21 maio 2012

Planos de saúde pedem Cade atento a minúcias do setor

O setor de saúde tem particularidades que exigirão atenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao aplicar as novas regras de aprovação prévia de operações de fusões e aquisições. Executivos de Amil, Qualicorp, SulAmérica e Odontoprev destacaram que há pouca concentração no setor, em mesa-redonda nesta segunda-feira no Rio Investors Day. Além disso, um mínimo de escala é importante para dar competitividade às empresas.

 Segundo o diretor-presidente da Dasa, Romeu Côrtes Domingues, a autoridade de defesa da concorrência terá que levar em conta as complexidades do setor. "A Dasa tem apenas 12% de participação do mercado", disse Domingues em discurso no evento, realizado no Copacabana Palace.

 Heráclito Gomes Júnior, diretor-presidente da Qualicorp, informou que nenhuma empresa das operadoras de saúde tem mais de 10% de participação de mercado. O número de operadoras de saúde no Brasil hoje, de cerca de 1,6 mil, é inviável. "E algum tipo de concentração tem que haver", afirmou.

 "É melhor ter uma concentração havendo competição acirrada do que deixar o consumidor sem segurança. Quantas empresas já foram liquidadas e o consumidor que pagou o plano durante anos ficou sem cobertura?", comentou Gomes Júnior, após a mesa-redonda.

 O diretor técnico da Amil, Antonio Jorge Kropf, lembrou que, o conceito de segurança é importante. "O conceito do que é adequado e inadequado no setor de saúde (em termos de concorrência) é diferente." Por Vinicius Neder
 Fonte: Agência Estado 21/05/2012

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