomada nesse segundo semestre".

 Recentemente, a Totvs ganhou um reforço para seu pacote de estratégias. O conselho de administração da companhia aprovou a contratação de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 658,6 milhões. " É uma linha que vai aumentar nossa força para aquisições e acelerar os investimentos em inovação e marketing", diz Caserta.

 Apetite por aquisições e investimentos em startups aceleram inovação e crescimento 

A estratégia de crescimento da Totvs sempre foi muito associada ao investimento em aquisições. Desde a sua fundação, a companhia acumulou mais de 40 acordos. Essa orientação ganhou ainda mais força a partir da abertura do capital da empresa, em 2006. O ano de 2012, no entanto, foi marcado pela ausência de novas compras.

 "Nós avaliamos, mas não surgiram ativos interessantes em termos de custo e benefício. A questão não foi financeira, pois tínhamos fôlego para investir", diz Rodrigo Caserta, vice-presidente de atendimento e relacionamento da Totvs. Durante o ano passado, a empresa registrou uma geração de caixa de R$ 125,3 milhões, um crescimento de 129,7% sobre o exercício anterior.

 Depois desse período de calmaria, a Totvs voltou a movimentar o mercado com novos acordos em 2013. Até o momento, a companhia incorporou três empresas às suas operações. No modelo tradicional de aquisições, a relação incluiu a PC Sistemas, a PRX e a RMS, com um investimento de mais de R$ 120 milhões. Nessa frente de investimentos, o foco das transações são empresas que podem aprimorar a oferta da Totvs em determinados segmentos. "

Nós começamos também a olhar outras modalidades de investimento", afirma Caserta. Sob essa visão, a empresa criou em julho de 2012 a Totvs Ventures, braço voltado ao investimento em companhias em estágio inicial. Nesse modelo de aquisição, a Totvs tem a opção de sair do negócio ou comprar uma participação maior em médio prazo.

 Em 2013, a Totvs Ventures anunciou aportes nas brasileiras uMov.me e ZeroPaper, e na americana GoodData. No momento, a empresa negocia um investimento de R$ 1,7 milhão na novata Intelie. Por Moacir Drska
Fonte: brasileconomico 29/10/13 

CCX vai vender projetos na Colômbia por US$ 450 milhões

A CCX fechou um memorando de entendimentos com a turca Yildirim Holdinds para a venda de ativos na Colômbia por US$ 450 milhões.

 O acordo envolve a venda dos projetos de mineração a céu aberto Cañaverales e Papayal por aproximadamente US$ 50 milhões. A expectativa é que essa transação seja concluída até dezembro.

 A CCX negocia ainda com a turca a venda do projeto de mineração subterrânea de San Juan ? que inclui ferrovia e porto ? por cerca de US$ 400 milhões. Essa transação é classificada como "potencial" pela empresa de Eike Batista e a estimativa é que a venda seja concluída até abril de 2014.

 A Yildirim efetuará um depósito de US$ 5 milhões, não reembolsável, como garantia de exclusividade para continuar as negociações. O acordo anunciado hoje ainda está sujeito a procedimentos de auditoria ("due diligence") e aprovações societárias.

 Em setembro, a CCX tinha informado que negociava com a Transwell Enterprises a venda das minas de Cañaverales e Papayal por US$ 75 milhões. Hoje, no entanto, a companhia informou que o memorando de entendimento que garantia exclusividade da Transwell expirou, "abrindo, deste modo, uma oportunidade para que a CCX negociasse seus ativos com terceiros".

 Segundo a CCX, Cañaverales tem 27,3 milhões de toneladas de reservas de carvão certificadas; Papayal possui 15,6 milhões. Já o projeto de San Juan tem 671,8 milhões de toneladas, certificadas em maio de 2012. A concessão portuária da CCX para o desenvolvimento de um porto privado em águas profundas na província de La Guajira foi aprovada pelo governo colombiano em 21 de outubro.

