Os dados do Banco Central não mentem: os bancos vivem a menor média já registrada de inadimplência. Algo histórico. Os números do BC, entretanto, não refletem o contexto que essa queda da inadimplência ocorreu.
Por causa da pandemia de Covid-19, o governo tomou uma série de medidas como a permissão dos bancos prorrogarem o pagamento de empréstimos por até 180 dias sem que isso precisasse ser registrado como atraso.
Além disso, o auxílio emergencial e as medidas de manutenção de emprego também ajudaram a segurar os índices. As medidas colocaram os bancos no que alguns analistas chamam de “bolha de adimplência”. As próprias instituições, no entanto, já sabem que essa bolha vai estourar e, por isso mesmo, já fizeram bilhões em provisões para calote para proteger seus balanços.
O que é difícil prever é se o calote vai voltar para níveis de 2019 e as provisões serão suficientes ou se a inadimplência vai explodir. A consultoria Deloitte já estima que o volume de comércio de créditos podres, que caiu neste ano, dobre em 2021 em função desta bolha e atinja o valor histórico de 46 bilhões de reais.
A inadimplência vai pegar os bancos pelo não só pelo lado das pessoas físicas, mas especialmente pelo das pequenas e médias empresas. Na avaliação de analistas, haverá um “tsunami” de casos médios de reestruturação... Leia mais em veja 23/11/2020
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