21 junho 2011

Finep busca incentivar atuação de investidores anjos

SÃO PAULO - A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) quer incentivar a evolução dos investimentos feitos por indivíduos em empresas iniciantes, os chamados investidores anjo.

Segundo Patrícia Freitas, superintendente da área de investimento do órgaõ, esse estímulo será feito por meio da realização de eventos em todo o país.
"O papel da Finep é trabalhar para mexer com o ambiente de negócios, criar oportunidades para o seu desenvolvimento", disse durante o 10º Seed Forum.

O evento, realizado hoje em São Paulo, contou com a participação de mais de 150 pessoas, entre empresários e investidores, e foi o primeiro feito com foco nos investidores anjo. De acordo com Patrícia, o objetivo é fazer um encontro parecido em novembro, no Rio de Janeiro.

Para 2012, já estão previstas mais três eventos. Os anjos são em sua maioria investidores pessoa física que aplicam dinheiro próprio em empresas inovadoras. Os Estados Unidos são referência mundial da categoria. Segundo Patrícia, o segmento movimentou US$ 20 bilhões em 2010. Ao todo, 62 mil empresas receberam investimentos.

De acordo com Cássio Spina, diretor da São Paulo Anjos, grupo que reúne investidores anjo, é quase impossível fazer uma estimativa fazer uma estimativa sobre o tamanho deste mercado no Brasil.

"Existe alguma movimentação, mas são poucas as iniciativas estruturadas", diz. De acordo com Spina, existem apenas três grupos de anjos constituídos oficialmente no Brasil: a São Paulo Anjos; a Gávea Anjos, do Rio e a Floripa Anjos, instalada na capital catarinense.

Segundo Spina, os grupos estão unindo forças para acelerar o crescimento do mercado de Anjos no país. O objetivo principal é a realização de eventos sobre o tema, para estimular a criação de novos grupos em todo o país.

Spina cita que também serão feitas ações para melhorar o ambiente regulatório para esse tipo de investimento. "Hoje não existe nenhuma regra para este setor. O investidor Anjo pode perder até seu património pessoal. Também poderiam haver medidas de incentivo fiscal", diz.
Fonte: Valor21/06/2011

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