 No pregão de hoje, as ações da CCX subiram 21,24%, para R$ 1,37. O anúncio da aquisição foi feito apenas após o fechamento do mercado. Valor Econômico
Fonte: Uol 29/10/2013

Grupo Saudita planeja mais investimentos no Brasil

O príncipe saudita Khaled bin Alwaleed, presidente da holding KBW, deve anunciar uma série de investimentos durante uma visita ao Brasil. De acordo com comunicado divulgado pelo grupo, a KBW está envolvida em projetos que somam mais de R$ 1 bilhão no Brasil e a sede da companhia no País será instalada em Santa Catarina.

Os primeiros Estados contemplados com os aportes da holding serão Espírito Santo e Ceará, em projetos de longo prazo, principalmente nas áreas de Infraestrutura, óleo e gás, mineração, construção e logística.

"O Brasil é um mercado atraente, tem uma crescente demanda em seu mercado interno e oferece grandes oportunidades nas áreas de infraestrutura, petróleo e construção. Além disso, Brasil e Arábia Saudita vêm estreitando suas relações comerciais, em especial na área de óleo e gás, o que ficou mais evidente nos últimos anos", afirmou o príncipe Khaled bin Alwaleed.

Durante a visita ao Brasil, o príncipe Khaled terá um encontro com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo. O presidente da KBW também deve participar de uma audiência sobre o Programa Invest in Santa Catarina, que visa a atração de investimento estrangeiro direto, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Atualmente, o maior investimento da KBW é o PetroCity, complexo portuário na cidade de São Mateus, no Estado de Espírito Santo. "Trata-se de um projeto único no mundo, com 1,5 milhão de metros quadrados de área inicial (o equivalente ao Parque do Ibirapuera, em São Paulo), aliando tecnologia diferenciada, responsabilidade socioambiental, investimento na formação de colaboradores e localização estratégica, tudo com foco no setor de óleo e gás", segundo o comunicado.

"O PetroCity fica perto da maior área de produção e no meio da costa do Brasil, em uma região de muita demanda por causa do pré-Sal, mas que não era atendida de forma especializada", explicou o diretor geral do complexo portuário, José Roberto Barbosa da Silva. O comunicado afirma também que o PetroCity terá monitoramento de carga em tempo integral, operação 24 horas por dia, 7 dias por semana, além de parceria com a Universidade de Vila Velha para qualificação de mão-de-obra e tanques especiais para proteção da flora e da fauna marinha.

A KBW também tem participação na Royal Minerals, mineradora no Espírito Santo que deve começar a operar em novembro de 2013, após os últimos atos de registros legais, segundo a empresa. Outro ativo do grupo é a Raimundi Cranes, uma fábrica de gruas para construção no Ceará. De acordo com a KBW, a Raimundi Cranes já entregou mais de 15 mil unidades desde a sua aquisição, em 2009. Por Lucas Hirata | Estadão
Fonte: Yahoo 29/10/2013

Empresas de TI se preparam para uma nova onda de IPOs

Pelo menos cinco empresas do setor de tecnologia da informação se preparam para captar recursos no mercado de capitais. Quality Software, BRQ IT Services, Altus, BSI Tecnologia e Cast Informática vão seguir o caminho de Totvs, Positivo Informática, Senior Solution e Linx, que abriram o capital na bolsa nos últimos anos.

 Apesar da crise global, os processos de abertura de capital de empresas de TI se aceleraram no mundo no segundo trimestre deste ano, quando 16 companhias fizeram oferta pública inicial, totalizando US$ 2,82 bilhões. No Brasil, espera-se que esse movimento se torne mais significativo em 2014 ou 2015, com um nova corrida à bolsa pelas empresas do setor.

 A Quality Software, especializada em terceirização de projetos de infraestrutura de TI, é a empresa que está mais perto de lançar sua oferta. Já fez o pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a listagem de ações na Bovespa Mais. O próximo passo será definir o banco que coordenará a oferta e observar o mercado à espera do momento mais adequado, quando a economia iniciar um movimento de reaquecimento.

 No caso da BRQ, o executivo-chefe da empresa, Benjamin Quadros, prevê que 2014 ainda será um ano fraco e, por isso, acredita que provavelmente a abertura de capital se dará em 2015 ou 2016. A BRQ encerrou 2012 com aumento de 26% da receita, para R$ 400,6 milhões, e projeta para este ano uma nova expansão superior a 20%, acompanhando a tendência do setor.

