Divisão representará 50% da receita, em 2016, com integração de portos e aeroportos no país.
Na primeira tentativa de entrar no segmento de administração aeroportuária, a EcoRodovias surpreendeu os rivais quando apresentou proposta de R$ 12 bilhões para levar o terminal de Guarulhos, no leilão de aeroportos realizado em fevereiro.
Sua proposta foi batida pela bolada de R$ 16 bilhões da Invepar, controlada pelos principais fundos de pensão do país. Mas, a empresa já tinha dado o sinal ao mercado: está disposta a partir com tudo nos leilões dos próximos aeroportos.
"Não temos dúvida de que as obras vão sair. Apenas, acredito que o negócio não vai dar rentabilidade, porque a proposta foi muito agressiva", avalia Marcelino de Seras, presidente da EcoRodovias.
Por trás da estratégia existe o trabalho de diversificar a atuação para não depender exclusivamente das receitas de cobrança de pedágio das rodovias sob sua concessão.
Os primeiros passos foram dados. Há cerca de dois anos, empresa passou a operar negócios logísticos, como plataformas de portos secos e centros de distribuição. Esses serviços já representam 20% da receita da empresa, de R$ 1,6 bilhão. Mas, devem corresponder a 50% em 2016.
Como vai atingir esta meta? Por meio de aquisições de empresas e participação em leilões. "A estratégia é em entrar em negócios que são complementares na nossa atuação", diz o executivo Marcelino de Seras, presidente da EcoRodovias.
"O grupo sempre teve o foco de procurar participar do eixos que atendem os corredores de exportação e os locais com forte atração turística. Temos como meta dobrar o tamanho da empresa nos próximos três anos".
Hoje, a EcoRodovias opera por exemplo o Ecopátio Cubatão, uma plataforma logística de 423 mil metros quadrados. A área é equivalente ao maior terminal do país, o Porto de Santos, operado pela Santos Brasil, que tem aproximadamente 500 mil metros quadrados.
Os ecopátios são formados em áreas vizinhas às principais rodovias, que possibilitam fazer movimentação de contêineres carregados com produtos de empresas clientes no mesmo ambiente sem restrição de tráfego.
Em dezembro de 2010, a companhia comprou a Columbia e e a Eadi Sul, por R$ 270 milhões. "As empresas trouxeram dez licenças de armazéns alfandegados e outros ativos importantes como centros de distribuição, em regiões onde temos rodovias. Isso vai nos possibilitar ter ganho de tempo na obtenção de resultados", diz Seras.
"Queremos atingir 20% de participação de mercado no segmento de portos. Hoje, temos 10%. Trata-se um setor muito fracionado. Por isso, nessa estratégia, a empresa também está de olho nos leilões de portos. Por Denise Carvalho
Fonte:brasileconomico 16/03/012
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