A XP planeja usar o CBV como uma plataforma de consolidação em um setor bastante pulverizado no Brasil, com 5.000 clínicas em todo o país e com receitas anuais em torno de 8 bilhões de reais, disse Chu Kong, sócio da XP, em entrevista à Reuters.
O acordo é o mais recente sinal de consolidação no fragmentado setor de saúde brasileiro, seguindo uma tendência observada anteriormente em laboratórios, hospitais e clínicas oncológicas.
"Clínicas oftalmológicas e hospitais são um negócio atraente porque o tratamento oftalmológico ainda tem uma penetração baixa no Brasil e também porque é um tratamento que permeia todas as fases da vida", disse Kong, que não especificou o tamanho da participação da XP na empresa.
O CBV, com sede em Brasília, é a primeira aquisição do recém-lançado fundo de private equity da XP, que levantou R$ 1,3 bilhão com mais de 5 mil investidores em fevereiro para investir em empresas de médio porte.
Fundado pelo médico Marcos Ávila em 2004, o hospital registrou uma receita de quase R$ 80 milhões no ano passado, realizando 100 mil consultas e 7 mil cirurgias.
"Me juntei à XP porque vi a oportunidade de consolidar o setor, mas não tinha capital para financiar o projeto sozinho", disse Ávila, acrescentando que todo o dinheiro investido pela XP financiaria o crescimento da empresa. A meta da CBV é atingir 1 milhão de consultas em cinco anos após aquisições e crescimento orgânico.
Ávila permanecerá no negócio como acionista e diretor médico. Mas Rafael Mendes, ex-sócio das empresas de capital privado Victoria Capital Partners e Principia Capital Partners, foi escolhido como CEO. Anteriormente, Mendes liderava aquisições pelo grupo de oncologia Oncoclínicas. Por Carolina Mand Reuters Leia mais em yahoo 01/06/2020
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