A Copa do Mundo trará ao Brasil mais do que a chance de ser campeão. Até 2014, o país terá um ganho extra de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país).
A competição criará ainda 250 mil empregos, o equivalente à 1% da população economicamente ativa, derrubando a taxa de desemprego, além de elevar as exportações em 30%. A expectativa é do Itaú Unibanco, que enxerga, no momento atual, boas chances de crescimento para a economia brasileira.
De acordo com a instituição, além dos 3 milhões de turistas, em 2014 o Brasil terá 145 milhões de consumidores. "Os jogos trarão impactos positivos para infraestrutura, emprego e turismo", disse Ilan Goldfajn, economista-chefe da instituição. "A Copa vai colocar o Brasil em uma vitrine e nos trará parcerias comerciais e outras vantagens", emendou.
Pelas estimativas do banco, o país vai investir R$ 36,4 bilhões na Copa, a maioria dos recursos, R$ 12,7 bilhões, em transporte e mobilidade. Parte do dinheiro também será aplicada em estádios (R$ 7,2 bilhões), aeroportos (R$ 5,3 bilhões), portos (R$ 700 milhões), telecomunicações (R$ 4,2 bilhões), segurança (R$ 4,1 bilhões), hotelaria (R$ 2,1 bilhões) e hospitais (R$ 1,1 bilhões).
"Até 2014 o país terá um ganho extra de 0,5% no PIB por ano, criará mais empregos e as despesas com consumo crescerão entre R$ 5,3 bilhões e R$ 10,6 bilhões", calculou Goldfajn.
Controle no consignado
O Banco Central vai exigir, a partir de janeiro de 2012, que as comissões de correspondentes bancários que realizam operações de crédito consignado e para a compra de automóveis sejam estipuladas nos contratos firmados. De acordo com o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, a medida busca evitar a concessão de financiamentos de risco. "Começamos a perceber que algumas pessoas que atuam no encaminhamento das propostas de crédito, fazem o empréstimo mais pela comissão do que pela operação", comentou. O técnico destacou que a autoridade monetária começou a observar que, em alguns casos, havia um "crescente aumento" das comissões pagas pelos bancos aos seus correspondentes, por conta da forte concorrência, e avaliou que isso pode afetar a viabilidade econômica das negociações. Por Victor Martins
Fonte:CorreioBrazieliense01/12/2011
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