Após uma negociação silenciosa, que durou dois anos, o empresário brasileiro José Ricardo Schmidt fechou acordo com os espanhóis da Omega Elevator para instalar uma nova empresa nacional no setor. A Omega Brasil deve inaugurar sua fábrica em até três meses. Cada sócio terá 50% de participação na companhia
O galpão para instalar a linha de montagem de elevadores já foi adquirido, em Campinas, no interior paulista. Agora, falta a licença para importar o maquinário e instalá-lo, para que a produção possa ser iniciada. A cidade é a mesma onde está a outra empresa de Schmidt, a Engetax, focada em atender sob encomenda projetos especiais, como elevadores para um grande data center. O direcionamento da Omega será diferente: "O objetivo é fabricar elevadores de alta velocidade para prédios comerciais e residenciais de até 50 pavimentos", explica o empresário.
Esse segmento é dominado pelas três grandes empresas da indústria no Brasil: Atlas Schindler, Otis e Thyssenkrupp, que juntas detêm cerca de 90% do mercado de elevadores no país. "As pequenas se dedicam mais a licitações, para elevadores e plataformas elevatórias de escolas e metrô, além dos projetos encomendados", explica Jomar Cardoso, presidente do Seciesp, sindicato paulista, que é a principal associação dessa indústria no país.
"Vamos bater de frente com as grandes, tem espaço para entrarmos nesse mercado", diz, confiante, Schmidt. Com investimento para a construção da fábrica de R$ 20 milhões, a Omega Brasil espera faturar entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões em 2013. Schmidt ficará na presidência da companhia e, segundo ele, no futuro, será acertada a participação dos espanhóis na administração, provavelmente por meio de conselheiros.Valor Econômico
Fonte: investesaopaulo 14/08/2012
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