Aporte captado pela Unike Technologies foi usado para criar soluções para o "novo normal"
André Barretto, da Unike Technologies: startup criou produtos voltados para os meses de pandemia e pós-pandemia (Foto: Unike Technologies/Divulgação)
A pandemia fez as experiências sem contato se tornarem uma necessidade. Para seus defensores, essa obrigação logo se tornará uma conveniência indispensável.
A Unike Technologies foi lançada para levar a biometria a diversos setores. As soluções de reconhecimento sem contato, usando face e voz, da frictech (startup especializada em reduzir fricções de acessos e pagamentos) ganharam um impulso de R$ 3 milhões.
Esse aporte foi fundamental para desenvolver soluções ainda mais adaptadas para os meses de pandemia e os futuros meses de "novo normal". A expectativa da startup é passar de três para 25 a 30 clientes até o final de 2020.
A Unike Technologies foi criada pelos empreendedores Anders Hartington, André Barretto e Daniel Fonseca. Barretto trabalhou como desenvolvedor, consultor e gestor de negócios tecnológicos. Como diretor de inovação na Serasa Experian, conheceu a biometria como maneira de identificar pessoas.
Barretto montou um projeto de identificação para fornecer crédito por meio de impressões digitais, usando dados governamentais. Também implementou a vertical de biometria na empresa de segurança digital Certisign. O próprio mercado tinha avançado: a identificação tinha ido das impressões digitais para reconhecimento de face e voz. "Também existiam diversas empresas com o desejo de autenticar seus clientes, como planos de saúde e gigantes de telecomunicações", diz Barretto.
O executivo virou empreendedor após uma temporada no Vale do Silício (Estados Unidos). Como cofundador da ZigPay, criou um protótipo de pagmentos por biometria. Câmaras que já existiam em baladas e eventos foram usadas para o reconhecimento das pessoas, tirando a necessidade de elas andarem com cartões de consumo.
O protótipo se tornou a Unike Technologies em maio de 2019. O negócio está sob o guarda-chuva da venture builder Blockpar, também criada por Barretto.
A frictech atende três clientes de grande porte atualmente, como o grupo de educação Anima e a gigante de logísitca DHL. Por meio de um link enviado previamente, o usuário realiza seu escaneamento facial e pode entrar em um prédio ou realizar um pagamento sem passar por mais processos burocráticos.
O plano da Unike é atender outras diversas verticais que se beneficiam de uma experiência de acesso ou pagamentos com menos fricção. Exemplos já mapeados são educação, entretenimento, saúde e varejo. A frictech captou um aporte de R$ 3 milhões no início deste ano, divulgado agora com exclusividade para Pequenas Empresas & Grandes Negócios. O negócio já havia recebido outro investimento anjo de R$ 2 milhões, para começar sua operação.
Os novos recursos acabaram sendo direcionados para pivotagem por conta da pandemia. Usos como a identificação para vestibulares online e treinamentos remotos cresceram e foram reforçados de acordo. A Unike também desenvolveu um hardware para tablet com câmera que realiza medição de temperatura e checagem do uso de máscaras. Assim, os funcionários podem voltar aos escritórios sem passar por exames ou contato com recepcionistas... Leia mais em revistapegn 24/07/2020
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