30 novembro 2011

Fusões no setor de mineração recuam, com instabilidade nos mercados

Das empresas de mineração consultadas, 39% afirmaram pretender fazer aquisições nos próximos 12 meses

O número de fusões e aquisições no setor de mineração mundial foi afetado pelo nervosismo dos mercados, e recuou neste ano, segundo pesquisa da Ernst & Young.
De janeiro a setembro deste ano, o setor viu 779 acordos em todo o mundo, o que representa um recuo de 6% ante o mesmo período do ano passado.

"As empresas estão muito bem posicionadas para realizar operações de fusão e aquisição, mas o cenário econômico global e as condições de volatilidade do mercado estão dificultando as execuções dos negócios", afirma Stephen Collins, gerente sênior de transações da Ernst & Young Terco.

Outro estudo recentemente elaborado pela consultoria mostra que as companhias do setor de mineração estão com seus balanços sólidos e que o crescimento é prioridade para 50% das companhias do setor.

Na mesma pesquisa, 39% das empresas de mineração afirmaram pretender fazer aquisições nos próximos 12 meses.

Em termos de volume dos acordos, o período até setembro deste ano acumulou cerca de US$ 132 bilhões, valor 67% maior do que o registrado no ano passado (US$ 78,9 bilhões).

A América do Norte liderou o ranking (em volume) como o alvo preferido para fusões e aquisições em mineração (com US$ 51,3 bilhões), enquanto a América Latina aparece em quarto lugar, registrando US$ 16,1 bilhões.

Por outro lado, os países da Ásia-Pacífico dominaram entre as regiões mais ativas em aquisições, movimentando US$ 46,3 bilhões. Neste quesito, a América Latina ocupou o quinto lugar, com US$ 6,3 bilhões.

Até setembro deste ano, ocorreram 123 operações de abertura de capital, movimentando US$ 16 bilhões. As chamadas "empresas junior" de minério da Austrália tiveram destaque nas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), com 54 operações.
O carvão continua a centrar as operações de fusão e aquisição do setor, respondendo por mais de US$ 30 bilhões em volume de negócios.
Colaborou para esse cenário a forte demanda, puxada pela China e Índia.
Fonte:brasileconomico30/11/2011

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