24 outubro 2020

Wells Fargo avalia venda de unidade de gestão de ativos

O Wells Fargo começou a discutir um possível acordo com outras gestoras de ativos e empresas de private equity no mês passado (Imagem: Reuters/Mike Blake)

O Wells Fargo estuda a venda de sua unidade de gestão de ativos, um negócio que pode render mais de US$ 3 bilhões, segundo uma pessoa informada sobre o assunto.

O banco, que tem revisado sua estratégia, começou a discutir um possível acordo com outras gestoras de ativos e empresas de private equity no mês passado, de acordo com a pessoa, que disse que a venda ainda não é certa. O Wells Fargo espera receber ofertas pela unidade ainda neste mês, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

O CEO Charlie Scharf, que assumiu o comando em outubro passado, prepara a implantação de seu plano para reformular o banco após os escândalos que marcaram as gestões anteriores. O executivo disse a analistas neste mês que estuda uma ampla gama de opções e que forneceria mais informações aos investidores em janeiro. As ações do banco com sede em São Francisco acumulam baixa de 57% desde janeiro. 

Um porta-voz do Wells Fargo não quis comentar. As discussões foram informadas anteriormente pela Reuters na quinta-feira.

O segmento de gestão de ativos passa por uma onda de consolidação nos últimos anos. Os bancos reforçam suas divisões para administrá-las com mais eficiência ou as vendem para rivais ansiosos que buscam criar franquias de trilhões de dólares. O setor reage ao aperto das comissões diante da competição acirrada e da transição para a gestão passiva de fundos.

A pressão sobre os gestoras de pequeno e médio porte vem do topo da indústria, que é dominada pelas gigantes de fundos de índice BlackRock e Vanguard.

Entre os principais bancos americanos, a unidade do Wells Fargo é de médio porte, com US$ 607 bilhões em ativos sob gestão no final de setembro. A compra da Eaton Vance pelo Morgan Stanley, anunciada neste mês, coloca o banco no clube de gestores de ativos com US$ 1 trilhão em ativos de clientes, juntando-se ao JPMorgan Chase e Goldman Sachs. Rivais como Citigroup e Bank of America não têm grande presença nesse segmento... Leia mais em moneytimes 23/10/2020



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