Empresa poderá investir de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão no Brasil nos próximos três anos
Companhia mantém unidades para comprar empresas na China, na Índia, no Oriente Médio e, agora, no Brasil
Disposta a crescer de forma agressiva no Brasil, a GE montou um time de 20 profissionais de fusões e aquisições para avaliar oportunidades no país. Os setores de energia e de recursos naturais estão no topo da lista de interesses da gigante americana. A empresa quer entrar no setor de produção de energia renovável a partir do bagaço da cana e aumentar sua presença como fornecedora de equipamentos e serviços para o setor de petróleo e gás.
"Queremos entrar no mercado de cogeração; entendemos que podemos contribuir para tornar a indústria mais eficiente", diz o ítalo-argentino Fernando Bertoni, 44, recém-chegado da Itália para a nova função de diretor de desenvolvimento de negócios, fusões e aquisições da GE América Latina.
Na Índia, a GE é parceira de um fabricante de equipamentos para geração de energia com bagaço de cana. Ele não tem uma meta definida de investimentos, mas diz que nos próximos três anos a GE está disposta a gastar entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão com aquisições, dependendo das oportunidades. Globalmente, a GE pretende investir US$ 30 bilhões nas compras, principalmente na área de energia.
CENTRO DE PESQUISA
Os investimentos em novas aquisições se somam aos US$ 500 milhões já anunciados para o período de 2011/2013 no Brasil e que incluem o novo centro de pesquisa no Rio.
No final do ano passado, a GE já tinha feito uma aquisição de US$ 1,3 bilhão mirando o Brasil: a britânica Wellstream. A empresa, que tem ações na Bolsa de Londres, concentra 75% de suas receitas no país, prestando serviços na área de petróleo.
Somada ao crescimento dos negócios existentes no Brasil, a aquisição da Wellstream deve contribuir para uma alta de mais de 50% nas receitas da companhia este ano. De US$ 2,6 bilhões em 2010 para US$ 4 bilhões.
Dessa alta, cerca de US$ 600 milhões virão de aquisições. O restante, diz Bertoni, será crescimento orgânico de negócios existentes.
TRANSPORTES
Além da área de energia e recursos naturais, a GE também quer crescer nas áreas de equipamentos médios e de transportes. "Podemos vender muito mais para a Vale", afirma o executivo.
Segundo Bertoni, os ativos no Brasil estão caros, mas já estiveram mais. "Estamos vendo uma deflação [nos preços das companhias] em relação há um ano."
A missão de Bertoni não se limita a comprar. "Vamos pensar a estratégia de longo prazo, sobre como crescer. Pode ser que a gente decida, na América Latina, se desfazer de alguns investimentos."
Com 40% das suas vendas fora dos Estados Unidos, a GE mantém equipes de aquisição em quatro frentes: China, Índia, Oriente Médio e Brasil.
Fonte:folhadesp20/09/2011
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