 Sergio Alexandre Simões, da PricewaterhouseCoopers, considera que não há pressa para as empresas de TI no Brasil abrirem seu capital, porque o mercado ainda oferece oportunidades para captação de recursos por meio de fusões ou aportes de capital. A própria BNDESPar, que esteve por trás das ofertas iniciais de Totvs, Bematech, Linx e Senior Solution, apoia com grande interesse essas operações de capitalização. Por Cibelle Bouças |Valor Econômico
Fonte: resenhaeletronica 29/10/2013


Grupos de TI avaliam abertura de capital a partir de 2014 

 A Quality Software, companhia de terceirização de projetos de infraestrutura de tecnologia da informação (TI), está a poucos passos de fazer sua oferta pública inicial de ações. A companhia já fez o pedido de registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e listagem de ações no Bovespa Mais, o mercado de acesso da bolsa paulista. "No momento, a empresa está respondendo a ofícios da CVM, que é a etapa final para a aprovação do pedido de listagem", diz Julio Britto Junior, executivo-chefe da Quality.

 O passo seguinte será definir o banco que administrará a oferta. "O mercado não está tão positivo, mas a empresa está preparada para abrir o capital no momento mais adequado nos próximos 36 meses", diz Britto.

 A Quality Software não está sozinha nessa jornada. Outras companhias de TI, como BRQ IT Services, Altus, BSI Tecnologia e Cast Informática, preparam-se para captar recursos no mercado de capitais nos próximos anos, seguindo o caminho da Totvs, Positivo Informática, Senior Solution e Linx, todas com ações em bolsa.

 "No mundo, os processos de abertura de capital de empresas de TI se aceleraram no segundo trimestre, mas no Brasil esse movimento vai ficar mais significativo a partir de 2014 ou 2015", afirma Sergio Alexandre Simões, sócio líder em consultoria de TI da PricewaterhouseCoopers (PwC).

 Alguns fatores contribuem para esse cenário mas distante, como a presença de poucas empresas de TI na bolsa brasileira, o que dificulta a avaliação do desempenho no setor por investidores e analistas. O crescimento da economia abaixo do esperado neste ano também fez empresas de tecnologia adiarem os planos de abrir o capital.

 "Neste ano a economia está mais fraca e 2014 não parece um ano muito bom", diz Benjamin Quadros, executivo-chefe da BRQ, empresa de serviços de tecnologia da informação. O executivo considera que a realização da Copa do Mundo no país pode contribuir para uma redução da produtividade e o processo eleitoral pode gerar incertezas para investidores. "Provavelmente 2015 e 2016 serão anos melhores, já com um novo governo", diz Quadros.

 A BRQ fechou 2012 com um crescimento de 26% na receita, para R$ 400,6 milhões, e projeta para este ano um crescimento superior a 20%, acompanhando a tendência do setor. Mas, embora as empresas de TI cresçam mais que a economia, há poucos indicadores para quem compra a ação, o que dificulta a avaliação dos investidores, diz Quadros. "Quem compra ação da Totvs, da Linx, compra o risco Brasil, não compra uma empresa de TI", afirma. A BRQ previa fazer a listagem no Bovespa Mais neste ano, mas decidiu adiar os planos para 2014 e abrir o capital posteriormente, em até três anos. 

Simões, da PwC, diz que não há pressa para as empresas brasileiras de TI abrirem o capital. O mercado ainda oferece oportunidades para captação de recursos por meio de fusões ou aportes, diz o analista. "A expectativa é que os bancos exerçam uma influência importante no avanço dos processos de abertura de capital nos próximos anos, principalmente o BNDES."

 A BNDESPar, empresa de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi um articulador importante nas ofertas iniciais da Totvs, Bematech, Linx e Senior Solution. Atualmente, tem participação em 30 empresas de TI, incluindo BRQ e Quality Software. "Abrir o capital não é a única porta de saída para o BNDESPar quando investe em uma empresa, mas é a porta mais adequada, porque assegura o crescimento da companhia e a sua perpetuidade", afirma Luiz Souto, superintendente da área de capital empreendedor da BNDESPar.

