03 outubro 2012

Foxx deve fechar compra da Haztec até novembro

A Foxx Inova Ambiental afirmou ontem que a compra da Haztec segue em curso e deve ser concluída até meados de novembro, um mês após o previsto. Circularam no mercado recentemente informações indicando que a negociação entre os donos da Foxx e um fundo de investimentos estrangeiro que entrará em seu capital estaria azedando, o que poderia inviabilizar a aquisição da Haztec. Mas a empresa, que não revela o nome do futuro sócio, nega qualquer problema.

 "A fase de diligência para a aquisição da Haztec pela Foxx será concluída até 15 de outubro. O processo tem ocorrido de forma satisfatória para a Foxx, apesar da extensão do prazo por mais 30 dias na conclusão desta etapa. A partir daí, conforme firmado no contrato de compra e venda, o fechamento do negócio deve ocorrer até 15 de novembro", afirmou a Foxx, em nota.

 Em entrevista ao Valor no início de julho, um dos donos da companhia, Milton Pilão Júnior, afirmou que o fundo de investimento com o qual a empresa negocia deverá ter participação de no máximo 30% no capital e disse que o aporte será feito na Inova Tec, detentora da Foxx.

 A empresa tem planos ousados de expansão no setor de saneamento, especificamente na área de geração de energia via tratamento térmico de resíduos, na qual projeta investimento de R$ 3,2 bilhões em cinco anos.

 A Haztec, por sua vez, tem forte atuação no Rio de Janeiro e passa por sérias dificuldades financeiras. Uma fatia de 45,5% da companhia está nas mãos do fundo InfraBrasil e 22,4% pertencem ao FIP Caixa Ambiental, ambos administrados pela Mantiq Investimentos, do Santander. Outros 25,2% são detidos pela Synthesis (do fundador Paulo Tupinambá) e o restante (6,9%), pelo fundo Bradesco FIP Multisetorial.

 Embora a Foxx diga que a operação de aquisição da empresa esteja em fase final, a Haztec segue com pendências jurídicas. A companhia fluminense é acusada de não ter pago o valor integral acertado para comprar a Geoplan, em outubro de 2007.

 A Geoplan do Brasil, controlada pelo fundo americano de private equity Nexus Partners, entrou com uma ação em 2009 por quebra de contrato, exigindo a devolução dos ativos. A Geoplan entrou ainda na Justiça pedindo arresto de bens e a Haztec teve negada a liminar para impedir a atuação de um perito dentro da companhia. Por  Beatriz Cutait, Valor Econômico
Fonte: intelog 03/10/2012

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