O site de reservas de restaurantes Restorando, lançado em 2011, acaba de receber seu terceiro e maior aporte - R$ 30 milhões - de um grupo liderado pelo fundo americano de investimentos em empresas novatas Flybridge Capital Partners.
Os sócios fundadores Frank Martin e Franco Silvetti permanecem no controle da operação, mas o Flybridge terá uma fatia relevante do negócio (não divulgada), e Jon Karlen, sócio-geral do fundo, fará parte do conselho de administração.
Também participam do investimento os fundos Endeavor Catalyst, Emergence Capital Partners, Kaszek Ventures, Atomico e Storm Ventures. Os quatro últimos já eram sócios-investidores do Restorando - ao todo, aplicaram US$ 3,7 milhões desde 2011.
Karlen, do Flybridge, afirma que o Brasil se mantém atraente, apesar da desaceleração econômica. "O uso da internet e de smartphones cresce muito rapidamente no país, apesar da expansão menor do PIB, e esses são dois fatores-chave para os negócios em que investimos", diz. O Flybridge também é acionista dos sites Open English (ensino de inglês), Madeira Madeira (venda de material de construção e decoração), Infracommerce (de serviços para lojas virtuais) e Pitzi, de assistência técnica para aparelhos celulares.
Segundo Franco Silvetti, diretor de operações do Restorando, os novos recursos serão usados principalmente para reforçar a operação brasileira, com sede em São Paulo. Hoje, o site permite reservas em estabelecimentos da capital paulista, do Rio, de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre. Um escritório na Argentina comanda as atividades na América Latina. Além do mercado argentino, a empresa está no Chile e na Colômbia e em 2014 pretende chegar a Peru e Venezuela.
No total, o site tem 2 mil restaurantes cadastrados e fez, desde 2011, 2 milhões de reservas. O cliente não paga para acessá-lo e garantir sua mesa em um dos estabelecimentos. A remuneração do negócio vem dos restaurantes, que pagam R$ 3,50 por reserva efetivada. O benefício para eles, além da reserva em si, está em ter um banco de dados de clientes e um meio de gerenciar a demanda - as casas oferecem descontos de até 30% pelo site para quem escolhe horários de menor movimento.
A expectativa da empresa é atingir 7 milhões de reservas em 2014. O Restaurando não é o único no país a oferecer esse tipo de serviço no mercado brasileiro. Entre seus concorrentes estão o Zuppa, do site de compras coletivas Peixe Urbano, e o Grubster.
A expansão do Restorando para outros países da América Latina e regiões do Brasil estava nos planos para 2012, mas a estratégia mudou. "Decidimos colocar mais foco em São Paulo", afirma Silvetti. Este ano, a meta é acelerar as vendas do serviço a restaurantes não só no mercado paulistano, mas nas outras cinco capitais em que está presente. A decisão de onde concentrar esforços está relacionada aos preços médios dos restaurantes na cidade - quanto mais altos, menos os R$ 3,50 por mesa pesam para os estabelecimentos - e ao interesse dos moradores por gastronomia, medido pelo acesso a sites relacionados ao tema.
Silvetti diz que boa parte do novo aporte será usado em "fortes contratações" nas áreas de marketing e tecnologia. "Serão pessoas muito sêniores do mercado", afirma. O número total de funcionários deve passar de 45 para 100 em 2014. Uma equipe trabalhará exclusivamente com aplicativos móveis - meio de acesso que mais cresce no serviço. Hoje, 45% das reservas do Restaurando em São Paulo são feitas por smartphones, usando aplicativos para o Android e para o iPhone.
A empresa ainda vê muito espaço para crescer entre as pessoas que frequentam restaurantes e que procuram dicas e informações sobre o assunto na internet, mas ainda não fazem as reservas on-line. Nos 2 mil estabelecimentos parceiros do Restaurando, só 15% das reservas são feitas pela web. Valor Econômico
Fonte: abvcap 19/08/2013
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