 Souto disse considerar o Bovespa Mais uma opção favorável às empresas de TI, tendo em vista que, em média, essas empresas têm porte menor que as de outros setores. O superintendente diz também que há no país investidores interessados em investimentos de longo prazo e que têm menos preocupação com a liquidez das ações.

 Bernardo Gomes, diretor-presidente da Senior Solution, fez a listagem no Bovespa Mais neste ano. "As condições do mercado estavam favoráveis e foi uma oferta para investidores locais, o que de certa forma burlou o cenário internacional difícil", afirma Gomes. O executivo diz que a exigência de menos capital e o baixo nível de endividamento tornam as companhias de TI mais atraentes aos olhos dos investidores de longo prazo. "O setor de TI também cresce mais que a economia, o que pode dar ao investidor um retorno mais significativo", diz Gomes.

 Dennis Herszkowicz, vice-presidente de finanças, administração e relações com investidores da Linx, diz que a entrada de mais empresas de TI na bolsa nos próximos anos será favorável para o setor: "Quanto mais empresas abrirem o capital, melhor, mas é bom que estejam preparadas. O mercado está bem seletivo; só histórias boas passam no crivo dos investidores." Valor Econômico Por Cibelle Bouças
Fonte: resenhaeletronica 29/10/2013


Euforia no setor de tecnologia lembra bolha, mas há diferenças

O Twitter Inc. está planejando abrir seu capital numa operação que dá à empresa de microblogs um valor de mercado de US$ 11 bilhões, sem ainda ter gerado lucro. Investidores de capital de risco acabam de atribuir um valor de US$ 4 bilhões à Pinterest Inc., que não produz receita, e a Snapchat Inc., firma ainda mais jovem que não fatura nada, está sendo içada a um valor semelhante.

 Não se trata de 1999, quando empresas pontocom sem fontes de receita abriam o capital e triplicavam de valor em seus primeiros dias no mercado. Quando a bolha estourou em 2000, dezenas faliram, e milhões de pequenos investidores sofreram perdas.

 Agora, as ações de empresas de internet voltam a subir e sinais da exuberância pré-2000 podem ser vistos no Vale do Silício e redondezas. Os preços dos imóveis em San Francisco e arredores subiram mais de 15% desde o ano passado, e o aluguel de escritórios está 23% acima do pico atingido em 2008. 

Para Daniel Cole, gerente de portfólio na Manulife Asset Management que tem investido nas aberturas de capital mais atraentes, incluindo a da firma californiana de publicidade on-line Rocket Fuel Inc., que estreou na bolsa no mês passado, vendendo ações a US$ 29 cada, o impulso não tem muita substância. Ontem, a ação fechou em US$ 58,84, o que dá à empresa, que nunca gerou lucro, um valor de mercado próximo a US$ 2 bilhões.

 Veteranos da tecnologia e finanças dizem que hoje é tudo diferente — e é verdade. As empresas que abrem o capital estão mais maduras, as equipes de liderança mais treinadas, e os modelos de negócio mais testados. Redes sociais como Twitter e Pinterest navegam no sucesso do Facebook Inc., que ostenta um valor de mercado de US$ 126,5 bilhões, ou cerca de 70 vezes o lucro previsto para 2014.

 O atual impulso, no entanto, tem sido acelerado por alguns fatores pouco observados. As grandes empresas, por exemplo, não têm crescido muito e os juros continuam próximos a zero nos Estados Unidos, o que aumenta a ânsia de investir em empresas com um potencial maior de crescimento. Além disso, uma nova lei federal americana permitirá que empresas novatas arrecadem dinheiro de investidores menores, abrindo uma enorme fonte potencial de financiamento.

"As pessoas estão buscando crescimento", diz Kenneth Turek, gestor de uma carteira de US$ 850 milhões no fundo de investimentos em empresas de médio porte da Neuberger Berman que preferiu ficar de fora das aberturas de capital de tecnologia deste ano.

