15 julho 2011

Fiat e Chrysler avançam em sua fusão.

A Chrysler Group LLC e a Fiat SpA, montadoras que se recuperaram de uma grave crise financeira alguns anos atrás, estão se preparando para voltar aos altos rankings da indústria automobilística através de uma fusão que teria poder de fogo financeiro e de produção para competir globalmente com a General Motors, Toyota e Volkswagen.

Sergio Marchionne, diretor-presidente da Chrysler e da Fiat, começou a selecionar uma única equipe de executivos para supervisionar as operações das duas empresas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Atualmente, a Fiat e a Chrysler têm sua própria equipe, com 25 executivos cada, que se reportam separadamente a Marchionne.

A Fiat completou recentemente acordos que lhe dão uma participação majoritária na montadora sediada em Auburn Hills, Michigan. Um plano para abrir o capital da Chrysler parece mais improvável agora, com a estratégia de fusão financeira e criação de uma equipe única de gestão para as duas empresas.

A montadora resultante teria uma escala hoje só disponível para gigantes globais, com produção de veículos na América do Norte e do Sul, Europa e Ásia. Juntas, as duas produziram 3,58 milhões de carros e caminhonetes no ano passado e geraram US$ 81,47 bilhões em receita.

Separadas, nem a Chrysler nem a Fiat são líderes mundiais, e qualquer distração gerada pela fusão poderia criar problemas financeiros. Para possíveis problemas, basta olhar para a fusão de nove anos da Chrysler com a alemã Daimler AG, que desmoronou por causa da incapacidade de mesclar de forma homogênea os estilos operacionais alemão e americano.

Os detalhes da consolidação da gestão das montadoras provavelmente serão discutidos por Marchionne no dia 26 de julho, disseram as pessoas. A Fiat apresentará seus resultados financeiros, incluindo os da Chrysler, pela primeira vez naquele dia.

Marchionne disse esta semana que uma equipe combinada geraria uma “única linha de comando” para a Fiat e a Chrysler e a medida poderia ser anunciada dentro de dez dias, confirmou um porta-voz da Fiat. Ele se recusou a dar mais detalhes. Um porta-voz da Chrysler não quis comentar.

A fusão das duas montadoras eleva a Chrysler de um participante do setor automotivo americano a uma concorrente global, com acesso a fábricas e mercados como a América Latina, Rússia e China. A Fiat, por sua vez, ganhará mais acesso ao amplo mercado norte-americano, no qual reentrou este ano depois de uma ausência de mais de 25 anos.

Juntas, disse Marchionne, as duas poderão produzir mais de 6 milhões de veículos por ano até 2014, quase o dobro do que fizeram em 2010, com mais de US$ 141 bilhões em vendas e lucro anual de até US$ 7 bilhões.
Fonte:ValorEconômico15/07/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário