Eduardo Saverin, dono de uma fortuna de US$ 12 bilhões, é sócio do fundo B Capital, que costuma investir entre US$ 10 milhões e US$ 60 milhões em startups com potencial para transformar grandes indústrias. A nova rodada vai priorizar companhias que impactem positivamente a sociedade
Eduardo Saverin tem fortuna avaliada em US$ 12,3 bilhões
Depois de ajudar a criar a maior rede social do mundo, Eduardo Saverin mostra que é talentoso também para desenvolver uma poderosa rede de investimento. O brasileiro radicado em Cingapura acaba de levantar US$ 820 milhões para o segundo fundo de sua agência de investimento B Capital, focada em startups.
O primeiro fundo da companhia foi fechado em 2018, com US$ 360 milhões em aportes. O montante foi convertido em um portfólio diverso, que contém empreendimentos como a Bird, de aluguel de patinetes elétricos; o e-commerce de veículos, Carro; a plataforma para pescas Fishbrain; o portal de saúde e bem-estar Myia, além de outros.
No site da companhia, é explicado que o foco da B Capital é investir em “tecnologias que transformam grandes indústrias: fintechs, insurtech, healthcare tech e bio IT”. Em entrevista à rede de notícias Bloomberg, Saverin disse ainda é que importante apostar em startups que tenham impacto positivo na sociedade.
A fala do executivo vem num momento bastante sensível na história do Facebook, gigante do qual Saverin detém ações no valor de US$ 12 bilhões. A rede social é atualmente alvo de um boicote por parte de grandes corporações, que pressionam Zuckerberg para agir com mais entusiasmo frente a postagens com discurso de ódio ou informações imprecisas.
“O Facebook e outras companhias de mídia social vão tentar acertar as coisas”, disse Saverin, que continua aberto a investir em outras redes sociais com sua B Capital. A empresa de venture capital do brasileiro geralmente aporta entre US$ 10 milhões e US$ 60 milhões em novos negócios, mas houve cheques mais baixos, de cerca de US$ 100 mil, e outros mais gordos, de US$ 100 milhões.
A B Capital nasceu em 2015, quando Saverin se juntou ao sócio e amigo Raj Ganguly, então recém-saído da Bain Capital, que tem cerca de US$ 100 bilhões sob gestão.
Com escritórios em Cingapura, Nova York, Los Angeles e São Francisco, o fundo de Saverin procura por oportunidades em diferentes países – basta que a startup tenha uma tecnologia e modelo de negócio que se aplique a mais de uma região.
Sem dar nenhuma pista sobre possíveis “alvos” deste novo fundo, Saverin vive uma vida bastante discreta na Ásia. Bem longe dos holofotes trazidos pelo investimento no Facebook e pela história contada no filme “A Rede Social”, lançado em 2010.
O brasileiro se mudou para os Estados Unidos a fim de cursar o colegial e seu bom desempenho escolar garantiu a ele uma vaga na Harvard – onde conheceu Mark Zuckerberg. Cursando investimento e economia, Saverin foi o primeiro investidor do Facebook: ele apostou US$ 15 mil na criação da rede social, em 2004.
No ano seguinte, Zuckerberg diluiu as ações do colega e o “expulsou” da empresa. Saverin acionou o Facebook judicialmente, e ambas as partes chegaram a um acordo fora da corte. Hoje ele aparece como cofundador da rede social e garantiu alguns bilhões de dólares ao seu patrimônio. Zuckerberg, de fato, não curtiu. Mas não teve como deletar essa história.
Esse não foi a única situação “hollywoodiana” na vida de Saverin. Pouco antes de o Facebook estrear na Nasdaq, em 2012, o empresário abdicou de sua cidadania americana. Ao fazer isso, Saverin “economizou” US$ 700 milhões em impostos, numa manobra duramente criticada à época. Em sua defesa, o brasileiro explica que a decisão nada teve a ver com questões fiscais; e que já mantinha residência em Cingapura, onde ainda vive ao lado da família e longe das redes sociais... Leia mais em NeoFeed 01/07/2020
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