 Mesmo alguns executivos que se beneficiam do impulso questionam suas bases. O diretor-presidente da Tesla Motors Inc., Elon Musk, disse recentemente que o preço das ações da montadora de carros elétricos, que quintuplicou esse ano, "é mais do que merecemos por direito". A Tesla, que registrou lucro em apenas um trimestre desde que abriu seu capital em 2010, está avaliada em US$ 20,6 bilhões, sete vezes o valor das vendas esperadas em 2014, segundo a S&P Capital IQ.

 O diretor-presidente da Netflix Inc., Reed Hastings, disse numa carta a investidores este mês que a firma de aluguel de vídeos está se beneficiando de uma "euforia" de investidores empolgados com o impulso atual. A cotação da ação da Netflix triplicou este ano.

 De qualquer maneira, a obcessão por ações de tecnologia de hoje não se compara com a loucura da era das pontocom. Muitas das empresas abrindo capital contam com receitas substanciais. Quando a Pets.com Inc. completou sua abertura de capital no início de 2000, ela tinha uma receita acumulada de cerca de US$ 6 milhões em toda sua história. Menos de 11 meses mais tarde, a empresa se dissolveu.

 As ações de empresas de tecnologia que abriram seus capitais recentemente estão sendo avaliadas a uma proporção de 5,6 vezes suas vendas, segundo estimativas de Jay Ritter, professor da Universidade da Flórida que acompanha aberturas de capitais. É uma média muito menor que a de 26,5 vezes as vendas vista em 1999. As ações das aberturas de capital das empresas de tecnologia deste ano aumentaram em média 26% no primeiro dia no mercado. Em 1999, a média era de 87%.

 "A grande diferença agora é que firmas como LinkedIn, Twitter e Facebook demonstram capacidade de gerar vendas e, com exceção do Twitter, lucro", diz Ritter. Na era das pontocom, "havia todo o tipo de empresa essencialmente iniciante abrindo o capital".

 Mas investidores também mostram entusiasmo por empresas jovens e de sucesso ainda não comprovado. O Pinterest, serviço para compartilhar imagens e conteúdo on-line que começou a testar anúncios este mês, informou que captou US$ 225 milhões de firmas de capital de risco. O novo investimento dá à empresa de três anos de idade um valor de mercado de US$ 3,8 bilhões, um salto de 52% em oito meses. A Snapchat, um app de mensagens, espera captar até US$ 200 milhões, o que lhe dá um valor superior a US$ 3 bilhões, segundo fontes. E dezenas de outras firmas jovens também estudam abrir o capital para aproveitar o fervor dos investidores. Por ROLFE WINKLER e MATT JARZENSKY

R$ 367 mi: o cacife da Anima Educação para ir às compras

Anima Educação pretende investir os recursos do IPO em aquisições para ganhar mercado

 A Anima Educação é a mais recente empresa do setor de ensino a se cacifar para ir às compras. O IPO da empresa rendeu 468 milhões de reais brutos. Desse total, o que entrará efetivamente no caixa da empresa são 367,2 milhões de reais, referentes aos recursos líquidos da emissão primária. O valor pode subir para até 423,1 milhões, se o lote suplementar for vendido.

 Segundo o prospecto definitivo que a empresa publicou, esse dinheiro já tem endereço certo: aquisições. Na página 94 do documento, a Anima não deixa dúvidas quanto à sua intenção: “a totalidade dos recursos líquido decorrentes da oferta primária será destinada à continuidade do nosso processo de aquisições que vem sendo realizado ao longo dos últimos anos.”

 A Anima dá poucas dicas sobre seus potenciais alvos. Uma delas é que a expansão ocorrerá com a aquisição de “marcas âncoras” no interior. Além disso, a empresa aposta em seu sistema de gestão para melhorar o desempenho das futuras controladas.

 Eficiência

 Um exemplo citado no prospecto é o da aquisição da UniBH. A universidade passou de um prejuízo de 2,4 milhões de reais em 2010, para um lucro de 21,3 milhões em 2012. Para tanto, a UniBH investiu na expansão da base de alunos, cortou custos de pessoal (incluindo docentes) e buscou a melhoria dos índices de satisfação dos estudantes e dos indicadores de desempenho acadêmico.

