17 maio 2012

Brasileira Sigga avança e ganha mercado mundial de TI

Sigga. Guarde este nome. Tudo indica que esta empresa mineira será uma das novas grandes companhias nacionais com projeção no mercado de tecnologia da informação (TI) internacional, principalmente agora, com o aval da alemã SAP. Com clientes de peso, como Vale, Copasa, Cemig, e Acelor Mittal, entre outros, o grupo negocia agora aportes através de private equity em que, caso seja confirmada a negociação, a projeção é passar das atuais 11 mil licenças comercializadas no Brasil para até 60 mil este ano.

 De acordo com o diretor-geral da empresa, Warley Borges, que fundou a Sigga há cerca de dez anos com dois sócios, a projeção internacional começa a acontecer com força, depois da abertura de um escritório no México, além de visitas a várias feiras internacionais, como a Sapphire Now 2012, que terminou ontem (16) em Orlando, na Flórida (EUA).

 Com um estande entre os mais de 270 expositores do evento promovido pela SAP, a empresa brasileira garante que, além de ter sido assediada para firmar parcerias com grupos estrangeiros interessados em entrar no mercado brasileiro, teve a prospecção de mais de 100 negócios com investidores norte-americanos. "Este é, inclusive, o nosso plano. Entrar com mais atenção nos negócios em regiões como os Estados Unidos e o Canadá, além do mercado europeu", declarou.

 Oportunidades

 Sem abrir números, o empresário ressalta, porém, que o Brasil ainda é o grande filão e deve receber realmente maior atenção de aportes estrangeiros nos próximos três anos. "Creio que existem ainda grandes segmentos em termos de possibilidade de novos negócios no Brasil, principalmente em áreas como óleo e gás e offshore, ou outras que demandem informações ágeis", comentou Borges.

 Além disso, ele garante que a imagem de que o País ainda não é um polo de referência na área de tecnologia está mudando, "felizmente. Sem dúvida, nos próximos três anos o mercado interno crescerá muito, Tenho certeza de que todo mundo vai para lá [para o Brasil]", explicou.

 Mobilidade

 Hoje, mobilidade é uma realidade que permite uma expressiva economia de tempo. Com um computador à mão e todas as informações que possam ser necessárias, agora é possível que os usuários reduzam o número de erros, e a eficiência aumenta ainda mais. É o que explica Romeu Sciotta, sócio e diretor da empresa. Ele ressaltou que a ideia este ano é reforçar os investimentos em marketing, inclusive para projetar a Sigga. E comemora: "Hoje temos cerca de 700 pessoas da SAP que comercializam nosso produto, fora nossa própria equipe [200 pessoas, entre pesquisadores, consultores e a área de vendas]. Temos certeza, porém, de que este número vai triplicar ainda este ano", disse ele, apesar de não abrir números referentes a investimentos.

Conforme estimativas de mercado, a Sigga está na faixa de empresas que faturaram de R$ 25 milhões a R$ 50 milhões no ano passado, mas tudo indica que a empresa irá triplicar de tamanho nos próximos dois anos. "É importante mostrar como temos muitas empresas brasileiras que têm demonstrado serem importantes cases de negócios", completa.

O País tem muitas pessoas envolvidas em desenvolvimento de tecnologia, e precisamos divulgar isso. Inclusive aqui mesmo, na Sapphire Now 2012, temos cerca de 200 pessoas do Brasil, entre empresários e consultores, fora o pessoal da área de comunicação", lembrou o presidente da SAP Brasil, Luís César Spalding Verdi, durante o encontro que aconteceu de 14 a 16 de maio no Orange County Convention Center, em Orlando, na Flórida (EUA).

Uma das estratégias da SAP debatidas no evento, aliás, é a do crescimento da computação em nuvem (cloud computing) como a maior tendência para o setor de TI nos próximos anos - por conta, até, do aumento da questão de mobilidade na área de telecomunicações.

Ontem, no último dia do Sapphire Now, o assunto foram soluções móveis como aposta de negócio da SAP para este ano. Mark Crofton, vice-presidente de Soluções Móveis na SAP América Latina & Caribe, apresentou o cenários e as perspectivas de futuro das soluções SAP para este mercado, dizendo inclusive que no Brasil as perspectivas são as melhores por conta do crescimento do mercado em potencial.

No segmento de aplicativos móveis, Crofton mencionou que a meta da SAP este ano é saltar de 200 para 1.000, e apresentou diferentes aplicativos que já estão disponíveis para os dispositivos móveis: aprovação de solicitação de compras, e despesas de viagem, entre outros. De acordo com Crofton, os investimentos dos clientes nesse setor chegarão a 36 bilhões em 2015. O número de clientes da companhia, de acordo com ele, deve saltar de 1.000 para mais de 2.500 no final de 2012.Por Camila Abud
Fonte: DCI 17/05/2012

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