14 novembro 2011

Temasek e Advent negociam compra do Sem Parar, dizem fontes

Empresas querem adquirir a STP - Serviços & Tecnologia de Pagamentos SA, a dona do Sem Parar e do Via Fácil

A Temasek Holdings Pte, fundo soberano de Cingapura, o Advent International Corp. e pelo menos três outros investidores negociam a compra do controle da STP - Serviços & Tecnologia de Pagamentos SA, a dona do Sem Parar e do Via Fácil, disseram duas pessoas a par das conversas.

A STP, com sede em Osasco, contratou o Banco BTG Pactual SA para vender uma participação na empresa para financiar sua expansão, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada porque a transação é privada.

A CCR SA, a maior concessionária de rodovias do Brasil, e a CCBR - Catel Construções do Brasil Ltda. são as maiores acionistas da STP com uma participação conjunta de 73 por cento, de acordo com dados no website da empresa. A STP opera os serviços de cobrança eletrônica de pedágio, que podem ser usados em algumas rodovias e estacionamentos de shoppings.

A empresa é avaliada em US$ 1 bilhão, o que equivale a dez vezes o lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, comparado a uma média de sete vezes o Ebitda de outras companhias vendidas no Brasil, disse uma das pessoas. O fundo de private equity General Atlantic LLC, o Itaú Unibanco Holding SA e a Cielo SA, também mantêm conversas com a STP, disse uma das pessoas.

A expansão da economia brasileira vem aumentando o tráfego de veículos leves e pesados nas rodovias do País. O Produto Interno Bruto vai crescer 3,16 por cento este ano e 3,5 por cento em 2012, de acordo com a pesquisa semanal Focus do Banco Central publicada hoje. O tráfego nas rodovias pedagiadas cresceu 4,1 por cento no mês passado, segundo dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, ou ABCR, divulgados em 10 de novembro.

A STP disse que existem propostas em avaliação e que não há concretização até o momento, segundo um comunicado enviado por e-mail. O BTG, a Temasek, a Cielo e a Advent não quiseram comentar, de acordo com comunicados enviados por e-mail. A porta-voz da General Atlantic, Pat Hedley, disse que a política da empresa é não comentar investimentos que a empresa pode ou pode não estar avaliando. O Itaú não retornou imediatamente telefonemas e e-mails da Bloomberg News.

O Valor Econômico disse em uma reportagem no dia 1 de novembro que a STP poderia vender uma fatia na empresa para fundos de private equity. Cristiane Lucchesi e Francisco Marcelino, da Bloomberg
Fonte:exame14/11/2011

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