 Novata na bolsa, a Anima terá de brigar com gigantes do setor para crescer via aquisições. Para se ter uma ideia, seu valor em bolsa é de cerca de 1,5 bilhão de reais. Já a Anhanguera Educacional, que tenta aprovar sua fusão com a Kroton no Cade, vale 5,7 bilhões. E a Kroton tem valor de mercado de 8,3 bilhões.

 A Anima encerrou o primeiro semestre com receita líquida de 215,3 milhões de reais e 48,8 mil estudantes matriculados. A Anhanguera tem quase dez vezes mais: 459.000 alunos, e a Kroton, 514.000.

 Mais do que uma simples comparação, esses números mostram o poder de fogo dos grandes grupos educacionais. Em seu prospecto, a Anima cita a já conhecida fragmentação do mercado de ensino no país, para mostrar que ainda existem muitas oportunidades de negócio. Resta saber se são as mesmas oportunidades que seus concorrentes estão avaliando. Por Márcio Juliboni,
Fonte: Exame 28/10/2013

28 outubro 2013

Subsidiária da Renova irá adquirir 51% da Brasil PCH

Chipley Participações deverá pagar R$ 676,530 milhões pela aquisição de parte da Brasil PCH

A Renova Energia informou nesta segunda-feira, 28, que sua subsidiária Chipley Participações irá adquirir 51% da Brasil PCH. O preço da aquisição é de R$ 676,530 milhões, na data base de 31 de dezembro de 2012, e será atualizado pela variação do CDI acrescida de 2% ao ano até a data do efetivo pagamento.

 A Chipley também conta com participação da Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT), e para a subsidiária foi cedido o contrato de compra e venda de ações da Brasil PCH, celebrado entre Cemig GT e Petrobras em 14 de junho deste ano.

 Conforme o fato relevante, a aquisição da Brasil PCH estava sujeita aos direitos de preferência e de venda conjunta dos demais acionistas dessa empresa. "Findo o prazo para o exercício do direito de preferência e venda conjunta da operação para a compra de 49% do total das ações da Brasil PCH detidas pela Petrobras, nenhum acionista exerceu seu direito de preferência e somente a acionista Jobelpa, detentora de 2% das ações da Brasil PCH, exercerá o seu direito de venda conjunta tag along", explica a Renova, no comunicado.

 Desta forma, a Chipley irá adquirir 51% da Brasil PCH (49% de participação detida pelo Petrobras e 2% detida pela Jobelpa). A Brasil PCH detém 13 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com capacidade instalada de 291 MW e energia assegurada de 194 MW médios. 

Acordo de investimento

 No último dia 8 de agosto, o conselho de administração da Renova havia aprovado o acordo de investimento que tem como objetivo regular a entrada da Cemig GT no bloco de controle da companhia, por meio da subscrição e integralização pela Cemig GT de novas ações ordinárias a serem emitidas pela Renova, bem como a estruturação da Chipley.

 O fato relevante ressalta também que a aquisição da Brasil PCH e o aumento de capital na Renova estão sujeitos a uma série de condições suspensivas, dentre as quais as aprovações pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Após o cumprimento das condições suspensivas e de acordo com o acordo de investimento, a Renova irá deliberar sobre um aumento de capital, sendo que o preço de emissão foi definido em R$ 16,2266 por ação ordinária, equivalente a R$ 48,6798 por unit, totalizando R$ 1,414 bilhão a ser subscrito e integralizado pela Cemig GT. Esse valor será corrigido pela variação do CDI desde 31 de dezembro de 2012.

 A entrada no capital da Renova poderá ser feita diretamente pela Cemig GT ou através de um fundo de investimentos em participações (FIP), do qual a Cemig GT participe.

 Ainda segundo o fato relevante, o montante do valor do aumento de capital além do utilizado para a aquisição da participação acionária da Brasil PCH será alocado nos projetos eólicos já contratados da companhia e/ou outras oportunidades de crescimento em ativos de energia renovável. Eulina Oliveira, Fonte: exame 28/10/2013