A Petlove está comprando a DogHero, fortalecendo seu ecossistema de serviços e produtos num mercado em que os investidores agem como os donos de cachorro: pagam múltiplos sem medir esforços.
A transação é uma troca de ações e inclui um componente cash para dar saída à Rover, a empresa que opera um marketplace de serviços pet nos EUA e investiu na DogHero ano passado. Depois da transação, os donos da DogHero ficarão com 7% da empresa combinada.
A aquisição soma os 1,4 milhão de clientes da DogHero aos 4,2 milhões de clientes da Petlove, com um overlap entre as bases estimado em apenas 260 mil.
O tíquete médio da Petlove deve subir 4% e a frequência de uso, 2%.
Segundo a Petlove, seu custo de aquisição de clientes deve cair de 30% a 50%, e o lifetime value dos clientes aumentar cerca de 26%. As sinergias estão estimadas em mais de R$ 100 milhões.
“Começamos como um ecommerce puro, viramos uma empresa de assinaturas e agora queremos ser o maior ecossistema pet do Brasil, atendendo todas as necessidades dos consumidores e veterinários,” Marcio Waldman, o fundador da Petlove, disse ao Brazil Journal.
Esta é a terceira aquisição da Petlove no último um ano e meio. A companhia comprou a Vet Smart, uma plataforma voltada para veterinários, e o Vetus, um ERP para petshops.
Um grupo de investidores liderado pela Tarpon é dono de 35% da Petlove; o Softbank, que investiu R$ 250 milhões em abril, tem 33%; o fundador Marcio Waldman e os administradores têm outros 15%, e o fundo L Catterton, que investiu R$ 125 milhões em maio, tem 15%. A Monashees tem o saldo.
Os fundadores da Doghero, Fernando Gadotti e Eduardo Baer, vão continuar como executivos da Petlove. Baer será o diretor de assinaturas e Gadotti continuará a frente da divisão de serviços.
Fundada em 2014, a Doghero é um marketplace pet que oferece serviços de hospedagem para cachorros e gatos (num modelo parecido com o do Airbnb), de passeadores, creche, pet sitter e veterinário a domicílio.
A Petlove deve faturar R$ 545 milhões este ano, frente a R$ 305 mi do ano passado, com as vendas impulsionadas em parte pela aceleração digital da pandemia. No início do ano, a expectativa era faturar R$ 440 milhões.
Mais de 65% do faturamento da empresa vem de assinaturas, em que o cliente monta uma cesta de produtos que lhe é enviada regularmente. A companhia tem 160 mil assinantes ativos, e a...Leia mais em Brazil Journal 26/10/2020
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