Nota descarta a emissão de ações como fonte de recursos adicionais.
Estatal vai investir US$ 224,7 bilhões entre 2011 e 2015.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou no início da noite desta sexta-feira (22) o Plano de Negócios 2011-2015, com investimentos totalizando US$ 224,7 bilhões, o equivalente a R$ 389 bilhões.
O novo plano aprovado traz a inclusão, pela primeira vez, de um programa de desinvestimento no total de US$ 13,6 bilhões, “visando maior eficiência na gestão dos ativos da Companhia e rentabilidade”. A empresa não detalha, porém, que áreas serão afetadas por este “desinvestimento” (venda de ativos).
De acordo com comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a principal fonte de financiamento dos investimentos será a geração de caixa da Petrobras, mas, pela primeira vez, parte também virá de “um programa de desinvestimentos e reestruturação de ativos”. “Os recursos adicionais necessários para o financiamento do Plano serão captados exclusivamente através da contratação de novas dívidas, junto às diversas fontes de financiamento que a Companhia tem acesso no Brasil e exterior, e não contempla emissão de ações”, destaca o comunicado.
O plano de negócios prevê maior concentração dos investimentos no segmento de “Exploração e Produção”, cuja participação no total dos investimentos passou de 53% do plano anterior para 57% no plano atual.
Segundo a Petrobras, o Plano de Negócios prevê a aplicação de 95% dos investimentos (US$ 213,5 bilhões) nas atividades desenvolvidas no Brasil e 5% (US$ 11,2 bilhões) nas atividades do exterior, contemplando um total de 688 projetos. Em relação ao total dos investimentos, 57% referem-se a projetos já autorizados para execução e implementação.
Para 2011, a revisão do orçamento de investimento foi reduzido de R$ 93 bilhões para R$ 84,7 bilhões. Apesar da queda, o valor significa um crescimento de 11% na comparação como os R$ 76,4 bilhões investidos em 2010, destaca a empresa.
A estimativa da Petrobras, com os investimentos que vai realizar nos próximos anos, é de que a produção de petróleo do pré-sal passe de 2% do total produzido pela companhia em 2011 para 40,5% do total em 2020.
Histórico
No dia 13 de maio, o Conselho de Administração da Petrobras não aprovou o Plano de Negócios da companhia e, em breve nota enviada ao mercado, disse que "foram solicitados estudos e análises adicionais".
Na reunião do dia 17 de junho, foram apresentados os estudos e análises de sensibilidade do Plano de Negócios 2011-2015, mas os conselheiros voltaram a pedir estudos adicionais.
Fonte:G122/01/2011
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