Depois de retomar o segundo lugar no varejo com a Eletro Shopping, a Máquina de Vendas já olha novas aquisições
São Paulo – A vice-liderança do Magazine Luiza no setor de varejo durou apenas cinco semanas. Hoje (20/7), a empresa foi ultrapassada novamente pela Máquina de Vendas, que comprou 51% da Eletro Shopping. Com isso, seu faturamento deve ser de 7,2 bilhões de reais ainda este ano. E, no que depender do apetite dos sócios da Máquina de Vendas, Luiza Helena Trajano não terá sossego. Em entrevista a EXAME.com, Ricardo Nunes, CEO da empresa, afirma que novos negócios virão. Confira os principais trechos da conversa:
EXAME.com - Quais os planos da Máquina de Vendas agora, após a aquisição da Eletro Shopping e o fortalecimento no Nordeste?
Ricardo Nunes - A compra reforça nossa atuação no Nordeste, que cresce muito. Seguimos nossa meta de faturar 10 bilhões de reais e ter 1 000 lojas em 2014. Há várias oportunidades sendo analisadas, mas nenhuma concreta. Nesse momento, não temos nada. Temos que entrar no Sul e, com certeza, vamos entrar. Também devemos chegar em São Paulo, onde somos fortes em vendas online. Mas não há prazo. Uma forma de chegar a São Paulo seria por aquisição, mas também poderíamos entrar através da Ricardo Eletro.
EXAME.com - A divisão de funções dos sócios segue a mesma?
Nunes - A mesma. Eu e o Luiz (Carlos Batista) atuaremos na Máquina de Vendas Brasil (como CEO e presidente do conselho de administração, respectivamente). O Erivelto Gasquez (oriundo da City Lar) seguirá à frente da Máquina de Vendas Centro-Oeste. E, agora, o Richard Saunders (fundador da Eletro Shopping) ficará à frente da Máquina de Vendas Nordeste.
EXAME.com - Como estão os planos para a financeira, a seguradora e a agência de viagens?
Nunes - A financeira está sendo concluída. Dentro de 30 dias, estará instalada na Bahia. Deve começar a operar em setembro. Está tudo em andamento. Acho que a seguradora deve fechar em 30 dias. E a agência de viagens será mais pensada depois da seguradora.
EXAME.com - Há planos de realizar um IPO?
Nunes - Nesse momento, não pensamos em realizar um IPO. Estamos focados em consolidar as bandeiras.
EXAME.com - E no futuro?
Nunes - No futuro, a gente está preparado para tudo.
EXAME.com – O cenário econômico do Brasil não está tão favorável como em 2010. Como vocês estão lidando com isso?
Nunes - A gente sentiu um pouco o mercado esse ano. Em maio e junho, sentimos queda de vendas. Em julho, houve uma pequena retomada. Mas nada que assuste.
EXAME.com - Nem os juros?
Nunes - O consumidor compra quase tudo em 10 vezes sem juros. Não foi isso que afetou. O que pesa mais do que qualquer outra coisa são as notícias ruins. No Brasil, há emprego à vontade e não tem motivo para desaceleração. O que vimos foi mais cautela do consumidor.
Fonte:Exame20/07/2011
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