O desenho que está se formando na disputa pelas refinarias da Petrobrás no Sul do País aponta para liderança da Raízen, controlada pela Cosan, na aquisição da unidade Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. Ela é considerada umas das melhores refinarias que a Petrobrás colocou à venda.
Já com relação à Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, a disputa pende para o Grupo Ultra, dono dos postos Ipiranga, que já tem operações na região. O fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, por sua vez, esteve de olho na Repar, mas é cotado para liderar a venda na Bahia, onde a Petrobrás oferece sua refinaria Landulfo Alves. O ativo é considerado tão atrativo quando a Repar. O desfecho é resultado do baixo interesse que outros concorrentes teriam mostrado.
Sem mais. As propostas pelas refinarias do Sul têm de ser entregues à Petrobrás até 10 de dezembro. Investidores chineses, incluindo a Sinopec, podem ficar de fora da competição, já que estão mais interessados em ativos como gasodutos e outras operações de gás. Indianos também teriam olhado as ofertas.
Bilhões. As expectativas são de que as duas refinarias, do Paraná e Rio Grande do Sul, rendam à Petrobrás cerca de US$ 5 bilhões. Elas são as primeiras, das 13 que a Petrobrás decidiu vender como parte de um plano anunciado no ano passado. Procuradas, as empresas e o fundo não comentaram.
Push. Um mês após a liberação para as pessoas físicas negociarem BDRs (Brazilian Depositary Receipts), recibos de ações de empresas listadas fora do País, o giro diário desses papéis subiu 80%, em relação à quando os negócios eram permitidos somente a investidores qualificados – aqueles com mais dinheiro aplicado. O volume diário de negócios com BDRs saltou para mais de R$ 200 milhões.
Sou tech. Esses investidores novatos mostraram apetite maior por cinco empresas: Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google. Esse grupo foi responsável por 27% da liquidez dos BDRs, de acordo com levantamento da XP Inc. Essas ações movimentaram diariamente R$ 58 milhões, neste último mês.
De casa. Apesar dessa tendência, o BDR preferido dos brasileiros foi o Mercado Livre. Foram negociados R$ 22 milhões ao dia, contra menos de R$ 7 milhões antes da liberação às pessoas físicas, numa indicação de que a familiaridade com o setor e a marca conta muito para esse público, para quem as empresas de comércio eletrônico são populares.
Vai subir. O estrategista internacional da XP Investimentos, Guilherme Giserman, vê no crescimento da liquidez o principal destaque desse primeiro mês de negócios dos investidores de varejo. Para ele, os volumes diários crescerão mais, já que existe vontade de diversificar a setores que não são tão bem representados na Bolsa brasileira.
Plano B. A Kallas, do empresário Emílio Kallas e família, planeja acelerar em 2021, mesmo se não conseguir abrir capital da incorporadora na Bolsa. A empresa a vem ensaiando ir à B3 ao menos desde o ano passado, mas o processo ficou difícil com as instabilidades do mercado financeiro e o excesso de concorrentes na fila para a Bolsa.
Não faz mal. A Kallas avalia que o dinheiro em caixa, combinado a outras opções de financiamento no mercado de capitais, são suficientes para sustentar o crescimento dos negócios – ainda que em ritmo menor do que seria com a oferta inicial.
Vem que tem. A incorporadora projeta lançar empreendimentos avaliados em R$ 2 bilhões, em 2021. Se confirmado, representará uma alta de 25% em comparação com os lançamentos de 2020, de R$ 1,6 bilhão. Com a oferta inicial, a perspectiva era de que os lançamentos anuais pudessem ultrapassar R$ 3 bilhões.
Troco. Apenas 11% dos brasileiros têm uma tag para passar em cancelas automáticas nas praças de pedágio, o que mostra um mercado com potencial a ser explorado.
Competição. A pesquisa foi realizada pelo Ibope e C6, banco digital que passou a oferecer a tag gratuitamente como forma de atrair clientes. O setor de cobrança automática tem recebido um número crescente de competidores, desde o Sem Parar (uma dos pioneiros) até ConectCar, Move Mais, Taggy e Veloe.
Obstáculo. Entre as pessoas que têm carro e não usam o serviço, 12% citam o preço como barreira e 4% acham difícil contratá-lo. A pesquisa ouviu 2 mil brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet, em todas as regiões do País. Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo Leia mais em fecombustiveis 23/11/2020
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