Dentre os países emergentes, o Brasil está em evidência devido ao seu expressivo crescimento, economia sob controle com forte consumo interno e avanços tecnológicos.
Entretanto, os brasileiros ainda têm dificuldades em contar com serviços básicos, como é o caso da saúde. Este setor, apesar da sua alta complexidade, foi um dos últimos a implementar as soluções tecnológicas de gestão clínica e administrativa.
Os investimentos na rede privada de saúde, principalmente nos grandes hospitais, estão mais avançados se comparados ao setor público. Porém, no geral, essa área de extrema importância ainda apresenta baixos índices de utilização clínica de ferramentas modernas, como dispositivos móveis, redes wireless, integração de equipamentos com as atividades assistenciais e soluções conectadas de gestão hospitalar, entre outros.
"Podemos observar iniciativas nas grandes instituições de excelência no sentido de ampliar o uso da tecnologia nas redes assistenciais", diz Raimundo Nonato Cardoso, médico e conselheiro Clínico da InterSystems.
"Aproximadamente 10% dos hospitais têm algum nível de informatização e destes apenas uma pequena parcela introduziu o Registro Eletrônico de Saúde (RES\PEP) de forma plena. Clínicas e laboratórios apresentam uma maior taxa por serem operações especializadas e geralmente não-conectadas, utilizando soluções de menor porte ou de desenvolvimento próprio", acrescenta Cardoso.
Segundo o doutor, o setor enfrenta o desafio da mudança do atendimento tradicional em papel para o modelo do Registro Eletrônico de Saúde integrado com sistemas de gestão.
"As instituições precisam se preparar para enfrentar o novo paradigma, utilizando o RES em sua plenitude, vislumbrando a redução gradativa do registro em papel até atingir uma operação totalmente paperless, com a adesão a soluções de RES certificadas pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina e utilização da assinatura eletrônica", explica.
Integração é a chave
As iniciativas de investimentos no setor de saúde no Brasil estão avançando, mas de formas isoladas, como é o caso do Projeto da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que integrou todos os níveis de atenção à saúde pública com RES único. A implementação da solução TrackCare, da InterSystems, para cadastro eletrônico de paciente, pode ajudar a modificar esse quadro, adicionando diversos benefícios ao atendimento à população.
Em comparação com outros países, Cardoso acredita em um grande potencial no Brasil para avançar em projetos conectados. Segundo ele, está em avaliação a integração da rede pública baseando-se na estratégia realizada com o cartão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Questionado sobre como deveria ser uma solução de prontuário eletrônico, o médico defende a importância da comunicação entre sistemas com interface amigável e segurança para com as informações do paciente.
"Um RES precisa oferecer funcionalidades que ajudem ao profissional de saúde no exercício das suas atividades cotidianas, suportem a decisão clínica no ponto de cuidado com alertas e sugestões das melhores práticas."
Na opinião dele, as implementações de redes são capazes de rapidamente proporcionar destacados avanços na qualidade de atenção a saúde, economia em escala na gestão de materiais, otimização de recursos tecnológicos, diagnósticos, terapêuticos e humanos com agendamento eletrônico e disponibilização de indicadores de gestão consolidados acessíveis aos usuários. "A boa notícia é que já temos as ferramentas capazes de concretizar este importante projeto", finaliza. Por Léia Machado
Fonte:deciosionreport27/10/2011
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